quinta-feira, 5 de setembro de 2024

GENEALOGIA DE PEDRO DA ROCHA CAMPOS & ROSA MARIA RODRIGUES - ANTIGOS HABITANTES DE URUTAÍ-GO

 Texto e pesquisa de autoria do Pe. Murah Rannier Peixoto Vaz

É permitida a reprodução dos dados desde que sejam citadas a autoria e a fonte de pesquisa, salvaguardando-se não que sejam utilizados com fins comerciais sem prévia autorização.

          

Abreviaturas
F - filho.
N – Neto.
BN – bisneto.
TN- trineto.
QN – quartoneto.
PN – pentaneto.
cc. – Casou-se com.
SS – Sem Sucessão, ou seja, um casal que não teve filhos.
SSS – Solteiro sem sucessão. 

            Pedro da Rocha Campos era natural de Mogi Guassú-SP, filho de Antônio da Rocha Campos, e Maria Pedrosa, naturais do Bispado de São Paulo. Pedro da Rocha Campos faleceu em 09/05/1823. Sua esposa, Rosa Maria Rodrigues, era filha de José Rodrigues de Freitas, natural da Ilha de Flores, e de Ângela Dias Leme, natural de Meia Ponte, atual Pirenópolis-GO. Casaram-se em Santa Cruz de Goiás na data de 17/01/1788.

Aos dezessete dias do mez de Janeiro de mil e sete centos e oitenta e oito annos, na Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Santa Cruz de Goyaz, Bispado do Rio de Janeiro, com licença do Muito Reverendo Doutor Vigário Joam Lopes de Camargo pellas trêz horas da tarde, sendo dispensado nas Denunciações ante Matrimônio, se receberam em Matrimônio com palavras de presente em minha presença e das testemunhas abayxo assignadas, O Capitam Theodoro Fernandes Bellem e José Antônio de Moura, sem haver impedimento algum, Pedro da Rocha Campos natural da Freguezia de Mogi Guassú do Bispado de Sam Paulo, filho legítimo de Antônio da Rocha Campos e de sua mulher Maria Pays há falecida com Roza Maria Rodrigues filha legítima de José Rodrigues de Freitas e sua mulher Ângela Dias Lemes nascida e baptizada na Freguesia de Santa Cruz de Goyaz e logo receberam as bençãos nupciaes na forma do Ritual de que para constar fiz este termo e me assignei no mesmo dia.

O Coadjutor ---- Cônego Lopes Camargo / Theodoro Fernandes Bellem / José Antônio de Moura (L.1 de Casamentos da Paróquia de Santa Cruz, 1787-1823, pág. 3).

 

O pai de Rosa Maria, José Rodrigues de Freitas, era filho de João Rodrigues e de Maria da Conceição, e a mãe de Rosa Maria, Ângela Dias Leme, era filha de Luiz Dias Lemes e de Catharina da Silva, conforme consta o registro abaixo:

Aos dezenove dias do mês de agosto de mil e sete centos e oitenta e quatro annos, no Sítio do Brito dystrito desta freguezia de Nossa Senhora da Conceiçam de Santa Cruz de Goyáz Bispado do Rio de Janeiro o Reverendo Lourenço Gomes de Carvalho com licença do Reverendo Vigário Colado e Doutor João Lopes de Camargo baptizou e pos os Santos Óleos a Maria párvula filha de José Rodrigues de Freitas natural das Ilhas e de sua mulher Angela Dias natural desta freguezia de Santa Cruz, neta por parte paterna de João Rodrigues e de sua mulher Maria da Conceiçam e pella materna de Luiz Dias Lemes e de Catharina da Silva e por não terem as naturalidades dos avós as não declaro. Foi padrinho José Rodrigues filho solteiro de José Rodrigues de Freitas do que para constar fiz este termo que assignei no mesmo dia.

O Coadjutor ---- Cônego Lopes Camargo (L.1 de Batizados da Paróquia de Santa Cruz, 1782-1795, o nº da página está ilegível).

Pedro da Rocha e sua família eram moradores da Fazenda Santo Onofre, também conhecida anteriormente como Sítio do Pedro da Rocha, localizado próximo à “estrada de São Paulo”, atualmente situado dentro do território do município de Urutaí-GO. Seu Sítio foi visitado por vários viajantes que deixaram relatos de suas passagens por lá. Entre eles, Luís D’Alincourt, Saint-Hilaire, General Cunha Matos, entre outros.

Em 1818, o viajante Luís D’Alincourt, militar e oficial do Real Corpo de Engenheiros, aponta que a distância do Sítio do Palmital, situado nas atuais divisas de Ipameri a Urutaí, como sendo de 1 légua e meia, ou seja, 10 km e meio, e seguindo do Sítio do Pedro da Rocha até o Rio Corumbá seriam outras 1 légua e meia (cf. D’ALINCOURT, 2006, p. 84). Ele aponta alguns detalhes da viagem e do caminho percorrido:

Do Brito dirige-se o caminho ao norte, e todavia o terreno aos lados é irregular. Atravessados três ribeiros, que obrigam a descidas, e subidas, chega-se, no fim de pouco mais de meia légua aos moradores do sítio chamado a Posse, tendo-se marchado, por um não pequeno espaço, ao noroeste; e continuando daqui, quase mesmo rumo, por caminho com alternativas de bom, e mau, atravessa-se ao nordeste um bosque, e no fim dele oés-noroeste, passa-se depois o ribeiro do Palmital, cujo leito é coberto de lajes, e além fica o sítio do mesmo nome, que dista do Brito duas léguas e meia.

O caminho vai ao noroeste; por aqui as mais freqüentes: mais variada a configuração dos vales todos cobertos de mato, e a estrada passa algumas vezes por entre bosques, seguindo em várias partes o rumo de oés-noroeste, e depois de ter-se atravessado um ribeiro, e descido por uma ladeira suave, está logo à esquerda o morador Pedro da Rocha, que dista légua e meia de Palmital. Aqui vai ao nor-noroeste a estrada, que atravessa uma grande mata ao noroeste e no fim dela, depois de um pequeno ribeiro, avista-se à esquerda o sítio de nome Cercado, com alguns moradores muito pobres. Continuando ao nor-noroeste, e noroeste, vê-se em frente um terreno abaulado, todo calvo, e com um monte na parte mais elevada, bem semelhante à ilha redonda, na entrada do Rio de Janeiro, atravessa-se um ribeiro, e seguindo-se por caminho coberto em várias partes do cascalho, e outras cortado por bancos de pedra, quase em direção vertical, desce-se enfim uma doce ladeira, a oés-noroeste, para o rio Corumbá, porém antes de chegar-se a ele, ainda se passa outro ribeiro e três moradores (D’ALINCOURT, 2006, 59-60).

 

            No ano seguinte, em 1819, o naturalista francês, Saint-Hilaire, partindo de Goiás para São Paulo, parou no Sítio do Pedro da Rocha, onde adquiriu malas e um burro:

Após ter atravessado o Corumbá andei ainda uma légua para chegar ao Sítio de Pedro da Rocha, onde havia malas e burros para vender. Eu aprendera tão bem, por minha própria experiência, a me aproveitar de todas as ocasiões, naqueles lugares onde faltavam as coisas mais indispensáveis à vida, que receando não encontrar malas para comprar a não ser em Mogi-mirim, a primeira cidade da Província de S. Paulo, resolvi comprar as que me ofereceram ali, embora fossem muito caras, e pela mesma razão adquiri também um burro, cujo preço igualmente alto.

Do Corumbá ao Paranaíba contam-se no mínimo 25 léguas. Nesse percurso a região, ora montanhosa, ora levemente ondulada, continua a apresentar alternadamente matas e pastagens, aquelas nas baixadas e estas nas encostas e no alto dos morros. O terreno mostra-se muitas vezes pedregoso e arenoso, e nesses trechos as árvores têm menos vigor e nascem afastadas umas das outras. As espécies são sempre as mesmas, invariavelmente. Até onde a vista pode alcançar não há o menor traço de cultura, o menor sinal de gado nos pastos, apenas uma profunda solidão, uma tediosa monotonia. Não existe ali nenhuma fazenda (1819), mas a algumas léguas de distância uns dos outros encontram-se, à beira da estrada, uns poucos e miseráveis sítios, e junto deles os indefectíveis ranchos abertos de todos os lados. Os proprietários mandam construir esses abrigos ao lado de suas casas a fim de atraírem as tropas e darem saída ao seu milho. Mas nesse ano não havia milho em parte alguma, pois ele é plantado em quantidade rigorosamente calculada para fazer face à procura, e a seca tinha atrapalhado todas as previsões. Quando vemos a indolência e o tédio estampados no rosto dos agricultores estabelecidos ao longo da estrada, é difícil deixarmos de sentir um certo desprezo por eles. Esses homens são de uma pobreza extrema, e nada fazem para sair dela. Por toda a parte se estendem pastagens excelentes, quase em todos os lugares há terrenos salitrosos que poupariam aos proprietários o gasto com sal para o gado, e no entanto eles possuem no máximo duas ou três vacas que lhes fornecem um pouco de leite. Suas roupas se resumem, como entre os mineiros mais pobres, nuns calções de algodão grosso e numa camisa do mesmo tecido, usada com as fraldas para fora. Os mais abastados acrescentam a essa indumentária um colete de lã.

No dia em que deixei o Sítio de Pedro da Rocha fui atormentado sem cessar durante a jornada por dezenas de pequenas abelhas e borrachudos, que me obrigavam a piscar ininterruptamente os olhos a fim de evitar que entrassem neles, e isso me cansou terrivelmente. Meu desconforto chegou ao auge quando fui colher plantas à beira de um brejo. Se eu parava de agitar o lenço por um instante que fosse meu rosto se cobria de mosquitos.

A uma légua de Pedro da Rocha passei defronte do Sítio do Palmital, composto de alguns casebres e um rancho. A partir daí não encontrei nenhuma outra propriedade até o Sítio da Posse, onde parei.

Havia ali apenas um miserável casebre coberto pela metade, onde morava o proprietário, e um outro praticamente em ruínas, que servia de rancho (SAINT-HILAIRE, p. 120-121)

 

De sua viagem vindo do Rio de Janeiro para Goiás, em 1823, assim relatou o General Cunha Matos:

2 DE JUNHO. - SEGUNDA-FEIRA. - Saí da fazenda do Brito às 2 horas da manhã, que estava clara pela lua; vento sul frio. Passei um pequeno rego junto ao sítio. Às 2 horas e 25 minutos, o córrego das Lájeas; anda-se sobre uma que produz o som de um tambor desapertado. É provável que esteja solta por algum lado, ou que cubra alguma caverna aberta pela corrente do córrego. Às 2 horas e ¼, o córrego do Capão Grosso; tem dous braços, mas a ponte acha-se na confluência de ambos. Logo adiante fica o sitio da Posse, habitação de umas famílias ciganas. Às 3 horas, o córrego da Posse: também é de dous braços. Às 3 horas e 10 minutos, um córrego pequeno. Um pouco adiante fica uma lombada de terra, que é o ponto culminante e da separação das águas: aquelas que tenho atravessado desde que passei o braço do Veríssimo caem na margem direita deste rio; e os ribeiros da Ponte Alta e braço da Ponte Alta entram na margem esquerda do mesmo braço do Veríssimo, com o nome de córrego Fundo junto à estrada de São Paulo. Às 4 horas e 40 minutos passei o córrego do Palmital que entra na margem esquerda do Corumbá. Às 4 e 3/4, o sítio ou fazenda do Palmital, pertencente a Gabriel José Raposo, que aqui tem um pequeno rancho. Às 6 horas, o córrego do Pé da Roça. Às 6 horas e 5 minutos, o rancho e sítio ou fazenda de Santo Onofre. Às 6 horas e meia, córrego com ponte: logo fica uma casa pequena, e depois desta outro córrego, com ponte. Às 6 horas e 35 minutos estão algumas pequenas cabanas pertencentes a índios aqui postos pelo Anhanguera, o povoador de Goiás. Às 6 horas e 55 minutos, o ribeirão da Água Tirada, nome que se lhe deu por se haver daqui tirado a água de um antigo engenho de açúcar do Anhanguera, que já não existe. Neste lugar estão algumas barracas, ou mais depressa choças de índios, antigos servos de Anhanguera. Às 7 horas e meia, um córrego, o qual assim como os prece- dentes, separados ou unidos a outros, entram na margem esquerda do Corumbá abaixo do lugar da passagem. Às 7 horas e 40 minutos, o majestoso rio Corumbá, que entre barrancos elevados corre brandamente a entregar as suas águas ao rio Paranaíba, ou a receber as deste, como supõem algumas pessoas que se reputam bem informadas. O rio Corumbá tem neste lugar 60 braças de largura, e 24 palmos de fundo. Nasce na serra dos Pirineus, pouco distante do arraial de Meia Ponte (CUNHA MATOS, 2004, p. 78).

 

 

Em seu inventário, Pedro da Rocha deixou entre os bens de herança um Oratório com as seguintes imagens:

“huma Imagem de Nosso Senhor Jesus Christo, huma da Senhora da Conceição, huma pequena da Senhora das Dores, Huma Imagem de Santo Onofre, Huma de Santo Antônio e duas pequenas em estampa, que tudo visto e avaliado pelos avaliadores achava valer o Oratório com todas as imagens dez mil réis, como sai”.

F-1 Anna da Rocha, casada, com 36 anos em 1823.

F-2 João da Rocha, com 35 anos em 1823 e faleceu em 21/10/1832, cc. Manoela Mendes de Oliveira, falecida em Santa Cruz de Goiás em 31/12/1846. Eram moradores da Fazenda Água Tirada.

N-1 Apolinário Mendes de Oliveira, com 15 anos em 1835, já era casado em 1846.

N-2 Pedro da Rocha Campos, com 13 anos em 1835.

Aos treze de Outubro de mil oitocentos e vinte no Sítio de Pedro de Pedro (sic) da Rocha, andando em desobrigas, baptizei e puz os Santos Óleos a Pedro, innocente, filho legitimo de João da Rocha e sua mulher Manoela Mendes, nascido a vinte nove de Junho do dito anno. Forão Padrinhos Thomé da Rocha, branco, solteiro, e Maria da Rocha, branca, solteira, moradores nesta Freguezia, e para constar fiz este termo e assinei. / O Vigr.o Ant.o Joaq.m Teixr.a (L. de Batizados de Santa Cruz de Goiás, 1798-1823, p. 162v)

 

N-3 Maria Joseferina, com 11 anos em 1835, em 1846 era cc. João Manoel.                                                                            

N-4 Francisco, com 8 anos em 1835. Deve ter morrido na infância, pois no inventário de sua mãe não consta o seu nome.

N-5 José Mendes de Oliveira, com 7 anos em 1835.

N-6 Maria Ignácia, com 6 anos em 1835, cc. José Lino Alves Barbosa.

N-7 Edwirges Mendes, com 4 anos em 1835.

N-8 João da Rocha Campos, com 2 anos em 1835.

 

F-3 Maria do Carmo, casada, com 34 anos em 1823, cc. João Leite.

F-4 Thomé da Rocha Campos, casado, com 28 anos em 1823.

F-5 Francisco da Rocha Campos, com 26 anos em 1823, cc. Manoela Mendes de Oliveira, viúva de seu irmão, falecida em Santa Cruz de Goiás em 31/12/1846 (SS). Eram moradores da Fazenda Água Tirada, atual região de Urutaí-GO.

Aos vinte e dous de Abril de mil oitocentos e trinta e cinco nesta Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Santa Cruz de Goyaz, pelas nove horas do dia, em minha prezença e das testemunhas abaixo assignadas, se receberão em matrimonio por palavras de prezente Francisco da Rocha Campos, filho legitimo de Pedro da Rocha Campos, já fallecido, e Roza Rodrigues, natural e baptizado na dita Matriz, com Manoela Mendes de Oliveira, viúva que ficou por falecimento de João da Rocha Campos; e para constar fiz este assento. O Vigr.o Collado Antônio Joaq.m Teixr.a/ Dom.os Marques das Neves/ Alex.e Bueno de Meneses (L. de Matrimônios de Santa Cruz de Goiás, 1823-1833, p. 93-v)

Aos trinta e hum de Dezembro de mil oitocentos e quarenta e seis falleceo da vida prezente com todos os Sacramentos, Manoela Mendes de Oliveira casada com Francisco da Rocha Campos. Foi encomendada de more e sepultada na Capella de Nossa Senhora do Rosário que actualamente serve de Matriz; e para constar fiz este assento. / O Vigário Antônio Joaqônio Joaquim de Azevedo (L. 4 de Fragmentos de Óbitos de Santa Cruz, 1846-1849, pág. 141v)

 

 

 

F-6 Rosa Maria, com 24 anos em 1823.

F-7 Escolástica da Rocha, com 22 anos em 1823.

Aos vinte trez de Setembro de mil oitocentos e seis annos em o Sítio chamado Miguel Dias, desta Freguezia de Nossa Senhora da Conceição de Santa Cruz, Prelazia de Goyaz, em casas do dito Miguel Dias, em acção de desobrigas, baptizei solemnemente e pus os Santos Óleos a Escolástica, parvula, que nasceu há trêz para quatro annos, filha legitima de Pedro da Rocha Campos, natural da freguesia de Mogi-guassu do Bispado de Sam Paulo, e de sua mulher Rosa Maria Rodrigues, natural desta freguesia, onde são moradores. Neta paterna de Antônio da Rocha Campos e de sua molher Maria Pedroza, naturais do Bispado de Sam Paulo, e pela materna de José Rodriguez Freitas, natural da Ilha das Flores, e de sua mulher Ângela Dias Leme, natural da Freguesia de Meia Ponte, e moradores nesta de Santa Cruz. Forão Padrinho Francisco Domingues dos Santos, casado, e Ângela Dias Leme, viúva. Do que para constar fiz este termo e assinei. / O Vigr.o Fran.co de Gouv.a Sá Albuqr.e (L. de Batizados de Santa Cruz de Goiás, 1798-1823, p. 118v-119)

 

F-8 José Bento da Rocha, com 21 anos em 1823, cc. Anna Maria de Oliveira.

Aos vinte trez de Setembro de mil oitocentos e seis annos em o Sítio chamado Miguel Dias, desta Freguezia de Nossa Senhora da Conceição de Santa Cruz, Prelazia de Goyaz, em casa de Miguel Dias, em acção de desobrigas, puz os Santos Óleos solemnemente a José, parvulo, já pelo Reverendo Francisco Xavier de Siqueira baptizado em casa em ocasião que foi aquelle Sítio a chamado de Confissões, filho legitimo de Pedro da Rocha Campos, natural da Freguesia de Mogi-guassu do Bispado de Sam Paulo, e de sua mulher Rosa Maria Rodrigues, natural desta freguesia, onde são moradores. Neto por parte paterna de Antônio da Rocha Campos e de sua molher Maria Pedroza, naturais do Bispado de Sam Paulo, e pela materna de José Rodriguez de Freitaz, natural da Ilha das Flores, e de sua mulher Ângela Dias Leme, natual da Freguesia de Meia Ponte, e moradores nesta de Santa Cruz. E contou o dito José ter já idade de douz annos. Do que para constar fiz este termo e assinei. / O Vigr.o Fran.co de Gouv.a Sá Albuqr.e (L. de Batizados de Santa Cruz de Goiás, 1798-1823, p. 119)

Aos vinte e oito de Septembro de mil oitocentos e vinte e oito nesta Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Santa Cruz de Goyaz, pelas oito horas do dia, em minha prezença e das testemunhas abaixo assignadas, se receberão em matrimonio por palavras de prezente Jozé Bento da Rocha Campos, filho legitimo de Pedro da Rocha Campos, já fallecido, e Roza Rodrigues, com Anna Maria de Oliveira, filha legítima de Manoel Soares da Silva e Theodozia Fernandes Chaves; ambos os contrahentes naturais e baptizados nesta dita Matriz, e logo lhes dei as Bençãos Nupciais, e para constar fiz este assento. O Vigr.o Collado Antônio Joaq.m Teixr.a/ Dom.os Marques das Neves/ Joaquim X.er de Barros (L. de Matrimônios de Santa Cruz de Goiás, 1823-1833, p. 33-v)

 N-1 Jerônimo

Aos dezoito de Outubro de mil oitocentos e quarenta, nesta Capella Curada do Divino Espírito Santo do Vaivem, filial a Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Santa Cruz de Goyaz, por João Vaz da Costa Pereira (sic) me foi aprezentado o inocente nascido a vinte e dous de Septembro, pelas doze horas da noite no Sítio denominado Posse, filho legítimo de Joseph Bento da Rocha e Anna Maria de Oliveira, pardo lavrador, e no mesmo dia em que me foi aprezentado o baptizei solemnemente com nome de Jerônimo, e forão Padrinhos João Vaz da Costa Pereira (sic) e sua m.er Anna Joaquina da Conceição, e para constar faço este assento que assigno. / O P.e Joaquim Joseph de Souza Neiva (L. de Batizados de Ipameri, 1840-1856, p. 2v)


F-9 Maria Rosa, com 20 anos em 1823, cc. Felipe José.

Aos vinte trez de Setembro de mil oitocentos e seis annos em o Sítio chamado Miguel Dias, desta Freguezia de Nossa Senhora da Conceição de Santa Cruz, Prelazia de Goyaz, em acção de desobrigas, em casa de Miguel Dias, baptizei solemnemente e puz os Santos Óleos a Maria, parvula, que nasceu em os fins de Janeiro deste sobredito anno, filha legitima de Pedro da Rocha Campos, natural da freguesia de Mogi-guassu do Bispado de Sam Paulo, e de sua mulher Rosa Maria Rodrigues, natural desta freguesia, onde são moradores. Neta paterna de Antônio da Rocha Campos e de sua molher Maria Pedroza, naturais do Bispado de Sam Paulo, e pela materna de José Rodriguez Freitas, natural da Ilha das Flores, e de sua mulher Ângela Dias Leme, natural da Freguesia de Meia Ponte, e moradores nesta de Santa Cruz. Forão Padrinhos Francisco Domingues dos Santos, casado, e Izabel Pires de Jesus, solteira. Do que para constar fiz este termo e assinei. / O Vigr.o Fran.co de Gouv.a Sá Albuqr.e (L. de Batizados de Santa Cruz de Goiás, 1798-1823, p. 119-119v)

F-10 Marianna da Rocha, com 19 anos em 1823.

F-11 Pedro da Rocha Campos, com 18 anos em 1823, cc. Florência Alves.

 Aos seis de Septembro de mil oitocentos e quarenta nesta Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Santa Cruz de Goyaz, pelas oito horas da manhã, em minha prezença e das testemunhas abaixo assignadas, se receberão em matrimonio por palavras de prezente Pedro da Rocha Campos, branco, lavrador, de idade de vinte seis annos, filho legitimo de Pedro da Rocha Campos, e Roza Maria Rodrigues, com Florência Alves, de idade de treze annos, filha natural de Cândida Alves; ambos naturais e baptizados nesta dita Matriz, e logo lhes dei as Bençãos Nupciais, e para constar fiz este assento. O Vigr.o Collado Antônio Joaq.m Teixr.a (L. de Matrimônios de Santa Cruz de Goiás, 1836-1848, p. 19)

 

BIBLIOGRAFIA

CUNHA MATOS, Raimundo José da. Itinerário do Rio de Janeiro ao Pará e Maranhão pelas Províncias de Minas Gerais e Goiás, Belo Horizonte: Instituto Cultural Amilcar Martins, 2004.

D’ALINCOURT, Luis. Memória sobre a viagem do porto de Santos à cidade de Cuiabá. Brasília: Senado Federal/Conselho Editorial, 2006.

SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem à Província de Goiás. São Paulo: Itatiaia, 1975. 



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