sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Genealogia de Jeronymo Rodrigues de Abreu - "Peró"

 

Jeronymo Rodrigues de Abreu nasceu em 24/07/1882, na Fazenda Ponte Nova, em Palmeiras de Goiás. Jerônimo é filho de José Rodrigues de Paula e Messias Moreira de Abreu.

Seu pai, José Rodrigues de Paula, nasceu em Meia Ponte, hoje Pirenópolis, Estado de Goiás, em 09/06/1829.

Sua mãe, Messias Moreira de Abreu, nasceu em Anicuns, deste Estado, em 01/02/1836.

Seu avô paterno, João Rodrigues dos Santos, Pirenópolis, deste Estado, em 12/04/1781, falecido em 1898, na Fazenda Ponte Nova.

Sua avó paterna, Engracia de Paula Neto, nasceu em Anicuns, deste Estado, em 02/09/1790, falecida em 1900, em Palmeiras de Goiás.

Seu avô materno, João Moreira da Cruz, nasceu em Conquista, Estado de Minas em 05/03/1795, falecido em 1905, no Municipio Anicuns.

Sua avó materna, Laudina Dias de Abreu, nasceu em Anicuns, deste Estado, 02/10/1801 falecida em 24/04/1924, em Anicuns.

Seu bisavô paterno, José Pedro Rodrigues dos Santos Péro, nasceu em Córrego Seco, Distrito Federal ignorado o dia, mês e ano, de seu nascimento. José Pedro Rodrigues dos Santos "Peró" é filho de Manoel Rodrigues dos Santos Pero e de Dª....... ignorado seu nome, fazendeiro residente em Córrego Seco distrito Federal.

Seu bisavô materno, José Dias de Abreu, nasceu em Conquista....... ignorado  o ano, é filho de José Pires de Abreu e Dª Maria do Ó, naturais de Córrigo Seco, este filho de Antônio Pires de Abreu, ignorada sua idade.

Seus trisavôs maternos, João Basílio Moreira da Cruz, ignorada a sua naturalidade

Manuscrito do "Peró" - Origens e Famílias de Palmeiras de Goiás

 

MANUSCRITO DO "PERÓ" JERONYMO RODRIGUES ABREU

Jeronyno Rodrigues de Abreu, apelidado de Jerônimo Peró devido ao sobrenome antigo de seus familiares, filho de José Rodrigues de Paula e Dª Messias Moreira de Abreu, nasceu em Palmeiras de Goiás, na Fazenda Ponte Nova, em 24/07/1882, e faleceu em XX/XX/XXXX. Jeronymo deixou um legado para as futuras gerações de Palmeiras de Goiás ao relatar e redigir um histórico das origens da cidade. Sua viúva, Dª Jovita, entregou o manuscrito escrito por seu esposo ao pároco em 21/10/1960, como o próprio padre anotou por escrito no documento como que fazendo uma introdução ao texto.

Pe. Edmundo Tonon era o pároco em Palmeiras de Goiás na ocasião e dirigiu a paróquia entre os anos 1959-1965. Pe. Edmundo nasceu em São Paulo-SP em 27/11/1916 e é filho de Antônio Tonon e Gilda Brombullo Tonon. Tanto o pai quanto a mãe têm origem italiana. Respectivamente são de San Polo de Piave e Sólis, ambas são localidades na Região do Vêneto, mais precisamente da Província de Treviso. Pe. Edmundo se tornou o guardião de uma relíquia importante dos primeiros tempos de Palmeiras de Goiás e que resgata as origens do surgimento do antigo povoado do Alemão. Na sua saída da paróquia, tratou de arquivar e deixar bem guardado o referido registro pessoal realizado por Jeronymo Peró. Pe. Edmundo faleceu em Ipameri-GO, em 07/05/2002.

Poucos sabiam que este documento estaria guardado na Paróquia. Cláudia Carvalho Machado, membro da Academia Palmeirense de Letras e Artes e da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, tomando conhecimento de que estamos por publicar um livro biográfico sobre o Pe. Edmundo Tonon, contactou-nos para saber se tínhamos informações do manuscrito. Eu disse que poderiam estar nos arquivos da secretaria da paróquia ou na Cúria da Arquidiocese de Goiânia. Visitando a secretaria da Paróquia, Cláudia localizou ali arquivado o documento manuscrito outrora recebido pelo Pe. Edmundo.

            Nas próximas páginas se vê este importante texto. Ele, no entanto, respeitando as normas paleográficas, conserva o teor do texto original e segue com as pontuações e escrita de seu autor. Com muitas vírgulas sem necessidade no decorrer do texto, o que deixa truncado e corta frases. Na maioria das vezes, também são colocadas vírgulas no lugar de pontos finais e erros na escrita e também de concordância. Apesar disso, o mais importante é o teor do conteúdo do manuscrito que foi preservado para a posteridade e que pode ajudar a esclarecer alguns pontos da origem histórica do município de Palmeiras de Goiás e de alguns de seus pioneiros. Além de se perceber o quanto a paróquia foi prejudicada por homens inescrupulosos que, traiçoeiramente e desonestamente, dilapidaram e se apropriaram de seu patrimônio. Fato esse que Peró lamenta por não ter tomado atitudes em defesa dos direitos da Igreja, mesmo sabendo que estavam cometendo uma fraude e prejudicando à Igreja, por seu receio das represálias e riscos que os “coronéis” do local poderiam lhe causar.

            O referido manuscrito foi por nós transcrito paleograficamente entre os dias 16 e 21/07/2025.

Pe. Murah Rannier Peixoto Vaz

Folha em branco da abertura do livro

            [Abaixo o texto de uma página de jornal colada nesta página:]

Carro de bois

Carro de bois! carro de bois!

Tardonho carro dos desbravadores

da terra brasileira;

pinturesca viatura sertaneja

que trabalhas cantando

e a pouco e pouco vais cedendo lugar

ao caminhão,

- esta página é tua.

 

Abril. Mês de colheitas... de fartura!

Suor transformado em fruto,

fruto transmudado em pão.

O lavrador contente está em festa!

Chego à janela do meu quarto!

Manhã de cerração....

Hum! que cheiro gostoso

de mato... de capim meloso.

Ouço um carro de bois cantando ao longe....

cantando ao longe....

começo do século...

novecentos e dois....

E eu conheço êsse carro

e eu conheço êsses bois.

Desengano... Pintor... Letrado... Brasileiro...

Lembra-me até o nome do carreiro:

Zeferino, compadre de meu pai.

Carreiro de fazenda há muitos anos,

foi sempre seu oficio carrear.

E ele dizia:

carro de bois! Carro de bois!

nunca ninguém morreu de fome

ouvindo o teu cantar.

 

Ah! eu tinha a camisa então aberta ao peito,

e os olhos deslumbrados...

 

Abril. Manhã de cerração...

Fazenda do Cajú...

Zeferino,

negro de fala mansa, baixo, gordo

e já de idade...

Carro de bois cantando ao longe...

Cantando ao longe....

Quanta saudade!

DEMÓSTENES CRISTINO

Ipameri-Abril-946.

(Do livro "Musa Bravia")

 

DOS MALES O MENOR...

Em Belo Horizonte, um esposo, por questões conjugais, foi condenado a três meses de prisão, recebendo com alegria a sentença que, por 50 dias, o traria afastado da companheira.

Em casa? Que tempestade!...

E o preso, feliz, declara:

Antes, sem a cara-metade,

Que sem metade da cara!

 

BOM HUMOR

A PROVA...

Como pode provar sua honestidade?

-É muito fácil. Fui julgado oito vezes por furto e sempre me absolveram.

 

[Página 1]

Este livro de crônicas está numerado da página 1 até a 50, mas já faltavam
as páginas 3, 34 à 43, e 48-49, quando eu consegui este livro. [Rubrica Pe. Edmundo]

Quem é Jonas?

Escrito por

Jeronyno Rodrigues de Abreu

(vulgo Jerônimo Peró)

Palmeiras de Goiás, 20 de Janeiro de 1946.

N. B. Este livro foi presenteado a São Sebastião, à minha instância, pela Snra. do Snr. Jerônimo, Dª Jovita.

Isto se deu no dia 21 de outubro de 1960.

Pe. Edmundo Tonon - Vigário

P.S. que mais interessa nesta crônica de Snr. Jerônimo é principalmente a história do começo a fundação de Palmeiras. O autor destas linhas deve ter lido os livros antigos da Igreja, hoje inteiramente desaparecidos. E não há coisa equivalente nos arquivos da cidade, ou paróquia. Os soldados revoltos de 1924 queimaram muita coisa dos arquivos civis. A crônica da Paróquia só começa em 1916 com a segunda visita pastoral de Dom Prudêncio a Palmeiras no Paroquiato do Pe. Florentino Bermejo. O mesmo [Pe. Edmundo Tonon].

[Página 1 verso – em branco]

 

[Página 2]

 

Quem deu o Patrimônio de São Sebastião?

 

[Página 2 verso em branco]

[Página 3 e seu verso ausentes]

[Página 4 – em branco]

[Página 4 verso e 5 – cédulas de dinheiro coladas]

[Página 5 verso – em branco]

 

[Página 6]

Procedente de Estado de São Paulo, chegou nessas brenhas a família do Tenente Antonio Martins Ferreira de Andrade, e sua esposa Ana Candida de Andrade, em 1800, e filhos do casal, Tomé Ignacio de Andrade, José Esteves de Andrade, Honoria de Andrade e Maria Barbara de Andrade; todos irmãos solteiros. O Tenente Antonio Martins Ferreira de Andrade foi a Capital da Província de Goiaz requerer terras devolutas na margem do rio dos bois não só do lado direito como do esquerdo.  Foi muito bem recebido pelo Governo da Capitania Fernando Freire Delgado de Castilho. E deram o nome a primeira habitação de Sítio das Palmeiras, por haver naquele lugar muitas milhares, daquele Coqueiro, chegando mesmo nas matas virgens estorvar as plantações. Com serto (sic) espasso (sic) de tempo, Tenente Antonio Martins Ferreira de Andrade comprou o requerimento de Luis Dias Carneiro na Margem do mesmo rio dos bois, estas terras fazia (sic) divisas com as do Tenente ficando mais abaixo do Sítio das Palmeiras, já com nome de São Luiz, em memória de seu proprietário ter o nome d'aquele santo. O T.e Antonio chamando a atenção de seus filhos, que seria dever de ele dar um pedaço de terra a São Sebastião; os filhos levaram a boa ideia do pai. Foi escolhido na margen do Corrego Água Azul (hoje Bitaco) foi marcado daquela hora em diante o lugar predileto para levantar ali uma Igreja e dar escritura das terras a São Sebastião. Calculou-se em oitocentos alqueires, passando a respectiva escritura assinando como doadores T.e Antonio Martins Ferreira de Andrade, Ana Candida de Andrade. Foi chamado para tal fim o Vigário Colado do Arraial de Anicuns para o Vigário locali-

 

 

[Página 6 verso]

zar onde poderia ser feito a Igreja, logo que o Vigário P.e Felipe foi scientificado do chamado, veio sem delongas, chegando na Fazenda das “Palmeiras” onde residia o Senhor, T.e Antonio Martins Ferreira de Andrade.

Reuniu-se toda a família Andrade, seguirão ao local onde estava escolhido o patrimônio, chegando no lugar, o P.e teve boa empressão (sic), achando ótimo, boa água, bom terreno, doado por aquela família católica. Pelo P.e foi escolhido o lugar de levantar a casa das orações, logo foi levantado ali uma cruz de madeira e medindo o tamanho da Igreja; P.e Felipe ficando muito satisfeito, disse um sermão, referente aquela família de longas paragens, tratar logo de uma cousa tão justa, em primeiro lugar da religião, e dizendo a todos que ali se achava, de ajudar em tudo que estivesse em seus (sic) alcance, na feitura da Igreja daquele Santo. Presente se achava diversos chefe de famílias das Fazendas “Paraíso”, João Xavier Ferro, “São Bento”, Silvério Martins Ferreira da Rocha, de “São Pedro das Lages”, Joaquim de Paula Siqueira, de “Santa Bárbara”, Inocêncio Martins de Moraes, portugueses, “São Domingos”, Luiz Esteves Rodrigues Ferreira (Fluminence – sic). Estes Senhores garantirão (sic) não só a família Andrade como também P.e Felipe de ajudar a fazer a Igreja dentro do mais curto espaço de tempo, dispunha de certo nº de escravo (sic) apto no servisso (sic) de tirar as madeiras para aquela construção e marcado mez e dia para o comesso (sic) da obra; (naquele tempo fio de barba era documento que deferencia (sic) para hoje, mudou de tudo as ideia). Em poucos dias teve deseceis (sic) 16 esteios de aroeira fincado e grande parte de madeira para travamento e táboas de sedro (sic) para porta e forro, estava muito animado o servisso (sic) da Igreja. Vem da Província de São Paulo parentes

 

[Página 7]

da família Andrade, Capitão Francisco de Paula Martins Ferreira e seu irmão Joaquim de Paula Martins Ferreira, para comprar terras na província de Goiaz. Já era falecido o T.e Antonio Martins Ferreira de Andrade, como se tratava de parentes e amigos, combinaram os irmãos Andrade de vender partes de suas terras a aqueles Senhores. Fizerão negócio, a compra foi feita no lugar denominado São Luiz, mas ficando as terras do Patrimônio por fora da venda, continuando a construção da Igreja. José Esteves de Andrade e Tomé Ignacio de Andrade comprou (sic) outras terras e passando seus rebanhos para estas que derão o nome de “Suçuapara” (porque era habitação daquela espécie de viado).

Capitão Francisco e Capitão Joaquim de Paula Martins Ferreira logo que efetuaram a compra das terras, regressaram a São Paulo, onde eram abastados fazendeiros e criadores de gado e muar e sentos (sic) e muitos escravos, e grande número de aventureiros, com a notícia certa de grandes minas de ouro vinhão para pegar na avultada quantia de uma pataca por dia, que naquele tempo era de face [fácil] extração das terras e o dinheiro muito difícil, ganhando os ditos aventureiros como camaradas a tanger o grande número de gado e muar e outros com hábil passagem dos rio (sic) a nado; chegando a numerosa mudança dos Martins, estes senhores tratando logo da lavoura pelo braço de côr, esquecendo por completo da construção da Igreja, na venda das terras ficou combinado o andamento daquele servisso (sic) por conta dos dois irmãos Martins, os Andrade sempre lembrava eles do compromisso, dava-lhe desculpa e dizia tal mez vamos dar servisso (sic) a    

 

[Página 7 verso]

Igreja, passava aquela marca nada; Com isto a construção ficou moroza (sic) no longo espasso (sic) de dois anos parou por completo; Os Andrades chama fortemente a atenção dos Martins para dar cabo a obra e estes não achando bom aquele patrimônio ali tão perto, iria lhes perturbar por causa de suas grande (sic) escravaturas, vinha por ali negociante (sic) de bebidas alcoolicas, os negros tinha que burlar as ordem e beber a sua pinga, deixaria de fazer Servissos (sic) de Seu Sinhô que no certo causaria grande dessabôr (sic).

Chegando mesmo dizer o Capitão Joaquim a seu irmão, tenho que mudar o patrimônio. Não deixarei mais continuar o servisso (sic) da Igreja, darei outro patrimônio dentro mesmo de minhas terras, que seja longe (sic) para isto já tenho conversado com pessoa que conhece um lugar distante aqui seis léguas (onde mora um garimpeiro Alemão nas proximidades da estrada Imperial e muito bôa água onde tem o córrego conhecido Alemão). Foi chamado pelo Capitão Joaquim as pessôas que conhecesse bem as terras de sua fazenda para escolher um lugar para o patrimônio de São Sebastião, que tinha boa água, mato, altura do terreno, quero que em tudo seja melhor do que o aduado (sic) pelo T.e Antonio Martins F. de Andrade.

Capitão Joaquim faz portador as residências dos Senhores Pedro Rodrigues dos Santos, João Rodrigues dos Santos, Luciano Hilário dos Santos, Sargento da Guarda Nacional, Francisco de Faria Campos e Inocêncio Martins de Moraes. Estes Senhores receberam o aviso do Capitão, disseram ao portador que seria atendido. No dia marcado seguiram a sua fazenda, logo que chegaram foi dito pelo Sargento Francisco de Faria Campos: Estamos aqui às suas ordens, Capitão Joaquim. Respondeu este, mandei chamal-os porque querendo eu, mudar o Patrimônio de São Sebastião para lugar mais distante de

 

[Página 8]

minha residência, por me ver obrigado, eu tenho grande escravatura, no certo vou ter grande prejuízo em minhas lavouras, quando penso que o escravo estará no servisso estará bebendo pinga no arraial, acho que tenho rasão (sic) para isso; ouvindo estava todos, nem um disseram cousa alguma; de todos que vierão o mais inteligente era o Sargento Francisco de Faria Campos, coube a este responder ao Capitão Joaquim, disse o Sargento, Capitão o Senhor já disse aos Andrades de fazer a mudança do patrimônio para outro lugar? Respondeu o Capitão, não; disse o Sargento, eu acho que será bom chamar Tenente José Esteves de Andrade e seu irmão. Pois foi Duado (sic) este patrimônio pelo saudoso T.e Antonio Martins Ferreira de Andrade, em falta deste será seus filhos, que os Andrades já fizeram muito servisso (sic) no lugar, acho prudente consurta-lo (sic) sobre a mudança, será uma delicadeza de sua parte para com eles; Foi asseita (sic) a proposta do Sargento; no dia seguinte, Capitão Joaquim escreve uma carta aos Andrade chamando em sua fazenda no dia seguinte, e entrega a carta a um portador de entregar a dita carta nas mãos do T.e José Esteves de Andrade, este recebendo a carta [a]presenta ela a seu irmão; Foi atendido por estes o chamado do Capitão Joaquim, chegando os Andrades foi sciente da mudança do Patrimônio de São Sebastião, para mais distante, mais dentro das mesmas terras, e que ofereceu grande melhora; pois que tinha grande escravatura, esses negros vem a me dar muito trabalho, é razão da mudança e de saber dos senhores se está de acordo.

T.e José Esteves de Andrade, homem branco e de temperamento bravo, ficou furioso, dizendo palavras pesada (sic) aos Martins que não consentia a mudança do patrimônio de São Sebastião doado por seu inesquecível pai, por ele já ter morrido mais que tinha um filho para falar em seu lugar aqui na terra, pois que já tinha muito servisso (sic) feito, como bem

 

[Página 8 verso]

os esteios da Igreja já tinha fincado; e muitos que derão servisso (sic) outros dinheiro, tudo de esmola aquele Santo; Como poderia sem mais nem menos mudar o patrimônio? E o Vigário da Vila de Rio Claro, Pe. José Maria Leite, benzido o lugar e dito a primeira missa (que passando por ali o dia de levantar os esteios da Igreja foi convidado pelos Andrade a pousar e selebrar (sic) a primeira missa naquele patrimônio no ano de 1827), dizendo muitas cousas sobre a enconviniencia (sic) da mudança do patrimônio chegando mesmo a dizer que não concentiria (sic) a transferência para outro lugar;

O Velho Inocêncio Martins de Moraes, grande amigo, não só de José Esteves, como de seu irmão, Tomé Ignacio de Andrade, chama os dois irmãos, fala a José Esteves, zelosamente, e faz ver, que a mudança do patrimônio, para o lugar que aquela Commissão sabia de um lugar bom, que não daria prejuízo, que os Martins se comprometiam em sanar tudo em benefício do Santo e do Povo.

Com a grande intervenção da Commisão, T.e Tomé achou prudente ir ver o dito lugar, se poderia mudar o patrimônio, sem o menor prejuízo, nem pelos donatários como para o Santo, com muito custo conseguiram do T.e José Esteves a palavra de ir ver o lugar, no dia seguinte seguiram rumo ao córrego Alemão, chegando em casa de Jonas Alemão, por este foram bem recebidos.

Dizendo Jonas a [a]queles senhores, que seria grande novidade, tantos homens de grande valor ali reunido (sic), que se for possível queria saber qual era o fim que aquela hora estava ali aquela Caravana? Respondeu o Sr. João Rodrigues dos Santos, [este já bem conhecido de Jonas e mesmo grandes amigos, e freguez de comprar ouro em troca de mantimentos] disse a nossa vinda aqui, é ver se poderá servir para patrimônio e noz (sic) levantar a Igreja. Respondeu o Alemão, ótimo.

[Página 9]

Só assim terei companheiro para noz trocar ideias e me dar recurços (sic) em meus garimpos, vivo aqui eu minha mulher, e meu filhinho, abandonado da civilização da humanidade, moro aqui a trinta e oito anos quase só em contato com as feras, mais vivi aqui vinte três anos, que meu alimento éra carne das cassas (sic) que muito me valia, por aqui anda vara de porco selvagem de duzentos a trezentos, são muito agil munido de boas presas, são perigosíssimos, um cão não pode dar um latido, que será estrangulado e dizendo aqui no fundo de minha casa passa um corrigo, e ali a direita passa outro que tem muito mais água (é o que tem o meu apelido de corrego Alemão, ficou com esse nome desde que passou por aqui a Commissão de Imperador do Brasil abrindo a estrada da Cidade de Santo Antonio de Uberaba em direção a Capital da província de Goiaz, de maneira que daquela data em diante ficou com esse nome). Foi chamado pelo Capitão Joaquim, todos para dar uma vistoria no lugar, a commisão acharam (sic) que servia, T.e José Esteves de Andrade e seu irmão, disse do Capitão Joaquim, o Snr. é quem quer a mudança do patrimônio, aqui a localidade não é das boas, mas lhe damos a palavra que poderá mudar se tiver bons matos com Madeira de lei, campos com boa aguada, disse o Capitão Joaquim, meus Senhores quem noz poderá nos Informar isto; é aqui o amigo Jonas, que é residente aqui a muitos anos. O que o Snr. me responde seu Jonas? Respondeu, moro aqui a muito anos, conheço bem todo logar aqui por perto, tem tudo o que o T.e ezije (sic), nesse grande e longo espasso (sic) de tempo, nunca sofre moléstia alguma, até para saúde é ótimo, este pedacinho de

 

 

 

[Página 9 verso]

 terra aqui deste bom Brazil, eu comparo, com minha terra, Alemanha, minha querida Alemanha, dizendo estas palavras seus olhos encheiro (sic) de lágrimas) eu não tenho esperança de ir em minha terra estou já bem velho, e já acustumei (sic) com as brazileiras que são muito generozas; Viva Alemanha:

Esse dia percorrendo as matas e campos em direção rumo norte até o córrego Capivari, Como já éra um pouco tarde quatro horas, Voltaram a Casa do amável Alemão; pausando, recebendo bons tratos, no outro dia Jonas fez questão de dar o almoço a Caravana, depois da refeição seguiram para fazer a demarcação do patrimônio, seguindo pela orientação de Jonas, depois de tudo visto e bem esclarecido, andando em volta de toda a areia [área] que regulava a mesma quantidade de alqueires, ficou para outro dia por causa do Vigário de Anicuns que devia chegar aquele dia na fazenda Sucuapara onde tinha algum comesso (sic) de servisso (sic) dos Andrades a duas e meias leguas de distância que os Andrades tinho mando buscar o Vigário (naquelas épocas um Padre éra uma grande autoridade, representa hoje, como Juiz de Direito) chegando o Vigário ao arraial das minas de São Francisco de Assis de Anicuns, Pe. Azeredo Coutinho precizava novas ordem (sic) das autoridades ecleziastica para fazer a transferência do Velho patrimônio, e novas escrituras, na presencia (sic) do Velho Curia [Cura], foi bem discutido as razões da mudança do Patrimônio, Capitão Joaquim ficou bem sciente da transferência de tudo em madeira que ezistisse (sic) no antigo patrimônio, tudo por sua conta. Foi passado a escriture n’um livro, Pertencente

 

[Página 10]

aos trabalho (sic) da Igreja de São Sebastião, todos donativos que si (sic) dava ao santo era escrito naquele livro, a escritura; sai dos pontos principais dela da maneira seguinte: seguindo rumo norte até um morrinho, deste em rumo norte a esquerda até, cinco arvores de faveira na beira da estrada Imperial, por esta abaixo até o pontilião (sic) no Córrigo Capivari, por este assima (sic) até a mais alta cabiceira em rumo a espigão, dahi seguindo pelo espigão agua vertente com a fazenda Suçuapara, pelo espigão rodiando (sic) as cabiceiras (sic) do córrego Alemão, daí em diante pelo espigão, aguas vertente com as terras do Capitão Antonio de Moraes Bueno, até comfrontar (sic) com a lagoa seca na estrada Imperial, desta em rumo trezentos braças abaixo da barra do Córrego pontilião (sic) dahi deste marco ao morrinho onde teve seu princípio, passando a Escritura do patrimônio a São Sebastião, ficando como donatários os senhores José Esteves de Andrade e Tomé Ignacio de Andrade assinando como transferente os senhores Joaquim de Paulo Martins Ferreira e Francisco de Paulo Martin Ferreira. Como tt.as Inocencio Martins de Moraes, Francisco de Faria Campos e Luciano Hilário dos Santos (dahi é que tem o erro de dizer algumas pessoas que o Patrimônio foi doado pelos Martins; o qual a realidade é os Andrades). O Vigário Azeredo Coutinho foi o escrivão de passar a escritura no dia 20 de maio de 1832.

Foi marcado pelo o velho Curia [Cura] o dia 14 e 15 de Agosto do mesmo ano, para convencer todos moradores da Campanha de Santo Antonio (era como se chamava a areia [área] de terra entre rio dos bois e

 

[Página 10 verso]

rio Turvo) que para isso todos que se achava di (sic) presente servia de mensageiro, que no dia 14 com dia útil marcar onde poderia ser levantado a Igreja, os moradores de mais perto trazer ferramenta, para todos cavar um pouco de terra, em sinal de ser um bom cristão e no dia 15 dia santificado dizer a primeira missa no patrimônio, es algum inocente a receber o batismo, Tomé Ignacio de Andrade e seu irmão José Esteve de Andrade, combinaram com os capitães Fran.co de Paula Martins Ferreira e Joaquim de Paula Martins Ferreira, de fazerem um porto por contas (sic) de ambos, a sair em toda a Campanha de Santo Antônio de morada em morada convidando todos a vir assistir a marcação da Igreja e trazer todos inocente a receber a água do batismo, assim foi feito para para isso foi ajustado o Senhor Benedito José dos Santos, cabra bem conhecido em toda redondeza.

Saindo o portador indo a fazenda do Galheiro onde tinha diverças (sic) famílias vindo (sic) de Santa Luzia desta província a 15 léguas de distância, de lá a fazenda Velha a 16 légua, de propriedade do Alferes Paulo Pereira da Rocha na margem direita do rio Turvo, e Campo Alegre a 4 léguas dos senhores Gomes Pereira da Rocha, Gomes Pereira de Resende, estes senhores todos tinha vindo da Cidade de Formigas, província de Minas. Chamou em nome do Velho Pe. Azeredo Coutinho, a vir assistir a marcação da Igreja no patrimônio doado pelos senhores Andrade, e levantar ali a cruz, e rezar a primeira missa, todo que recebiam o avizo vieram sem faltar uma só pessoa, no dia combinado foram chegando indo serto a casa de Jonas Alemão, onde é o lugar determinado, com poucas horas chega o Vigário Coutinho, e em sua companhia o Snr. José Ludovico de Almeida, e o Juiz de Paz do Arraial das Minas

 

[Página 11]

de São Francisco de Assis de Anicuns, Snr. Manoel Pinto Vieira de Castro, Antonio Firmo de Castro Arante, o Sargento Francisco de Faria Campos, este desta freguesia, e os dimais (sic) da Freguesia de Anicuns, foi dado ao velho Alemão uma vaca e um capado, para o sustento do povo, naqueles dois dias.

Logo foram chegando, o pessoal.

Jeraldo (sic) Martins e sua esposa Constância Isidra da Costa e escravos do mesmo com criança. João Ferreira Lôbo e esposa. Joaquim Pereira Varga e sua esposa Maria de Sousa Moraes, Paula Pereira da Rocha viúvo, este com seus escravos. João Rodrigues dos Santos e sua mulher Engracia Maria de Paula Neto, Luciano Rodrigues dos Santos. Luciono Hilário dos Santos e sua mulher Luzia Sardinha do Costa, Inocencio Martins de Moraes e sua mulher Joaquina de Faria Campos, José Pedro dos Santos, viúvo, Antônio Gomes Pereira da Rocha, João Gomes Pereira de Resende e sua mulher e escravos, e Dª Joana Pereira Guimarães e seu primo João Pereira Braga e muitos escravos.  14 de Agosto de 1832

As seis horas desse dia 14 missa, em casa de Jonas e algum poucos batizados.

As oito horas, todo mundo saíram (sic) em companhia do velho P.e em rumo onde deveria ser edificado a Igreja de São Sebastião, foi marcado o tamanho da Igreja, Pelo e P.e Coutinho e o Juiz de Paz de Anicuns, o Sr. Manoel Pinto Vieira de Castro, logo que marcou o lugar com estacas para ali se feito o buraco de levantar os esteios, o velho Curia [Cura] pediu a enxada para ele dar a primeira enchadada (sic), pegando a ferramenta, e com a mão direita n'um crucifixo e usando uma pequena oração e, e deu a primeira dúzia de enchadada (sic), assim por diante, mais aparecendo muitas enchadas e

 

 

[Página 11 verso]

covadeiras labancas dentro de poucas horas teve muito servissos (sic) feitos, juntos tinha da província de minas dois carapinas, e um escravo dos Andrades.

15 de Agosto de 1832

As cinco horas missa entre as marcas dos esteios da Igreja, e um batizado de uma criança filha de escrava, e seu pai libertou no batistério, esta criança recebeu o nome de Luca.

Voltando a casa do velho Alemão, tomarão a refeição e o P.e deu comesso aos batizados, e foi selebrado um ou dois Casamentos.

Findo os batizados e casamentos,

Dando os seus bons concelhos (sic), advertindo-os que empregasse (sic) seus esforços na construção, de levantar a casa de orações.

Capitão Francisco foi que mais trabalhou na transferência de todo material, que se achava no velho patrimônio, para o novo, seu irmão Capitão Joaquim não deu importância, ajudou mas não como prometera, Capitão Francisco, achando custoso a transferência de 16 esteios que já se achava levantado de 26 palmos de comprimento, combinaram de mandar lavrar outros mais perto, os Andrades tinha (sic) um escravo carapina, deu ele aos Martins, como mestre tirar outros, veio serto número de escravos e alguns camaradas, dentro de poucos dias teve prontos os esteios, daí por diante nunca fartou pessoal para o servisso (sic) um vinha para ganhar a pataca por dia, outros voto que fazia de trabalhar tantos dias a São Sebastião para livrar da peste, fome e guerra, outros tantos oitava de ouro, e assim por diante, foi levantada a Igreja a 300 metros da casinha de Jonas Alemão, não tendo

 

[Página 12]

 

olaria em parte alguma, fizerão a cobertura da palha de buriti, dahi en diante vinha o Vigário de Anicuns, resar a santa missa no dia 20 de Janeiro.

Continuou esta por 4 ou 5 anos.

Os Irmãos Pedro Rodrigues dos Santos

Luciano Hilario Santos

Manoel Rodrigues dos Santos

André Rodrigues dos Santos

Benedita Rodrigues dos Santos viúva e seu cunhado Idelfonço de Almeida Prado este natural de Corrego Seco estado do Rio de Janeiro.

 

Foi encontrado bom barro para a fábrica de telha na fazenda do “Bom Sussesso” de propriedade de Pedro Rodrigues dos Santos. Levantando olaria dentro de poucos tempos fizerão telha para suas casas como para a Igreja, retirando 3 milheiros de telhas e disseram que dava a metade a Igreja, e os Martins tinha que pagar apenas a outra metade, e mandando chamal-os, vindo Capitão Francisco ficou muito satisfeito entrando em preço, pagando a razão de 15$000 por mil, pagando o Snr. Pedro Rodrigues dos Santos o carreto de levar da olaria a Igreja, a razão de 2$000 por mil telhas, foi levada, e vendo que a Igreja precisava de sertos (sic) reparos para coberta de telha, caibro e novas ripas, vem Capitão Francisco com seus escravos e dois aptos carapinas a mandar dizer a todo mundo que precisava de auxílio para dar a Igreja pronta até dia 20 de Janeiro daquele ano; veio muitos para o servisso (sic)

 

[Página 12 verso]

da Igreja, o povo naqueles bons tempos cuidava mais do dever da religião de que de seu proveito proprio a religião éra um decreto. Serto que no dia 12 de Outubro de 1837 a Igreja estava coberta, faltava parede e porta, em março de 1838 indo a Dona Joana Pereira Guimaraes e seu filho Francisco de Paula Monteiro, por eles foi ajustado um carpinteiro na cidade de Goiaz, para fazer as portas e janelas da Igreja com espasso de um ano estava pronto todo servisso (sic) de Carapina. Em Abril de 1847 por comvite (sic) de Dª Joana e Tomé Ignacio de Andrade fizeram uma grande reunião do pôvo para barrear as paredes da Igreja foi feito o servisso, agora restando as galerias e altar, pelos os Andrades ou por intermédio de seus parentes em São Paulo conseguiram um afamado Carpinteiro, este chegando deu andamento no servisso, e vindo outro por conta de Dª Joana, estes carapinas derão os servisso do altar e toda Galeria, no mez de Setembro de 1843, Dª Joana vendo que os Martins largaram por completo do servisso da Igreja, esta Senhora tomou a frente em 1842, fez ela encomenda de dois sinos para a Igreja de maneira que vieram a chegar longo espaço de (2) dois anos (pois vinha do Rio de Janeiro em Carro de boi ou lombo de burro) mandou ela seu filho a cidade de Uberaba conduzir os sinos que estava já naquela cidade Mineira levando cinco burros de carga e outros de resilva (sic) e quatro destros (sic) escravos chegando Francisco de Paulo Monteiro naquela cidade foi entregue o sino pelo o vigario que tinha vindo do Rio de Janeiro por seu entermedio pagando as despesas daquele Vigário

 

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e rumaram para traz, em mez de Maio de 1844, chegou os sinos na fazenda Varginha a dez leguas. de distância do Patrimônio de São Sebastião, de propriedade de Dª Joana, foi convidar todos seus vizinhos (5 ou 10 legôas) chegaram o povo convidado por ela e seu filho erguendo os sinos em duas grossas estacas destas de boa madeira, festa por treis dias, e rezando o santo terço todos os dias as seis horas da tarde e tocar os sinos, já noticia certa a Igreja está pronta não falta nada; os sinos chegará por estes dias.

O Povo que estava reunido disseram vamos levar nas costas, e assim foi feito o transporte dos sinos de 10 legoas de distância, chegando os sinos já estava muita jente (sic) esperando: (só não foi visto por ali os Martins) mandaram no arraial das minas de São Francisco de Assis de Anicuns atraz do Vigário, já éra falecido P.e Filipe, e P.e Coutinho de viagem veio P.e José Maria de Azeredo Pitaluga, disse a missa - no dia 11 de Julho de 1844, ficando a inauguração para dia 20 de janeiro de 1845, por ser o patrimônio e Igreja de São Sebastião.

Dª Joana tomou a frente de todos os servissos (sic) referente a Igreja, mandou fazer uma casa para os Padres, dentro de pouco tempo, teve pronta (até hoje existe, sofrendo várias modificações, é do Snr. Adjala Jayme) com isto, fez pedido ao Bispo de Goiaz para dar um vigário para a paróquia de São Sebastião, foi atendido vindo o P.e José Vicente de Azeredo Pitaluga, primeiro vigário Collado, Falecendo o Capitão José Esteves de Andrade no ano de 1848, seu irmão ficando disgostosso, vendeu suas terras a dois irmãos Francisco Pereira Leal e Antonio Pereira Leal.

 

[Página 13 verso]

naturaes de Meia Ponte (hoje Pirinopoles) e volta a sua terra natal Estado de São Paulo.

Capitão Joaquim de Paula Martins Ferreira entregando sua Fazenda a sua mulher e  dois escravos, tratando de negócio de comprar bois e levar para Minas, na "Cidade de "Passos," onde tinha feiras de compra de gado. Continuando por serto tempo;

Ficando acreditado comprava parte a prazo, em 1858 fez uma grande compra a prazo, parte em Goiaz grande parte, em Minas, Já chegando um pouco fora da época da venda os invernista estava com suas emvernadas (sic) repletas de bois, alem disso deu uma grande baixa no preço, com muito custo vendeu a boiada por menos do Custo; Entregando a boiada as comprador, recebendo um pouco de burros entendeu de falhar uns 15 dias para descanso da tropa, reuniu todos os burros e poz na emverrnada de um senhor; estava grassando a peste garrotilho, deu tão bravo naquela Tropa matando mais de metade; Vai Capitão Joaquin na emverneda, vê as carreiras dos melhor (sic) burros de tropa, a noite ficou toda fazendo conta do grande prejuízo: firmando no proposito de dar cabo a vida; escreve uma carta a sua mulher Dª Maria Madalena do Carmo contando as rasões de sua morte e outra carta as autoridades de cidade de "Passos" não comprometer pessoas alguma da sua comitiva, que era comporte de um filho, um camarada e 14 escravos, as cartas em sua algebeira de seu paletó a de dentro (sic), o pouco dinheiro dentro de sua canastra feixado (sic)

 

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a chave: as cinco horas da manha chama o conzinheiro (sic) disse passa um bom café que quero beber por despedida (sic), vem o café, a dose do veneno já estava em suas mãos, bebendo o café, disse quero outro bebendo deu uns passos em redor e disse me acode que não posso andar, e não enchergo nada, corre o escravo pega seu senhô (sic) já caindo grita seus companheiros e o Senhô moço filho do agonizante, fizeram um barulho medonho vem o povo da rua (estava arranchado no rancho de boiadeiro na ponta da rua da cidade) vê e boiadeiro morto, julgaram que não passaria de um açassino (sic) pelos escravos e aqueles dois rapaz branco, dando parte na cidade daquela tragédia vem delegado, soldado, com a mais terrível brutalidade, foi todos presos e condosidos (sic) a cadeia de baixo da mais dura judião [judiação], ficando todos presos emcomonicaveis (sic) e na mais dura judiação, e fazendo o mais selvagem interrogatório, com agulha espetada por baixo da unha, ferro em brasa nas mãos dos escravos: Com a tal alarmante noticia chegando aos ouvidos do Vigario daquela cidade, homem Velho e muito inteligente vai ao Rancho dos boiadeiros ver como poderia ser aquela morte; chegando, estava um polícia e meia dúzia de sivil (sic) fazendo guarda, o morto e toda comitiva, conhecendo que seria veneno; deu uma busca encontrando em seu bolso duas cartas dizendo o motivo da morte e não curpar (sic) pessoa alguma, e a outra a uma senhora mais feixada (sic) vai o P.e a cadeia com as cartas e mostra ao delegado e que deu liberdade aos presos

 

[Página 14 verso]

O Padre vê aquela criança branca e disse você o que é do morto? Respondeu é meu pai. é natural mesmo de Goiaz? Respondeu, eu e meu pai viemos do Estado de São Paulo para Goiaz, somos da família Andrades e Martins, pai chama Capitão Joaquim de Pasta Martins Ferreira, trata a muitos anos de negócio de gado.

A família Andrade é parente do P.e este toma mais cuidado sobre o rapaz e escravos.

O P.e não achando a chave das Conastra pede ao rapaz se estava de posse delas, Respondeu, estão aqui na minha algibeira da Calça, abrindo as canastra encontra o dinheiro da venda da boiada, viu tudo serto, feito pelas mãos do falecido, os escravos com as mãos toda queimada e as unhas furada de agulha, esse dia mesmo deu um comesso em processar o Delegado.

Tratou esse dia do enterro do Capitão foi enterrado as cinco horas de Tarde, do mez de Julho de 1859. Com muitos que Pediram o bom cúria [Cura] é que o Delegado não foi processado, foi dado uma carta das autoridades da cidade de “Passos” ao rapaz a sua Mai D.ª Maria Madalena. Como tinha um escravo de confiança e um bom camarada, o P.e emcommendando tudo a eles no outro dia seguiram viagem rumo a província de Goiaz com expasso de 25 dia chegaram a fazenda do Capitão Francisco de Paula Martins Ferreira, irmão do Falicido, e o escravo fiel passando de volta a São Pedro de Uberabinha comprou um ou dois côvado (sic) de fazenda preto para luto da comitiva, ao chegar na fazenda do Capitão

[Página 15]

pôz luto em todos chapeu, e nas cabessadas dos burros de cargas, de maneira que de longe via bem, Capitão Chico, ao ouvir os tinidos dos guisos e cincerro da tropa, conheceu, disse a sua mulher Dr Maria Barbara de Andrade, me parece que aquela tropa que lá evem (sic), pelo os tinido dos sincerros é de Joaquim, estou adimirado (sic) dele já não ter chegado a mais horas, (éra seu costume de uma legua de distancia deixava a comitiva e chegando umas duas horas, na casa de seu irmão para beber o café do costume) estava por ali por perto alguns escravos, todos vierão ver a chegada do pessoal; Quando Chico Martins vê luto no chapeos dos escravos e de seu sobrinho, e na cabessada do burro de guia reconhecendo no certo que seu predileto irmão éra morto!! Como? por moléstia natural? afogado na passagem de rio? por bandido? seria na serra da Mantiqueira foi a bolsa e a vida? perguntando a si proprio.

Caindo sem sentido,

D. Maria Barbara de Andrade pergunta os escravos e seu sobrinho como foi a causa da morte de seu cunhado? Responderam que foi emvenennado por suas proprias mãos, dentro das canastras tem carta esplicando (sic) o motivo:

Foi un barulho medonho; passando aquele momento volta a calma: Descarrega a tropa desse (sic) as canastras, é carregada à sala de casa, seu filho entrega as chaves das mesmas; abre e tira a carta escrita por os proprios punhos de seu irmão, agora dôr nos corações de seus entes queridos, nunca mais vêr aquele que, a mezes atrás tinha saído daquela fazenda tocando sua boiada todo entusiasmado, tinha como serto (sic) lucro satisfatório

 

[Página 15 verso]

 

o gado bem selecionado (sic) em era, peso, bem serado, para naquele curto praso (sic) de 4 ou 5 mezes, chegar a comitiva sem a presencia (sic) de seu dono;

O escravo encarregado manda a trope para o encontro até que volte em si o apaixonado tronos de seu Senhô; mais tarde foi se normalizando.

No outro dia Capitão Chico disse aos escravos e seu sobrinho, que deveria falhar aquele dia, para cassar um meio mais brando a familia do Martins, que disse si emcombia (sic), no dia dessa falha Capitão Chico, dirije (sic) a fazenda “Senhora da Conceição” onde é a residencia de seu irmão, caminhando e fazendo planos, como deveria dizer as primeiras palavras, fez toda ideia e nada; (tudo pasafuzo sem rosca), chega a porta do casa a mulher de seu irmão, vem receber com toda alegria, o Snr. como vai passando Capitão, Respondeu, bem; disse ela estava pensando em Joaquim quando o Senhor vem chegando, de sertos dias para cá ando muito incomodada com Joaquim pesso a Deus todos os dias para que cheguem todos em casa sem novidade, é o que espero que aconteça. O Snr. pelo que me parece vem me dar boa noticia de meu marido, com as palavras de D.ª Maria, o Capitão, não pode conter as lágrimas de seus olhos. Com isto de que intender de uma cruel noticia de seu marido. disse Capitão, não é bôa, seu marido está em minha casa muito mal, já dei muitos remedios e vim lhe avisar, Dª Maria entra para a casa adentro num pranto de chouro, abraça suas filhas, e fica fora

 

[Página 16]

de si por algum minutos (sic), e volta e diz o Snr. poderá me dizer a verdade meu marido é morto? Por mais que ele quis negar, foi debalde, D.ª Marias ficou compreendendo bem a fatalidade, até que ele deu a noticia fatal: Capitão Chico fica até a tardinha acalmando D.ª Maria, a tardinha volta a sua fazenda no outro dia sêdo (sic) manda o arrieiro, arriar a tropa e segue a fazenda de seu falecido irmão, chegando, o escravo fiel entrega tudo o que estava em poder a sua Sinhá, Tristeza pesar saudades. Assim passando um espasso de oito anos, tudo indo água abaixo resolveram a vender suas fazendas, Capitão Chico e Dª Maria, ir para Minas onde já tinha muitos de seus parentes:

No dia 5 de Julho de 1867

Capitão Chico Martins, vai a provincia de Minas, arraial de "São José do Tijuco" onde ali tinha diverços (sic) fazendeiros seus parentes, dizendo a estes que com a morte de seu irmão rezolveram de vender suas terras em Goiaz, e por ali compras outras. Falhando dias a noticia correu; Uma grande familia Franco querendo mudar para Goiaz.

Foi chamado a familia Franco para fazer permuta das Fasendas, entram em emtidimento (sic), Capitão Chico foi olhar as dos Francos, agradando marcaram para dá hi (sic) um os Franco vir a Goiaz ver a fazenda do Capitão Chico e de sua cunhada Dª Maria, assim ficou combinado nos mez da seca de 1868 chegaram a familia Franco olhando agradaram e fizeram a permuta sendo os que vieram o Snr. Manoel Domningos da

 

[Página 16 verso]

Costa e outros, que adiante se vê, fizeram a permuta come se fosse animais, entregando as escrituras, com simples Pertence (tanto que na ocazião da divisão da “Boa Vista” teve grande embaraço, os títulos em nome dos Martins, os Francos estavam pagando o imposto desde aquela época isto é com 50 anos).

Capitão Chico Martins

Com a viagem em Minas, no arraial as São José do Tijuco, demorou, adoecendo teve de falha com seus parentes, quazi um ano, emfim voltando achando tudo em bôa ordem muito zelado tanto a lavoura como suas numerosas criações, Dª Maria as como saber que estaria serto a permuta da fazenda com a familia Franco, que pedin contes como feito, os filhos ficarão muito satisfeito de Valter para junto dos seus parentes;

Di menor uma moça de nome Umbelina, mostrou-si (sic) muito contrariada, com a mudança, dizendo as duas irmas, voceis (sic) poderá ir, eu não; quero morrer aqui, e não vou mesmo, riram bastante e acabou-se o assunto.

Meses passando

Dª Maria, achando Umbelina muito gorda e bôa côr chegando mesmo parecer com uma rosa, Dª Maria examina a filha achando grávida de 4 a 5 mezes, vem seu pai, como um tigre raivoso, ao saber a sertesa (sic), castiga a filha na mais selvagem grosseria, como si fosse animal, querendo enforcar, e disse ele a filha, agora conti-me a verdade, si

 

[Página 17]

mentir ti matarei, a filha mediante tal amiaça, diz a Verdade, a hi é que foi o duro para o Capitão, Segredo, calado. (disia as pessoas daquele tempo, que a gravidez éra de seu proprio irmão? outro que era de um escravo, será de seu irmão mesmo? ou do escravo Renovato? não se pode negar, mais tambem não se pode afirmar). Com o castigo selvagem Umbelina deu a luz a criança nassendo morta, com espasso de dois dias Umbelina entrega sua alma ao criador, a imfeliz da criança foi enterrada dentro do quintal sem receber a água do batismo: Não; Não; naquele tempo se não podia dizer que a filha do Capitão ou do Coronel, se perdeu, não; erão muitos soberbos, acontecia (sic) os mais orrendo crime naquelas familias praticava o crime para não dizer que a filha do Coronel estava com a criança ao braço, os Coroneis mais generoso mandava escravo levar seu neto alta noite a leguas de distancia engeita na porta as vezes de um casal umilde, escravo sospeito (sic) e de confiança Renovato, foi castigado brutalmente por seu Sinhô, após a surra foi mandado a tirar madeira no mato nos a redor do propriedade; saindo sêdo ate a tarde não voltando, a noite nada, os escravos saindo as oculta em procura de seu colega, achando morto com uma machadada entre as pernas partindo o ouço [osso] do pente, no meio daquela grande poça de sangue: Seria dizastre? Suicidio? ou seu senhô mandou tirar avida por cauza de Umbelina? Como você julgará essa causa?

Morte de Umbelina.

Morte do Escravo

 

[Página 17 verso]

Olhos de Deus, olhos de pessôas de bom corações (sic) sabendo das noticias sai da cozinha da casa do Capitão. pessoa caridosa deu parte ao subdelegado da Campanha de Santo Antônio que naquele tempo estava em exercio (sic) o Sargento das garda (sic) nacional, o Snr. Francisco de Faria Campos, indo este em sua fazenda para saber do serto, como foi as [o]correncias; Como se tratava de dois grandes amigos, não deu nada. pessoas que sabia quasi certesa falava, Capitão Chico matou a filha e o neto, matou o coitado do escravo, e será que isto fique assim impune? por ser amigo do subdelegado ficará sem ir para a cadeia por ser Capitão e homem de dinheiro, mata e fica assim mesmo? um homem como este precisa ir para forca. Entrando muita gente para acalmar o furor do povo, até que tudo silenciou.

Abril de 1869

Chega a grande bagagem das Mudança da família Franco, composta dos senhores

 

-Manoel Domingos da Costa e Dª

Mariana da Costa

João Teodorio de Goveia Franco e Dª

Alda Brandina Franco.

João Moyses Franco e Dª

Rita Franco da Costa

Moyses Apolinario Franco (Zicogue) e Dª

Francisca Emerenciana Franco

José Francisco de Goveia e Dª

Francisca Franco da Costa

Antonio Franco da Costa e Dª

Iria Clara Franco.

 

[Página 18]

Jeronymo Franco da Costa e Dª

Candida Ubaldina Franco

Candida Artencio Franco, viuva

Ubaldina Franco, viuva

João Teodoro Franco, e Dª

Emerenciana de Alda Blandina

José Franco de Goveia, e Dª

Francisca de Goveia Franco

José Costa e Oliveira e Dª

Barbara de Goveia Franco

José Joaquim de Goveia Franco Dª

Maria do Carmo Franco

Antonio Tomas de Aquino,                           

Rita Eufrasia Franco

José Antonio da Silva e Dª

Ana Barbara Franco

Francisco Jeronymo Franco solteiro

Antonio Domingos Franco solteiro

Serafim de Goveia Franco solteiro

 

A bagagem

Composta de grande nº de Camaradas, alguns com sua familia, seiz (sic) ou sete dezenas de escravos de sexo masculino e feminino, 15 carros de bois, diverços burros com cargas, sento e muitos animais cavallar grande de besta para arreio, 400 suinos 1500 reses de bom gado raça china.

O município de São Sebastião do Alemão muito deve a familia Franco, aumentou consideravelmente a população. Casando-se e fazendo suas moradas por diverços (sic) lugar, com a chegada daquela familia vinha outros de outras paragem de mudança, naquela ocasião é que mudou o nome

[Página 18 verso]

de São Luiz; para de Boa Vista por causa de um morro muito alto com 870 m. nas divisas da fazendo Boa-Vista e São Bento, aguas vertente do Córrigo (agua azul) hoje Bitoco fica na margem da estrada de rodagem de Goiania-Rio Verde, estas familia conservão até hoje neste municipio desde as velhos até os prezentes dado muito boas provas de honestidade (sic). São homem (sic) de valor, amigos sinceros

1879

Ficando as duas filhas do Capitão Joaquim de Paula Martina Ferreira de nomes Ubaldina, e Ana Martins Ferreira por ter seu tio Candido Pereira da Rocha assinado a tutela das duas menores, e foi entregue 620 reses, animais de custeio, terras e dinheiro em ouro ou barra de ouro, por esse motivo sua Mãi não pôde levar as orfãs para Minas, onde passou sua residencia; mais tarde seu tutor faz Ubaldina casar com o Coronel Felipe de Oliveira e Silva vivendo poucos anos morrendo Ubaldina, Coronel Felipe já tinha feito bom sitio nas terras de sua mulher; Ana vivendo em companhia de sua irmã, com a morte dela ficou uma privada para Ana; Coronel pede casamento sua cunhado, foi asseito (sic) entre as duas irmãs quando seu tio e tutor entregou o gado tinha mais de 1500 reses de criar; deu o nome de “Mateiro” a fazenda do Coronel Felipe, o segundo casamento do Coronel Filipe e Ana foi em 1882.

[Página 19]

Coronel Filipe homem que éra chamado para arumar (sic) tudo, de bom ao povo, ninguem fazia nada sem a sua presencia (sic), homem trabalhou muito para o pogresso (sic) deste municipio; sofrendo do coração veio a falecer, no dia 15 de Julho 1897, Dª Ana conservou na fazenda muitos anos, vendendo passou para a cidade do Alemão.

E passando Doação de sua casa a Igreja de São Sebastião; casa esta que hoje é o prédio da escola normal, Pe Alexandre fez permita por outra com o Coronel Antonio Symplicio, é conhecida por casa dos Padres; No ano de 1916, o Coronel Joaquim Martins da Rocha e outros, requer a Divisão da fazenda das Palmeiras, Como éra bem do conhecimento de muitos que o Patrimonio de São Sebastião fazia divisas com aquela fazenda de maneira, que tinha parte do patrimonio feixado (sic) de arame, pasto da fazenda do então chefe politico de muito prestígio, grande amigo do Senador Ramos Caiado,e como chefe executivo da cidade do Alemão Otaviano de Moraes, este amicissimo do Coronel Eugênio Jardim, e compadre intimo do dono do pasto dentro das terras de São Sebastião.

A Escritura passada no livro da Egreja (sic), poucas pessoa (sic) tinha conhecimento dela. Quando vem o Engenheiro fazendo as linhas do perimetro, pede a Escritura de São Sebastião para saber onde seria a divisa do patrimonio; Vai os compadres a Igreja, da-lhe a busca encontra a Escritura no livro número 1, um, vê que as divisas do Patrimonio prejudicava muito o compadre Symplicio, Ninguem mais vio o livro nº 1, entre os dous chefão levando o agrimensor deu as divizas por aquele

 

[Página 19 verso]

lado como bem quiz e entendeu; mais tarde foi se dividindo as fazendas que fazia estremo com o patrimonio, sendo sempre respeitado. Os chefes e compadre todo entosiasmado (sic) disendo eu e compadre demos o patrimonio de São Sebastião falamos com todos os condominos da fazenda, até que todos concordarão (sic), de maneira que está tudo arrumado;

Quem escreve estas linha tem conhecimento da escritura, não só coronel Otaviano como Coronel Symplicio érão meus amigos, eu conhecendo que tinha vantagem aquela escritura dezaparecer éra o Coronel Symplicio;

Pencei (sic) em dar um bruto alarme a respeito do desaparecimento da escritura, Sabendo eu, que, causaria no serto um grande prejuízo ao Coronel Symplicio aquelas terras estava sercado de arame e bem cultivadas, pastagem de seu rebanhos; Este Senhor para arrancar ou mandar tirar as orêlhas de qualquer que si (sic) julgava seu inimigo não mudava a camisa, éra cousa de menor importancia. Eu sendo pobre e umilde, consurtei commigo mesmo, achei prudente ficar quieto; e assim foi o patrimonio de São Sebastião, Almiro Duarte Figueiredo prefeito desta cidade achando a escada dos corones Otaviano e Symplicio, toca uma demanda com a Igreja arranjando testemunhas que de nada sabia, para provar como o patrimonio de São Sebastião nunca tinha pertencido a Igreja, estas testemunhas foram enduzida por ele que não tinho responsabilidade alguma, aproveitando para isso, um seu grande amigo, Antonio Pereirinha, protestante e inimigo dos Padres, este

 

[Página 20]

fez uma forsa danada, dizendo precizamos tirar estes coroado, que são mais perigoso de que as formigas cabiçudas, o patrimonio ficando em poder da prefeitura uma data para fazer uma casa fica mais barato, e recebe titulo legal, tudo corre pelas mil maravilhas, até que deve se afinal sentença, dando ganho de causa a prefeitura, eu vendo a grande injustiça dos homens estorquiar o Santo.

O qué é de faser, não tenho serto valor na politica, não tenho dinr.o, coragem, destimido, pencei (sic) em ficar manço, humilde, É vivo Coronel Symplicio, Almiro, duas feras, este de muito mau procedimento, ajagunçado; eu poderia ter a coragem como um Lampião, para dizer; isto tudo que vocês estão fazendo é errado, cometendo um crime; O que poderá resultar, com Santo não se brinca: Almiro comiteu grande crime de roubar dinr.o do povo, como tabelião do registro de terras e não fasendo, e dava nos titulos o falso recibo da maneira seguinte, Nº 254

Pág. 31 Protocolo –

Apresentado às 14 horas, no dia 19/5/1935

A.D. Figueiredo

Registrado no Livro nº 3 as fls 103 sob nº 250. Palmeiras, 19/7/935 o oficial, Almiro Duarte Figueiredo 62$4000 A.D. Figueiredo

Fasia só na escrituras e nos livros competentes, tudo em branco comprava terras das viuvas, de herdeiros, seção de herança e vendia dando o formal de partilha, sem nunca ter feito o inventário, e passava a escritura falsa nos livros de notas de Nº 43 e 44, vindo um bom Juiz de Direito para esta comarca vendo o que se passava no Cartório de registros de imóvel, indo em Goiânia

 

[Página 20 verso]

troxe o Juiz carregador, quando estava perto deste chegar, Almiro vai ao fórum a noite roba (sic) os dois mencionados livros de notes, onde éra passado por ele as criminosas escritura, (Almiro como prefeito poz no cartorio em seu lugar seu sobrinho José Otacilio de Figueiredo Velasco (buju, (?) querendo que os livros seria seu sobrinho o autor do roubo), Vem de Goiânia Delegado especial T.e Bleno Leite abriu rigoroso imquerito foi todos empregado do Forum intimado para prestar declarações enterrogando já boa parte dos empregado (sic) Publicos, um investigador muito abil (sic), veio a declarar um pobre coitado seu amigo, e porteiro do forum que forneceu as chaves para fazer o roubo que Almiro disse a ele que lhe daria 2.500$00 mais que afinal não deu nada, Almiro na parte de seu grande estabelicimento (sic) comercial, pondo sentido no que se passava na cadeia onde éra os emterrogatorio, T.e Bleno solta o porteiro, este vem e disse de juelho (sic) no chão Almiro estamos perdido eu contei tudo. Almiro ao saber do discobrimento, saindo pelos fundos da casa procurou a Caatinga, pronto sumiu o valentão e os seus jagunços, processo feito. Vendeu seu negócio, e tudo o que tinha, com grandes prejuizos, e foi residir no Estado de São Paulo, mais tarde passando para Mato Grosso. As testemunhas que prestaram seu juramento, na ação movida por ele contra São Sebastião; tiverão suas recompenças (sic); foram bem aquinhoado, no tanto que que tocou a cada um. José Vieira de Moraes, perdeu as faculdades mentais, Antonio Pereirinha, quebrou uma perna.

José Gomes Barbosa, quebrou uma perna

 

[Página 21]

José Fernandes de Morais desde aquela época se entregou ao vicio da embriaguez anda caído pelas rua (sic) da cidade até esta data só é falicido (sic) José Vieira de Moraes, os mais são vivos para todo mundo ver, a justicia divina é reta, a dos homens falha.

Olho de Deus?

Capitão Joaquim de Paula Martins Ferreira que mudou o patrimonio, dando muito prejuizo ao Santo e ao povo, (podia nóz ter luz idraulica a queda dagua no rio dos Bois, a pouco mais de 2 kilometros a distancia), um lugar magnifico, está lá para quem quizer ver, entre dois corrego de muito bôa agua, (onde si vê ainda vestijos (sic) dos servissos abandonado por um seculo, e é conhecido por “os esteios”), Capitão Francisco de Paula Martins Ferreira, sua filha Umbelina, ficar grávida do irmão ou do?___ Cousas repugnantes para nossos custume, com a morte de Renovato seu fiel escravo, se não fosse a grande intervenção de homens de valor na justiça, tinha Capitão Chico cabar (sic) seus dias na cadeia, Capitão Joaquim bebendo Veneno, em outra provincia, morte orrivel. os seus escravos e filhos sofre castigo peor que animais. O povo de Palmeiras vendo a Igreja em completa ruína: estão fazendo outra, prefeitura vendeu todo o terreno do patrimonio, embolsando em muitos mil cruzeiro, e para Igreja não deu nem um centavo; Nada aqui neste patrimonio de São Sebastião vai adiante, teve progresso quando esteve no nome de São Sebastião do Alemão.

 

[Página 21 verso]

o Simiterio que hoje se acha feichado; foi construido pela familia Rodrigues, como socio do servisso

João Rodrigues dos Santos

Pedro Rodrigues dos Santos

Manoel Rodrigues dos Santos

Luciano Hilario dos Santos

André Rodrigues dos Santos

Benedito Rodrigues dos Santos viuva

 

Como todas pessoas sabem que no tempo do Imperio do Brasil, enterrava os cadaver dentro da Igreja, com a entrada da Republica não mais foi permitido, com aquela severa ordem foram fazendo enterro do lado de fora da Igreja, da porta principal até o cruzeiro éra onde se enterrava os cadaver, em 1890 morre Germano rapaz de 17 anos de idade filho de Pedro Rodrigues dos Santos, Pedro Rodrigues achava que para ele conseguiria a sepultura de seu filho dentro da Igreja. Comversando com o tizoureiro, este negando, a ordem, que não podia de forma alguma: como o cadaver de seu filho já se achava dentro da Igreja, Pedro disse ao tizoureiro, não precizo de Ordem sua: meu filho vai enterrado é dentro desta Igreja, eu e ele muito trabalhamos para fazer ela, nossos suôr derramou, e mandou seu povo que abrisse a sepultura marcando o logar; Eu estou aqui por que der, ou vier; dito e feito, fez-se o enterro dentro da Igreja, mandou arrumar tudo como estava.

Com isto Consultaram entre a familia de fazer um simiterio, nós somos mortal, na ocasião da festa de são Sebastião, reunindo todos irmãos

 

[Página 22]

e Pediram o Vigario que marcasse um lugar para fazer o campo Santo, que aquela irmandade faria por conta propria. O Padre achando que seria uma boa medida, escolhendo o logar, marcando o tamanho, disse quando der fim a obra, mande chamar um sacerdote para benzer;

mãos a obra, dentro de pouco tempo teve pronto. Em Janeiro de 1890 foi bento, e levantou a cruz no dia 22 de maio do mesmo ano; Foi sepultado uma sua sobrinha de nome Francisca Rodrigues dos Santos de 14 anos de idade. No mesmo dia foi sepultado Jacob Rodrigues das Neves (Negrão).

Ficou o semiterio sendo da familia.

Para si fazer um enterro, pagaria 1$200, dinr.o este que servia para comprar ferramenta e zelar do campo.

A familia morando distante; entregando a um amigo da familia, este senhor de nome José Leite e sãocristão (sic) [sacristão] este continuou por certo tempo, Morrendo Pedro Rodrigues dos Santos, este é que morava mais perto do arraial de São Sebastião do Alemão, o semiterio passando para seu filho José Rodrigues dos Santos, Residente na Fazenda “Bom Sucesso”, em 1898 morre João Rodrigues dos Santos, e assim dentro de poucos tempos todos morrerão (sic).

Em Abril de 1904 José Rodrigues dos Santos com todos seus irmãos foram de mudança para o Estado de “Mato Grosso” ficando o semiterio abandonado, passando p.a municipalidade

Os Padres que tomarão conta da Paróquia de São Sebastião do Alemão,

P.e José Maria de Azeredo Pitaluga

Vigario Collado

P.e Angelo Tardio Brom italiano

Vigario Collado

 

[Página 22 verso]

P.e Nicolau de Almeida Pinto Vieira

Vigario Collado brasileiro

P.e João de origem espanhola, não colados

P.e Baltazar Rodrigues de origem espanhola

P.e Florentino Rodrigues Bermejo espanhola

P.e Alexande Pereira brasileiro.

P.e José de Paula Rosa brasileiro

 

Jonas Alemão

José Pedro Rodrigues dos Santos Peró natural de Corrigo "seco", hoje Petropolis onde ali, seu pai éra grande latifundiario, Com as noticias das grandes minas de ouro do provincia de Goiaz, deixando seu pai, vem em procura do precioso metal, trazendo serto nº de escravos, vindo a fazer paradeiro em “Meia Ponte” tendo afluido grandes lucros, José Pedro, tinha deixado em Corrigo de “seco” seu irmão gemio Pedro José Rodrigues dos Santos que seu irmão também viesse para Goiaz, este esteve um tempo em “Meia Ponte” não achando bom o servisso de garimpo passando sua residencia, para o arraial das Antas, José Pedro ficando viuvo, deixando “Meia-Ponte” vem para Campanha de Santo Antonio, fixou sua residencia no lugar, Corrigo de Santo Antonio, mais tarde deu e nome de sua propriedade “Ponte Nova!” (distante desta cidade 3 leguas).

Em sua companhia seus filhos

João Rodrigues dos Santos

Pedro Rodrigues dos Santos

Manoel Rodrigues dos Santos

 

[Página 23]

Luciano Hilario dos Santos

Andre Rodrigues dos Santos e

Benedita Rodrigues dos Santos,

 

Em 1820

A sinco léguas de sua residencia morava um garimpeiro de ouro, de nacionalidade Alemã, chama Jonas, que embora estivesse gosando as reliquias da naturesa como um animal Silvestre inimigo de homem foragido das mais terrivel disgraça da sua patria. Sentiu-se feliz em avistar a primeira vez com José Pedro Rodrigues dos Santos, chegando a ficar grandes amigos.

José Pedro passou a fornecer Jonas de tudo que precisava generos alimenticios, roupas, ferramentas. Jonas parecia que tinha recebido boa iducação (sic), mais (porem muito degenerado) em contato quaze só com sua companheira e um filho de nome Antonio, a mulher parecia ser india ou negra filha de Portugues, mulher bruta chegando mesmo a ser selvagem, éra o melhor camarada de Jonas para trabalhar com labanca e picareta a não ser estes seria os indios que sempre visitava aquela Campanha, a não ser bater feras, vivia izoladamenti;

Quando José Pedro recebe noticia serta do falicimento de seu Velho pai em “Corrigo Seco” tratando de ir receber a sua parte no inventário mais como o tempo não permitia por ser mezes chuvouso (sic) deixando para o outro ano, em Abril de 1840: Jonas sendo seu predileto amigo, chamando a particular, e disse quero que Senhor me faça um favor, de levar meu ouro vender lá na corte para mim, disse José Pedro com muito gosto

 

[Página 23 verso]

levarei; o velho falicido Manoel Rodrigues dos Santos Peró, seus filhos érão amicissimo do Imperador Dom Pedro I; Dom Pedro todos anos vinha aquele fazenda, dar suas cassada, matava Veado ou porco do mato, trazia ao abarracamento para comer a carne, trazia muitas mulher de menos a rainha; esta familia tinha grande amizade com o Imperador, o qual Jones sabia,

José Pedro marcou viagem,

Para, sair no mez de Abril ou Maio de 1840, adoecendo gravemente não poderia ir naquela marca, Jonas vem a casa de José Pedro após o seu restabelecimentos e chama que esperario de ene seo caso tal dia, me marco José Pedro vai Jonas mostra a seu amigo 11, onze garrafas cheia de ouro, e dizendo não é sé este, tenho mais, José Pedro, vendo aquela grande riqueza, disse eu pencei (sic) que seu ouro não atingia uma quantidade desta mediante isso quero que voce vá tambem em minha companhia, pois a soma será muito alta;

Acho prudente você ir por duas maneiras asistir a venda do ouro, e temos perigo a enfrentar no a “Caminho da serra da Mantiqueira” onde tem grandes quadrilha de ladrões. Ficou tratado certo de fazer aquela viagem na seca do ano seguinte aquelas garrafa o cofre de gardar (sic) elas éra a entranha da terra, e vez em quando mudando de lugar; Jonas, trabalhando n’uma riquicima mina no Corrego “Santo Antonio do Morro azul”, dando quantia avultadissima, ora trabalhando no rigor do sol e da chuva, dá-lhe uma forte peneumunia (sic), vem para sua casinha no arraial de São Sebastião, chegando caindo prostadamente;

 

[Página 24]

no arraial tinha um dois ou treis moradores sendo todos velhos, que de nada valia n’um ponto daquele. Com espaço de treis (sic) dias, sua mulher alembra do amigo José Pedro, deixando seu filho e um casal de velhos olhando seu companheiro, e segue rumo a residencia de José Pedro “Ponte Nova”;

Caminho abitado por feras, (ela indo a pé) chegando Conta o estado de seu companheiro, José Pedro sem delongas manda o escravo pegar 5 animais de sela. Monta a velha no cavallo, ele 3 escravos, deixa recado que logo que seus filhos cheguem do servisso que venha 2 ou 3, como sem falta, Voltando a galope a casa de Jonas, encontra estremamente mal, trazendo algum remedio deu nada de melhora; a noite José Pedro lembra do ouro, e disse a velha quedê (sic) o ouro? A velha disse pergunta Jonas, perguntando: Jonas ondi (sic) está as garrafas de ouro? com muito custo Respondeu está lá no morrinho, disse a velha não; voce mi disse que tirou ele de lá; ele disse está no capão, ela disse não; voce me disse que tirou ele de lá; Respondeu está na minha Roça; ela não; Responde ele pela ultima vez está do outro lado do corrego na divisa do Campo com o mato de baixo de uma arvore; Jose Pedro vendo a grande dificuldade dele falar, não quiz mais falar com ele e proibindo todos, a não falar com ele, mais tarde ele andou falando no ouro, mais completamente na variedade (sic); as 5 hores do manhã, entregou a sua alma ao criador.

mez de Outubro de 1841.

As 8 horas da manhã. Chega os filhos de José Pedro Rodrigues dos Santos João Rodrigues dos Santos

 

[Página 24 verso]

Pedro Rodrigues dos Santos, Manoel Rodrigues dos Santos Luciano Hilario Rodrigues dos Santos, Benedita Rodrigues dos Santos viuva, e Atanasio Fagundes Vieira.

e treis ou quatro escravos, encontrando Jonas morto, na salazinha de sua casa n’um jirau de taboca espécie de cama, como forro naquelas vara de taboca um lençol de algodão, já manchado em muitos lugar de poeira, um trabeceiro sem fronha tambem no mesmo estado, do lençol; vestido em uma velha calsa (sic) de fazenda de lã, camisa branca de tafetal, colête e paletó tambem de lã, peis (sic) calsado com um par de coturno velho, barba e cabelos crissidos. João Rodrigues dos Santos, tinha Jonas como o melhor amigo, Conciderava como irmão: Entra na sala, ondi antes éra recebido com amavel alegria; agora seu amigo ali quieto para mais nunca, aquele homem de cabelos ruivos e undulados (sic), de terras tão longicuas (sic), ali tristemente, em complete abandono, talvez na sua terra seu pai, ou mãi, Irmãos em luxuoso palacete onde tem todo conforto, dinheiro, os melhores médicos de fama mundiais onde a terapeutica esta mais abalizada; Este mundo; tudo é engano, e no ingano vivemos até a morte. Ajoelhando resando uma Ave Maria a alma de seu grande amigo e se levanto discobri e rosto de Jonas pega em sua mão direita, Adeus ate breve, o que de um aum devagar vamos todos.

Sepultamento

Jonas foi enterrado a seu pedido, de par com o artar (sic)

 

[Página 25]

de São Sebastião, éra Catolico fervoroso, foi o primeiro sãocristão (sic), éra amicissimo do Vigario Coutinho de Anicuns, ao saber de seu falicimento veio dizer a missa de setimo dia, no artar (sic) onde seu corpo estava enterrado. (para hoje tão diferente) Casinha de Jonas é hoje os lugar da casa de negocio dos Senhores Humberto Mendonca & Comp.a nesta cidade. Jonas deixou um filho Antonio, a mulher com quem ele convivia não me recordo o nome, “mais por uma Senhora de idade bem avançada me disse que Antonio Alemão como todo mundo conhecia disse a ela que sua mãi chamava-se Rosa e que éra natural do Estado de Minas, e que não eram casados; um outra (sic) pessoa me afirma que Jonas éra casado, e sua mulher éra cativa filha de Sinhô, e que Jonas comprando-a deu a carta de liberdade, e casando por concelho (sic) de um Bispo, de nada posso afirmar, mais tambem não posso negar.

A procura do Tizouro

Como José Pedro Rodrigues dos Santos Peró Tinha a grande serteza da grande quantidades de garrafas cheias de ouro, por Jonas ter lhe mostrado, chegando em casa reunindo seus filhos e escravos, e disse vamos procurar a riqueza do Alemão, que a alma dele mesmo nos indicará é sertesa que achamos, chegando em casa da companheira do Alemão e disse José Pedro aquela senhora eu vim trazendo meus filhos e escravos, para ver si encontramos a grande furtuna, o que a senhora me diz? É bom Capitão acha e mi dá uma parte que dê para o sustento do resto de minha Vida, e quero ficar em sua companhia

 

[Página 25 verso]

Capitão, eu trabalhei muitos anos, nos ajustamos companheiros de poucos tempo, eu trabalhava com a picareta, enchada, até que Jonas me encinou (sic) a lavar ouro, aprendendo, Viemos de Minas Geraes para aqui a primeira bateiada que eu lavei em um rio aqui nesta provincia, tirei uma pedra de diamante de 200 quilates, este ribeirão fica daqui a 16 legues por aquela banda, apontando com o dedo, Jonas não gostava de garimpo de diamante; me disse ele que aquela pedra em sua terra deveria valer oitenta contos de reis, essa pedra teve gardada (sic) muitos anos, em meu pescôço quem via achava que seria uma oração. Vou pidir a alma de Jonas para ti levar perto onde está o enterro, disse José Pedro ache ou não ache a Senhora querendo ir com seu filho para meu sitio será de meu gosto, acho que nada ti faltará; Rumaram em direção ao morrinho, chegando-o procuraram, achando um Vestijo (sic) já velho, e nada seguiram, ao capão, cassando até a noite nada e no outro dia voltaram; a distancia dentro do mato é grande 20 alqueires mais ou menos, a tardinha achando um vestijo, todos ficaram satisfeito, noutro dia voltaram, e cavaram o lugar, nada; tinha sido retirado encontrando sinal bem visível dos fundos de 12 ou 15 garrafas, que já tinha sido retiradas a mais 2 anos (sic), agora é na roça, cassando, ahi sim nem um simplis sinais (sic) poderam encontrar, no campo do outro lado nas devizes deste com o mato, debaixo de todas arvores foi bem pesquizado, nada, nada. 3 ou 4 dias perdidos.

Na seca de 1842.

 

[Página 26]

mez de agosto fogo no campo, fogo nos matos; agora é no serto, temos que discubrir o tizouro, cassando em todos os logar, onde já tinha cassado, nada, isto continuou por alguns anos, por ultimo, ficou cassando os filhos de José Pedro; João Rodrigues dos Santos, ambicioso come ele não tinha nenhum dos irmãos, dizia ele a ora (sic) que achar este tesouro, iremos a nossa terra deixaremos este Sertão, por uma vez, até que deixaram por completo.

Morrendo José Pedro Rodrigues dos Santos, a companheira de Jonas em sua companhia, com espasso de 5 anos morre Rosa, ficando Antônio Alemão seu unico filho, nunca deixou da companhia de João Rodrigues dos Santos, este fez Antonio casar com uma mulher, dizia ela ser natural de Minas Geraes, seus pais moradores na margem do rio grande de São Paulo, é da familia de Toledo, de nome Ana de Toledo: Antonio Alemão nunca deixou de cassar o tizouro de seu pai, até que este deixou por uma vez. O tizouro de Jonas concerva calmamente na entranha da terra. O qual será o filisardo? um dia pode tirá-lo dela pelo o acauso? Estas pessoas que, muito procuraram nem uma pessoa se retirou d’aqui, e todos foram sepultado aqui, e pobres, e todos parentes de quem estas linhas escreve, de maneira que é uma serteza que ninguém o encontrou e está ela na entranha da terra calmamente.

Não é contos de mil e uma noite.

Não é lenda, cousa immaginaria.

É serteza o grande Tisouro de Jonas.

É as minas de Sabá? não; é de Salomão,

não; é de Jonas, Sim.

 

 

[Página 26 verso]

Data:

Arraial de São Sebastião de Alemão

Foi elevado a freguesia esta resolução Nº 8, de 9 de Novembro de 1857.

A Vila pela lei Nº 814, de 19 de desembro de 1892.

Foi elevado a cidade pela lei Nº 260, de 6 de Julho de 1905.

É Sede de Comarca de 1ª entrancia criada pelo decreto-Lei n. 3.174, de 3 de maio de 1940.

O primeiro Juiz de Direito Guilherme Ferreira Coelho.

Promotor Dr. José Joaquim de Souza, naturaes da capital de Goyaz, ex Capital.

dois distritos

1º Alegrete (antigo Santo Antonio do Alegrete) tomou a atual denominação pelo decreto lei Nº 1.233 de 31 de outubro de 1938.

2º Agua Limpa creada pelo decreto Nº 113 de 4 de Janeiro de 1935

Elevado 2ª entrância, decreto Nº 121 de 22 de Julho de 1946.

Elevado 3ª entrancia por ato das disposições constitucion transitória as 9, promulgada com a Constituição do Estado de Goiaz, em Goiânia, em 20 de Julho de 1947.

Juiz de Direito Dr. Amilton de Barro Velasco, um dos mais cultos de todos Juizes do Estado.

1º promotor Dr José Joaquin de Sousa muito correto

2º ....................Ely

3º.....................

4º..................... Antonio Miguel Fleury Curado

 

[Página 27]

As primeiras autoridades de São Sebastião do Alemão

1º Juiz de Paz, Manoel Lourenço Pereira.

1º Escrivão de Paz de 1857 a 1897 - Tristão Damasio de Faria

de 1892 a 1905

2º Juiz de Paz Joaquim Pedro Ribeiro da Silva.

Escrivão Simão Rodrigues Araújo.

Coletor Estadoal (sic) Emiliano Cardoso de Moraes.

1º telegrafista Affonço Coelho, em Julho de 1892 r no mesmo, foi foi criada agencia do correio sendo seu primeiro agente Dª Ana Cintra.

Chegou aqui em Palmeiras, a primeira machina Ford de propriestade de Snr. José Brom, natural da cidade de Goiaz, Capital deste Estado.

No dia 30 de setembro de 1912, por estrada de carro de boi.

O primeiro avião que aterriçou (sic) no campo de Palmeiras, 1º de Maio de 1939.

Trasendo como passageiro o Engenheiro Jeronymo Coimbra Bueno.

Foi inaugorada (sic) a luz elétrica no dia 28 de Janeiro de 1940

pelo prefeito Almiro Duarte Figueiredo

Foi inagorada (sic) a machina de beneficiar arroz no dia 25 de Julho de 1943 pelos Irmãos Mendonça & Comp.ª

A velha Cadêia destruida, em Julho de 1946 por ordem do prefeito Benedito Moreira da Cruz, foi um dos passos do prefeito para aumentar crimes. Foi construída pelo Snr. Martiniano Tobias de Moura, inagurada, 21 de maio de 1892.

 

[Página 27 verso]

Cópia do Ofício do Governo ao 1º Juiz de Paz esclarecendo como Selebra (sic) casamento civil

Nº 196. Governo do Estado de Goyaz, 6 de Setembro de 1890 –

Em solução a consulta constante de Vossos officios de 2 e 26 de Agosto próximo findo, vos envio a inclusa copia de uma declaração publicada no "Diario official" nº 37 de 7 de Fevereiro do corrente anno, relativa ao gráo de parentesco, em que é prohibido casamento pelo Decreto n.º 181 de 24 de Janeiro último; bem assima Avizo também incluso por copia do Ministerio de Justiça de 9 de Junho proximo passado, declarando que os termos de casamentos podem ser lançados nos livro anteriormente fornecidos para o registro, em virtude do artigo 4º do Decreto Nº 9.886 de 7 de Março de 1888

Saude e fraternidade

 

[Página 28]

(a) Rodolpho Gustavo da Paixão

Ao Cidadão Manoel Lourenço Pereira, Juiz de Paz do Distrito do Alemão –

- Este ofício está em poder de uma de suas netas, não quis me dar ou vender; relíquia de família. Copiei entregando-o (sic) original.

 

[Página 28 verso em branco]

 

 

 

 

 

 

 

[Página 29]

Incentivo Estatal a Escravatura em pleno Século XIX. No Estado de Goiaz.

Deixo algumas trancrição de documento que tenho em meu poder: O leitor que ao vêr, deverá pençar que não tem pussibilidade, de o Governo de um Estado concentir tais absurdo, deixo a fé da verdade.

Forão atroicidado (sic) muitos pais de familia que por desgraça caia nos garras do Coronel, Major, fazendeiros estes érão os mais terrivel [como o Coronel Joaquim Basta matar um menor que éra seu camarada por suas proprias mãos os que ... matava e fazia do corpo do disgraçado lenha para apurar garapa, e muitos outros fazendeiros do Municipio de Vila Boa.

O camarada trabalhava dia noite, anos a fim, sua conta crecia (sic) vertiginosamente, a contos de reis, si fugia de duro cativeiro Soldado Jagunço no incarço, as ordem éra severa, mi traga a orelha estou recebido. Tudo isto com grande apoio dos governos do Estado. Veio a dar fim o tal disatino com a revolução de 1930: Domingos Neto de Velasco, é quem deu fim ao Cativero branco de Goyaz, deve ser muito lembrado pelo povo goiano. Foi chamado, por ele todos coroneis a trazer os camarada a presencia do novo governo tinha camarada com 10, 15 anos de servisso quasi que vestido com a roupa de Adão, e sua mulher a folha de Eva, o sustento não passava de milho, a tal

 

[Página 29 verso]

cangequinha e algum caroço de feijão dentro da gamela de quarto, precisava ser bom mergulhador para o encontrar. Carne: esta sim Carne.

As reses de frieira, que nem urubu queria esta era a dos Camarada pagando 30 40$000 por cada quarto, é o bom trato do camarada.

O câmarada que devia pouco 5, 6$000, sempre dizia o fazendeiro eu tenho na mão desta praga sem contos de reis, trabalhava a razão de 8, a 20$000 por mez, mez contado, como dizia os coronéis, o coitado trabalhava, domingos e dias Santos, estes não, o camarada perdia.

Dr. Carlos Pinheiro Chagas, presidente provisório de 27 a 29 de outubre de 1930.

Ao ser sabedôr da vidas (sic) dos empregados disse, nunca em minha vida averia (sic) de pensar que neste estado, o cativeiro ainda existia, fazia todos rir (vir?) com os acertos de pat[r]ões e camadas. Cousa nunca visto; este governo é o da liberdade;

 

Copia de uma confissão de dívida de um camarada casado pussuindo (sic) oito filhos, indo para a fazenda de um protegido do governo, jagunção de cortar orelha de uma criatura humana como corta uma taiada de Marmelada.

Este camarada estava na fazenda dos “Guedes”, vendendo ele como vende um cavalo;

Na íntrega

 

[Página 30]

Primeiro traslado de L. de Notas nº 68 fls. 68 a 69

Escriptura de confissão de dívida

Que em favor do Snr.

Aurides Elias Corrêa Vianna

Assigna o Senr José Ribeiro da

Silva, na forma seguinte:

 

Saibam quantos esta pública escriptura de débito e confissão de dívida virem que no anno do Nassimento de Nsso Senhor Jesus Christo de mil novecentos e vinte aos quatro dias do mez de Novembro do dito anno, nesta cidade de Goyaz, Capital do Estado do mesmo nome, em meu cartório, compareceu presente como outorgante o Snr. José Ribeiro da Silva, lavrador residente no distrito da “Barra” deste Termo, conhecido das testemunhas adiante nomeados e no fim assignados e estas de mim Tabelião, do que dou fé, perante os quais por ele me foi dito que pela presente escriptura e na melhor forma de direito confessa e se constitui devedor ao Senr. Aurides Elias Corrêa Vianna, fasendeiro, residente no mesmo distrito, da quantia de setecentos e dez mil reis (710$000) proveniente de varias contas pelo mesmo pagas a diverços credores e outras despesas e dinheiro por adiantamento conforme o ajuste de contas a que procederam, cuja quantia de 710$000 reis se obriga a pagar ao referido Senhor ou a sua ordem dentro do prazo oito meses a contar desta data e mais si obrigo ao pagamento dos juros de dois por cento ao ao mez no fim do referido praso, ou seja, 128$000 que acressidos ao capital prefaz (sic) a quantia de 838$000 para lhe ser pago no dia 4 de Julho do ano proximo futuro, ficando salvo ao credor direito de recuzar o pagamento parceladamente. Disse mais que no caso de falta ao pontual pagamento obriga-si a entrar para o serviço do seu credor como seu camarada, vencendo o jornal de

 

[Página 30 verso]

30$000 mensaes, sendo 20$000 para abater na conta e 10$000 para suas despesas durante o praso que for necessario para a liquidação deste compromisso, inclusive os de honorario de advogado e despesas de viagens e custes;

Assim o disse do que dou fé e me pediu esta escriptura que lhe sendo lida acceitou e por declarar não saber ler nem escrever assigna a ser rogo o Dr. Manoel de Macêdo com as as testemunhas presente Major Ignacio Luiz da Silva Brandão, Pio Rodrigues de Siqueira, do meu conhecimento perante mim Heitor Moraes Fleury, segundo Tabelião que a escrevi e assigno. Goiaz, 4 de Novembro de 1920, O 2° Tabelião Heitor Moraes Fleury – A rogo de José Ribeiro da Silva, Manoel de Macêdo - Major Ignacio Luiz da Silva Brandão, Pio Rodrigues de Siqueira. Selada, uma estampilha federal de 2$800.

Os maos tratos, no pessoal do Campo em “Vila Bôa” que um viajante das Casas de São Paulo, Comprou um camarada para dar a ele a vida, que seu patrão iria espingardiar, no patio de seu engenho de cana para exemplo dos seus colegas de tarefa, trabalha ou morre, é a ordem do fazendeiro, este disgraçado fugindo e saindo na comitiva do viajante e diz; O Snr. me acode que irei morrer hoje, não deixe eu morrer, que trabalharei para o Snr. O resto de minha vida, tenho 5 filhos e mulher, devo onze contos de reis, ao meu patrão, ele não achando

[Página 31]

 

ninguem que quera (sic) me comprar, eu estou muito doente não posso trabalhar, como uma pessoa são, é este o motivo de fim da minha vida, deixo de mencionar o nome do tal fazendeiro por ter um da familia que é hoje pessôa distintissima: o Viajante comprou-o por 1:000$000 e disse a ele você vá para onde quiser, foi para te libertar.

 

O terror do caiadismo

O representante do jornal Voz do Povo, de Goyaz, recebeu os seguintes telegrammas:

“GOYAZ, 9 Meu sobrinho Benedicto Angelini, por motivo de manifestação ao marechal Socrates, foi preso illegalmente. Meu irmão Orestes, perseguido pela polícia, por identico motivo, occultou-se em minha casa. Pilade Baiocchi.”

“GOYAZ, 10 - Continuam as violencias e falta de garantias. Telegraphamos ao presidente da Republica. Claro Godoy.”

Em 1927.

 

De novo o caiadismo as grandes chaxinas, de seu jagunços, já notando mesmo dentro da Capital Goiânia. Eu achava que com o governo forte de 15 anos, o deixaria de tirar a vida de qualquer pacato homem do trabalho, agora sim seus jagunços mata para roubar.

 

Uma série de crimes em Goiaz

Vem a imprensa do Estado publicando, ultimamente, várias notícias de crimes em Goiaz, crimes esses que estão o aumentando em número, de mês para mês, sendo alguns deles praticados com todos os requintes de perversidade. O caso, pela sua gravidade, está, pois a pedir a atenção das autoridades policiais, não só no sentido de uma rigorosa ação preventiva e repressiva contra tais abusos, como ainda uma campanha junto aos jurados de todas as comarcas do Estado, afim de que sejam punidos severamente todos quantos vêm inflingindo a lei, neste particular.

O índice de assassinatos bárbaros, em Goiânia, por exemplo, é alarmante. Ainda agora o sr. Adolfo Machado de Vasconcelos, com 22 anos de idade, natural de Uberlândia, Estado de Minas, e residente nesta Capital, em companhia de sua genitora. da. Eulália Ribeiro Vasconcelos, acaba de ser encontrado morto, misteriosamente, na estrada que vai para Anápolis.

O cadáver apresentava-se varado de balas e facadas, com o crâneo esfacelado e uma das orelhas decepada, havendo suposição de que o inditoso moço tenha sido assassinado nesta Capi- tal por um ou indivíduos, sendo o corpo para alí conduzido pelos criminosos.

Esse crime, sobretudo pelas circunstâncias verdadeiramente horripilantes com que foi perpetrado, revoltou nossa sociedade, que aguarda as providências imediatas e enérgicas por parte das autoridades competentes.

 

[Página 31 verso em branco]

[Página 32 em branco]

 

[Página 32 verso]

Jeronymo Rodrigues de Abreu

Nassi (sic) em 24 de Julho de 1882 Fazenda Ponte Nova neste município.

Meu pai José Rodrigues de Paula nasceu em Meia Ponte hoje Pirenopoles Estado de Goiaz, 9 de Junho de 1829.

Minha mãi (sic) Messias Moreira de Abreu nasceu em Anicuns deste Estado, em 1º Fevereiro de 1836.

Meu avô paterno João Rodrigues dos Santos, Pirinópolis deste Estado em 12 de Abril de 1781, falecido em 1898 Fazenda Ponte Nova.

Minha avó o paterna Engracia de Paula Neto nasceu em Anicuns deste Estado em 2 de setembro de 1790, falicida (sic) em 1900 nesta cidade.

Meu avô materno João Moreira da Cruz, nasceu em Conquista Estado de Minas em 5 de março de 1795, falecido em 1905, Municipio Anicuns.

Minho avó materna Laudina Dias de Abreu nasceu em Anicuns deste Estado, 2 de Outubro de 1801 falicida (sic) em 24 de Abril de 1924 Anicuns.

Meu bisavô paterno José Pedro Rodrigues dos Santos Péro, naceu (sic) em Corrigo Seco Distrito Federal inorado (sic) o dia, mez e ano, de seu nascimento.

Filho de Manoel Rodrigues dos Santos Pero e de Dª....... inorado (sic) seu nome, fazendeiro residente em Corrigo Seco distrito Federal.

Meu bisavô materno José Dias de Abreu nasceu em Conquista....... inorado (sic) o ano.

 Filho de José Pires de Abreu e Dª Maria do Ó, naturaes de Córrigo Seco, este filho de Antonio Pires de Abreu, ignorada sua idade.

Meus trisavôs maternos, João Basílio Moreira da Cruz inorada (sic) sua naturalidade

 

[Página 33 em branco]

[Página 33 verso em branco]

[Ausência das Páginas 34 à 43 verso]

[Página 44 em branco]

[Página 44 verso em branco]

 

[Página 45]

 

Deixo aqui duas contas Correntes, uma no verso desta folha e a outra na folha 46. Naquele tempo a (sic) ainda não uzava o metro, e Kilo, o metro daquele tempo correspondia duas medidas, côvado, vara, tantos covado de chita; tantas vara de morim;

O Kilo, tantas libras de salamargo.

Não si escrivia libra, sim livra.

Veja Lvs livra de chumbo.

....... Cs breviado (sic), covado de zuarte (sic).

........ Vs ..................... vara.

2 ½ vs de Cassineta mineira

Naqueles tempos não si uzava a pena de aço para se escrever, escrevia com pena de pato éra a melhor de todas, fazia a pena com uma ferramenta de bom corte, ao ver dava a aparencia do de aço. As tintas de escrever, côr de ferrugem (sic), é de fumo para sigarro (sic).

[Página 45 verso]

3 Pares de ferradura p.a cav.lo 3$840

1 II                 II         besta        1$000

100 cravos de ferrar                          1$500

2 [abreviatura] de lã                        12$000

2 cortes de calças                              9$000

2 Chapeo                                         12$000

1 Faca                                                1$000

1 par de óculos                                  2$000

3 Machados                                     17$000

3 peças de alg.m  1/5$ 1/4$              14$000

2 Enchadas                                         7$000

1 [abreviatura] de aço                          $800

                                            Somma 85$140

 

2 [abreviatura] de chumbo                   1$600

2           II          pólvora                       1$200

5 C.s      II         chita                            1$600

1op de Roibarbo                                    $640

Agulhas                                                  $320

1/4 [abreviatura] de linha Alexandre    1$000

2 Caixa de espoleta                                 $640

                                                Somma 92$140

 

1/2 [abreviatura] de Salamargo                $800

12 Pares de colheres e garfos                 2$400

2 lenços chitados                      $640      1$280 

3 lenços chitados                      $500      1$500  

                                                 Somma 98$120

 

Recebemos a conta supra

Goyaz 30 de Março de 1882

 

[Página 46]

1852 A Snr.a D. Maria José e Anna Joaquina de Artiaga D.e [Deve]

M.ço 20

1 chale de cassa/ costa (?)                     1$600

1 par de sapatos de petina                     1$560

1 ½ V.s de au.o ch.                                  $960

2 V.s de morim (?) e 1 nov                      $680

Resto da conta ant.or                               $840

 

Mayo 14

10 C.s de chita                                       3$600

5 C.s de Zuarte                                      2$000

3 ½ V.s de morim                                  1$120

1 C.s de Zuarte e 3 nos.as                        $520

1 C.s de chita                                          $360

1 nov e 8 p.s de colchetes                       $080

6 V.s de morin                                       2$400

 

Agosto 6

5 C.s de chita francesa larga                  2$400

3 V.s de am                                             $720

1 II de morim, e 1 nov.                          $280

1 C.s de chita francesa larga                  $480

                                                          20$600                                                     

Rb                                                                                   1$960

                                                          18$640

 

8bro 20

8 C.s de chita azul                              2$560

2 V.s de am                                           $560

 

1854

M.ço 12

4 II II [V.s de am]                               1$120

7 ½ C.s de chita azul                          2$250

 

7bro 2

2 ½ V.s de casserita (?) mineira        1$000

2 ½ V.s de         II               II             1$000

 

1855

Junho 3

8 C.s de chita azul                             2$240

 

7bro 6

1 lenço ....(?) francez                          $500

 

Abril 11

6 C.s de chita azul p.a sua neta           1$440

 

9bro 9

2 V.s de com.a p.lo des neta                  $64

                                                      31$950

Goyaz 14 de Abril de 1857

 

[Página 46 verso]

R$ 347#000.

Devo que pagarei ao Snr. Virginio Dias de Souza a qt.a de trezentos i quarenta e sete mil reis proveniente (sic) de outra igual quantia que o mesmo Snr. me ...........e me feiz o favor de me dar o prazo até Setembro de 1899. I por ser verdade, paso (sic) esi (sic) i firmo os meus bens devido i futuro i no mais firmamos. Fazenda da Água limpa

20 de Março de 1899

Tiburcio Lourenço Junqueira

Tt.a Francisco Theodorio Soares

Tiburcio Lourenço Junqueira

Irmão do industrial “Uzina Junqueira”

Conhecida dentro do territorio Nacional

Este senhor vindo aqui em 1898 Comprou

uma boiada de 500 bois, sendo que seu

dnr.o só deu para pagar 200 ficando devendo

o resto para pagar no ano seguinte,

e Virgínio Dias de Sousa, foi um dos camarada

que o ajudou a fazer a condução destes

gado do Estado de Goiaz ao Estado de São Paulo

onde éra residente Tiburcio, Fazenda Água

Limpa municipio de Franca,

Não voltando neste Municipio de Alemão.

não pagou ninguem deu um prejuizo

de contos de reis, nem este camarada.

 

[Página 47 em branco]

 

[Página 47 verso]

Colagem de jornal com a matéria “A cara de dona necessidade”

 

[Página 48]

Colagem de pagamento de impostos feitos por José Rodrigues dos Santos e outro por José Rodrigues de Paula.

 

Nº 54

Fica carregado ao Procurador da Intendência Municipal do Curralinho e o Allemão a quantia de um mil réis.

Rs. 1$000

Que pagou o Sr. José Rodrigues dos Santos, taxa de oito bezerros e dois poldros que colher.... exercícios de 900 90 (?)

Allemão, 12 de abril de 189....

O Procurador

Dionísio......

 

Intendência Municipal do Allemão

Nº 125

O Sr. José Rodrigues de Paula

Pagou n’esta data a quantia de oitocentos reis

800 proveniente de quatro bizerros (sic) em sua fazenda.

Allemão, 4 de Dezembro de 1894

 

[Página 48 verso]

Recorte de jornal com texto da II Guerra Mundial, comparando com as profecias do livro do Apocalipse de São João.

 

[Página avulsa do fim do livro]

Recorte de jornal sobre os mais velhos irmãos gêmeos do mundo nascidos em Alfenas-MG, Presciliano e João, com 81 anos de idade.

 

[Página avulsa do fim do livro]

 

Intendência Municipal da Villa do Allemão

Nº 68 R. 2$000

Pagou o Sr. Virgílio Rodrigues de Paula a quantia de dous mil reis

Pelo imposto de uma sepultura ao Cadáver de José Rodrigues dos Santos no Cemitério público desta Cidade.

Procuradoria da Intendência Municipal da Villa do Allemão, 13 de junho de 1906.

O Collector

J. B. Capistrano

 

José Rodrigues de Paula (e não dos Santos)

Nasseu (sic) no dia 9 de junho de 1829

No município de Mêia-Ponte (Pirenópolis)

deste Estado. E falecido na Fazenda Vargem

Vermelha deste município, 12 de Junho de

1906, e sepultura no dia 13 no Semitério

da Vila do Alemão

Jeronymo Rodrigues de Abreu.

Filho de José Rodrigues de Paula.

Em 21-5-1947

 

 

[Costas interna da capa do livro]

Colagem de Bilhete da Loteria do Estado de Goyaz com o maior prêmio de 20 contos.

Genealogia de Jeronymo Rodrigues de Abreu - "Peró"

  Jeronymo Rodrigues de Abreu  nasceu em 24/07/1882, na Fazenda Ponte Nova, em Palmeiras de Goiás. Jerônimo é filho de José Rodrigues de Pau...