MANUSCRITO DO "PERÓ" JERONYMO RODRIGUES ABREU
Jeronyno Rodrigues de Abreu,
apelidado de Jerônimo Peró devido ao sobrenome antigo de seus familiares, filho
de José Rodrigues de Paula e Dª Messias Moreira de Abreu, nasceu em Palmeiras
de Goiás, na Fazenda Ponte Nova, em 24/07/1882, e faleceu em XX/XX/XXXX. Jeronymo deixou um legado para as
futuras gerações de Palmeiras de Goiás ao relatar e redigir um histórico das
origens da cidade. Sua viúva, Dª Jovita, entregou o manuscrito escrito por seu
esposo ao pároco em 21/10/1960, como o próprio padre anotou por escrito no
documento como que fazendo uma introdução ao texto.
Pe. Edmundo Tonon era o pároco em
Palmeiras de Goiás na ocasião e dirigiu a paróquia entre os anos 1959-1965. Pe.
Edmundo nasceu em São Paulo-SP em 27/11/1916 e é filho de Antônio
Tonon e Gilda Brombullo Tonon. Tanto o pai
quanto a mãe têm origem italiana. Respectivamente são de San Polo de Piave e
Sólis, ambas são localidades na Região do Vêneto, mais precisamente da
Província de Treviso. Pe. Edmundo se tornou o guardião de uma relíquia
importante dos primeiros tempos de Palmeiras de Goiás e que resgata as origens
do surgimento do antigo povoado do Alemão. Na sua saída da paróquia, tratou de
arquivar e deixar bem guardado o referido registro pessoal realizado por Jeronymo Peró. Pe.
Edmundo faleceu em Ipameri-GO, em 07/05/2002.
Poucos sabiam que este documento estaria
guardado na Paróquia. Cláudia Carvalho Machado, membro da Academia Palmeirense
de Letras e Artes e da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, tomando conhecimento
de que estamos por publicar um livro biográfico sobre o Pe. Edmundo Tonon,
contactou-nos para saber se tínhamos informações do manuscrito. Eu disse que
poderiam estar nos arquivos da secretaria da paróquia ou na Cúria da
Arquidiocese de Goiânia. Visitando a secretaria da Paróquia, Cláudia localizou ali
arquivado o documento manuscrito outrora recebido pelo Pe. Edmundo.
Nas próximas páginas se vê este importante texto. Ele, no
entanto, respeitando as normas paleográficas, conserva o teor do texto original
e segue com as pontuações e escrita de seu autor. Com muitas vírgulas sem
necessidade no decorrer do texto, o que deixa truncado e corta frases. Na
maioria das vezes, também são colocadas vírgulas no lugar de pontos finais e
erros na escrita e também de concordância. Apesar disso, o mais importante é o
teor do conteúdo do manuscrito que foi preservado para a posteridade e que pode
ajudar a esclarecer alguns pontos da origem histórica do município de Palmeiras
de Goiás e de alguns de seus pioneiros. Além de se perceber o quanto a paróquia
foi prejudicada por homens inescrupulosos que, traiçoeiramente e
desonestamente, dilapidaram e se apropriaram de seu patrimônio. Fato esse que
Peró lamenta por não ter tomado atitudes em defesa dos direitos da Igreja,
mesmo sabendo que estavam cometendo uma fraude e prejudicando à Igreja, por seu
receio das represálias e riscos que os “coronéis” do local poderiam lhe causar.
O referido manuscrito foi por nós
transcrito paleograficamente entre os dias 16 e 21/07/2025.
Pe.
Murah Rannier Peixoto Vaz
Folha em branco da abertura do
livro
[Abaixo o texto de uma página de
jornal colada nesta página:]
Carro
de bois
Carro de bois! carro
de bois!
Tardonho carro dos
desbravadores
da terra brasileira;
pinturesca viatura
sertaneja
que trabalhas
cantando
e a pouco e pouco vais
cedendo lugar
ao caminhão,
- esta página é tua.
Abril. Mês de
colheitas... de fartura!
Suor transformado em
fruto,
fruto transmudado em
pão.
O lavrador contente
está em festa!
Chego à janela do meu
quarto!
Manhã de cerração....
Hum! que cheiro
gostoso
de mato... de capim
meloso.
Ouço um carro de bois
cantando ao longe....
cantando ao longe....
começo do século...
novecentos e dois....
E eu conheço êsse
carro
e eu conheço êsses
bois.
Desengano...
Pintor... Letrado... Brasileiro...
Lembra-me até o nome
do carreiro:
Zeferino, compadre de
meu pai.
Carreiro de fazenda
há muitos anos,
foi sempre seu oficio
carrear.
E ele dizia:
carro de bois! Carro
de bois!
nunca ninguém morreu
de fome
ouvindo o teu cantar.
Ah! eu tinha a camisa
então aberta ao peito,
e os olhos
deslumbrados...
Abril. Manhã de
cerração...
Fazenda do Cajú...
Zeferino,
negro de fala mansa,
baixo, gordo
e já de idade...
Carro de bois
cantando ao longe...
Cantando ao longe....
Quanta saudade!
DEMÓSTENES CRISTINO
Ipameri-Abril-946.
(Do livro "Musa
Bravia")
DOS MALES O MENOR...
Em Belo Horizonte, um
esposo, por questões conjugais, foi condenado a três meses de prisão, recebendo
com alegria a sentença que, por 50 dias, o traria afastado da companheira.
Em casa? Que
tempestade!...
E o preso, feliz,
declara:
Antes, sem a
cara-metade,
Que sem metade da
cara!
BOM HUMOR
A PROVA...
Como pode provar sua
honestidade?
-É muito fácil. Fui
julgado oito vezes por furto e sempre me absolveram.
[Página 1]
Este
livro de crônicas está numerado da página 1 até a 50, mas já faltavam
as páginas 3, 34 à 43, e 48-49, quando eu consegui este livro. [Rubrica Pe.
Edmundo]
Quem
é Jonas?
Escrito
por
Jeronyno
Rodrigues de Abreu
(vulgo Jerônimo Peró)
Palmeiras
de Goiás, 20 de Janeiro de 1946.
N. B. Este livro foi presenteado a
São Sebastião, à minha instância, pela Snra. do Snr. Jerônimo, Dª Jovita.
Isto se deu no dia 21 de outubro de
1960.
Pe. Edmundo Tonon - Vigário
P.S.
que mais interessa nesta crônica de Snr. Jerônimo é principalmente a história
do começo a fundação de Palmeiras. O autor destas linhas deve ter lido os
livros antigos da Igreja, hoje inteiramente desaparecidos. E não há coisa
equivalente nos arquivos da cidade, ou paróquia. Os soldados revoltos de 1924
queimaram muita coisa dos arquivos civis. A crônica da Paróquia só começa em
1916 com a segunda visita pastoral de Dom Prudêncio a Palmeiras no Paroquiato
do Pe. Florentino Bermejo. O mesmo [Pe. Edmundo Tonon].
[Página 1 verso – em branco]
[Página 2]
Quem
deu o Patrimônio de São Sebastião?
[Página 2 verso em branco]
[Página 3 e seu verso ausentes]
[Página 4 – em branco]
[Página 4 verso e 5 – cédulas de
dinheiro coladas]


[Página 5 verso – em branco]
[Página 6]
Procedente de Estado de São Paulo,
chegou nessas brenhas a família do Tenente Antonio Martins Ferreira de Andrade,
e sua esposa Ana Candida de Andrade, em 1800, e filhos do casal, Tomé Ignacio
de Andrade, José Esteves de Andrade, Honoria de Andrade e Maria Barbara de
Andrade; todos irmãos solteiros. O Tenente Antonio Martins Ferreira de Andrade
foi a Capital da Província de Goiaz requerer terras devolutas na margem do rio
dos bois não só do lado direito como do esquerdo. Foi muito bem recebido pelo Governo da
Capitania Fernando Freire Delgado de Castilho. E deram o nome a primeira
habitação de Sítio das Palmeiras, por haver naquele lugar muitas milhares,
daquele Coqueiro, chegando mesmo nas matas virgens estorvar as plantações. Com
serto (sic) espasso (sic) de tempo, Tenente Antonio Martins Ferreira de Andrade
comprou o requerimento de Luis Dias Carneiro na Margem do mesmo rio dos bois,
estas terras fazia (sic) divisas com as do Tenente ficando mais abaixo do Sítio
das Palmeiras, já com nome de São Luiz, em memória de seu proprietário ter o
nome d'aquele santo. O T.e Antonio chamando a atenção de seus filhos,
que seria dever de ele dar um pedaço de terra a São Sebastião; os filhos levaram
a boa ideia do pai. Foi escolhido na margen do Corrego Água Azul (hoje Bitaco)
foi marcado daquela hora em diante o lugar predileto para levantar ali uma
Igreja e dar escritura das terras a São Sebastião. Calculou-se em oitocentos alqueires,
passando a respectiva escritura assinando como doadores T.e Antonio
Martins Ferreira de Andrade, Ana Candida de Andrade. Foi chamado para tal fim o
Vigário Colado do Arraial de Anicuns para o Vigário locali-
[Página 6 verso]
zar
onde poderia ser feito a Igreja, logo que o Vigário P.e Felipe foi
scientificado do chamado, veio sem delongas, chegando na Fazenda das
“Palmeiras” onde residia o Senhor, T.e Antonio Martins Ferreira de
Andrade.
Reuniu-se
toda a família Andrade, seguirão ao local onde estava escolhido o patrimônio,
chegando no lugar, o P.e teve boa empressão (sic), achando ótimo,
boa água, bom terreno, doado por aquela família católica. Pelo P.e
foi escolhido o lugar de levantar a casa das orações, logo foi levantado ali
uma cruz de madeira e medindo o tamanho da Igreja; P.e Felipe
ficando muito satisfeito, disse um sermão, referente aquela família de longas
paragens, tratar logo de uma cousa tão justa, em primeiro lugar da religião, e
dizendo a todos que ali se achava, de ajudar em tudo que estivesse em seus
(sic) alcance, na feitura da Igreja daquele Santo. Presente se achava diversos
chefe de famílias das Fazendas “Paraíso”, João Xavier Ferro, “São Bento”,
Silvério Martins Ferreira da Rocha, de “São Pedro das Lages”, Joaquim de Paula
Siqueira, de “Santa Bárbara”, Inocêncio Martins de Moraes, portugueses, “São
Domingos”, Luiz Esteves Rodrigues Ferreira (Fluminence – sic). Estes Senhores
garantirão (sic) não só a família Andrade como também P.e Felipe de ajudar a
fazer a Igreja dentro do mais curto espaço de tempo, dispunha de certo nº de
escravo (sic) apto no servisso (sic) de tirar as madeiras para aquela
construção e marcado mez e dia para o comesso (sic) da obra; (naquele tempo fio
de barba era documento que deferencia (sic) para hoje, mudou de tudo as ideia).
Em poucos dias teve deseceis (sic) 16 esteios de aroeira fincado e grande parte
de madeira para travamento e táboas de sedro (sic) para porta e forro, estava
muito animado o servisso (sic) da Igreja. Vem da Província de São Paulo
parentes
[Página 7]
da
família Andrade, Capitão Francisco de Paula Martins Ferreira e seu irmão
Joaquim de Paula Martins Ferreira, para comprar terras na província de Goiaz.
Já era falecido o T.e Antonio Martins Ferreira de Andrade, como se
tratava de parentes e amigos, combinaram os irmãos Andrade de vender partes de
suas terras a aqueles Senhores. Fizerão negócio, a compra foi feita no lugar
denominado São Luiz, mas ficando as terras do Patrimônio por fora da venda,
continuando a construção da Igreja. José Esteves de Andrade e Tomé Ignacio de
Andrade comprou (sic) outras terras e passando seus rebanhos para estas que
derão o nome de “Suçuapara” (porque era habitação daquela espécie de viado).
Capitão
Francisco e Capitão Joaquim de Paula Martins Ferreira logo que efetuaram a
compra das terras, regressaram a São Paulo, onde eram abastados fazendeiros e
criadores de gado e muar e sentos (sic) e muitos escravos, e grande número de
aventureiros, com a notícia certa de grandes minas de ouro vinhão para pegar na
avultada quantia de uma pataca por dia, que naquele tempo era de face [fácil]
extração das terras e o dinheiro muito difícil, ganhando os ditos aventureiros
como camaradas a tanger o grande número de gado e muar e outros com hábil
passagem dos rio (sic) a nado; chegando a numerosa mudança dos Martins, estes
senhores tratando logo da lavoura pelo braço de côr, esquecendo por completo da
construção da Igreja, na venda das terras ficou combinado o andamento daquele
servisso (sic) por conta dos dois irmãos Martins, os Andrade sempre lembrava eles
do compromisso, dava-lhe desculpa e dizia tal mez vamos dar servisso (sic) a
[Página 7 verso]
Igreja,
passava aquela marca nada; Com isto a construção ficou moroza (sic) no longo
espasso (sic) de dois anos parou por completo; Os Andrades chama fortemente a
atenção dos Martins para dar cabo a obra e estes não achando bom aquele
patrimônio ali tão perto, iria lhes perturbar por causa de suas grande (sic)
escravaturas, vinha por ali negociante (sic) de bebidas alcoolicas, os negros
tinha que burlar as ordem e beber a sua pinga, deixaria de fazer Servissos
(sic) de Seu Sinhô que no certo causaria grande dessabôr (sic).
Chegando
mesmo dizer o Capitão Joaquim a seu irmão, tenho que mudar o patrimônio. Não
deixarei mais continuar o servisso (sic) da Igreja, darei outro patrimônio
dentro mesmo de minhas terras, que seja longe (sic) para isto já tenho
conversado com pessoa que conhece um lugar distante aqui seis léguas (onde mora
um garimpeiro Alemão nas proximidades da estrada Imperial e muito bôa água onde
tem o córrego conhecido Alemão). Foi chamado pelo Capitão Joaquim as pessôas
que conhecesse bem as terras de sua fazenda para escolher um lugar para o
patrimônio de São Sebastião, que tinha boa água, mato, altura do terreno, quero
que em tudo seja melhor do que o aduado (sic) pelo T.e Antonio
Martins F. de Andrade.
Capitão
Joaquim faz portador as residências dos Senhores Pedro Rodrigues dos Santos,
João Rodrigues dos Santos, Luciano Hilário dos Santos, Sargento da Guarda
Nacional, Francisco de Faria Campos e Inocêncio Martins de Moraes. Estes
Senhores receberam o aviso do Capitão, disseram ao portador que seria atendido.
No dia marcado seguiram a sua fazenda, logo que chegaram foi dito pelo Sargento
Francisco de Faria Campos: Estamos aqui às suas ordens, Capitão Joaquim.
Respondeu este, mandei chamal-os porque querendo eu, mudar o Patrimônio de São
Sebastião para lugar mais distante de
[Página 8]
minha
residência, por me ver obrigado, eu tenho grande escravatura, no certo vou ter
grande prejuízo em minhas lavouras, quando penso que o escravo estará no
servisso estará bebendo pinga no arraial, acho que tenho rasão (sic) para isso;
ouvindo estava todos, nem um disseram cousa alguma; de todos que vierão o mais
inteligente era o Sargento Francisco de Faria Campos, coube a este responder ao
Capitão Joaquim, disse o Sargento, Capitão o Senhor já disse aos Andrades de
fazer a mudança do patrimônio para outro lugar? Respondeu o Capitão, não; disse
o Sargento, eu acho que será bom chamar Tenente José Esteves de Andrade e seu
irmão. Pois foi Duado (sic) este patrimônio pelo saudoso T.e Antonio
Martins Ferreira de Andrade, em falta deste será seus filhos, que os Andrades
já fizeram muito servisso (sic) no lugar, acho prudente consurta-lo (sic) sobre
a mudança, será uma delicadeza de sua parte para com eles; Foi asseita (sic) a
proposta do Sargento; no dia seguinte, Capitão Joaquim escreve uma carta aos
Andrade chamando em sua fazenda no dia seguinte, e entrega a carta a um
portador de entregar a dita carta nas mãos do T.e José Esteves de
Andrade, este recebendo a carta [a]presenta ela a seu irmão; Foi atendido por
estes o chamado do Capitão Joaquim, chegando os Andrades foi sciente da mudança
do Patrimônio de São Sebastião, para mais distante, mais dentro das mesmas terras,
e que ofereceu grande melhora; pois que tinha grande escravatura, esses negros
vem a me dar muito trabalho, é razão da mudança e de saber dos senhores se está
de acordo.
T.e José Esteves de
Andrade, homem branco e de temperamento bravo, ficou furioso, dizendo palavras
pesada (sic) aos Martins que não consentia a mudança do patrimônio de São
Sebastião doado por seu inesquecível pai, por ele já ter morrido mais que tinha
um filho para falar em seu lugar aqui na terra, pois que já tinha muito
servisso (sic) feito, como bem
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os esteios da Igreja já tinha
fincado; e muitos que derão servisso (sic) outros dinheiro, tudo de esmola
aquele Santo; Como poderia sem mais nem menos mudar o patrimônio? E o Vigário
da Vila de Rio Claro, Pe. José Maria Leite, benzido o lugar e dito a primeira
missa (que passando por ali o dia de levantar os esteios da Igreja foi convidado
pelos Andrade a pousar e selebrar (sic) a primeira missa naquele patrimônio no
ano de 1827), dizendo muitas cousas sobre a enconviniencia (sic) da mudança do
patrimônio chegando mesmo a dizer que não concentiria (sic) a transferência
para outro lugar;
O
Velho Inocêncio Martins de Moraes, grande amigo, não só de José Esteves, como
de seu irmão, Tomé Ignacio de Andrade, chama os dois irmãos, fala a José
Esteves, zelosamente, e faz ver, que a mudança do patrimônio, para o lugar que
aquela Commissão sabia de um lugar bom, que não daria prejuízo, que os Martins
se comprometiam em sanar tudo em benefício do Santo e do Povo.
Com
a grande intervenção da Commisão, T.e Tomé achou prudente ir ver o
dito lugar, se poderia mudar o patrimônio, sem o menor prejuízo, nem pelos
donatários como para o Santo, com muito custo conseguiram do T.e
José Esteves a palavra de ir ver o lugar, no dia seguinte seguiram rumo ao córrego
Alemão, chegando em casa de Jonas Alemão, por este foram bem recebidos.
Dizendo
Jonas a [a]queles senhores, que seria grande novidade, tantos homens de grande
valor ali reunido (sic), que se for possível queria saber qual era o fim que
aquela hora estava ali aquela Caravana? Respondeu o Sr. João Rodrigues dos
Santos, [este já bem conhecido de Jonas e mesmo grandes amigos, e freguez de
comprar ouro em troca de mantimentos] disse a nossa vinda aqui, é ver se poderá
servir para patrimônio e noz (sic) levantar a Igreja. Respondeu o Alemão,
ótimo.
[Página 9]
Só
assim terei companheiro para noz trocar ideias e me dar recurços (sic) em meus
garimpos, vivo aqui eu minha mulher, e meu filhinho, abandonado da civilização da
humanidade, moro aqui a trinta e oito anos quase só em contato com as feras,
mais vivi aqui vinte três anos, que meu alimento éra carne das cassas (sic) que
muito me valia, por aqui anda vara de porco selvagem de duzentos a trezentos, são
muito agil munido de boas presas, são perigosíssimos, um cão não pode dar um
latido, que será estrangulado e dizendo aqui no fundo de minha casa passa um corrigo,
e ali a direita passa outro que tem muito mais água (é o que tem o meu
apelido de corrego Alemão, ficou com esse nome desde que passou por aqui a
Commissão de Imperador do Brasil abrindo a estrada da Cidade de Santo Antonio
de Uberaba em direção a Capital da província de Goiaz, de maneira que daquela
data em diante ficou com esse nome). Foi chamado pelo Capitão Joaquim, todos
para dar uma vistoria no lugar, a commisão acharam (sic) que servia, T.e
José Esteves de Andrade e seu irmão, disse do Capitão Joaquim, o Snr. é quem
quer a mudança do patrimônio, aqui a localidade não é das boas, mas lhe damos a
palavra que poderá mudar se tiver bons matos com Madeira de lei, campos com boa
aguada, disse o Capitão Joaquim, meus Senhores quem noz poderá nos Informar isto;
é aqui o amigo Jonas, que é residente aqui a muitos anos. O que o Snr. me
responde seu Jonas? Respondeu, moro aqui a muito anos, conheço bem todo logar
aqui por perto, tem tudo o que o T.e ezije (sic), nesse grande e
longo espasso (sic) de tempo, nunca sofre moléstia alguma, até para saúde é
ótimo, este pedacinho de
[Página 9 verso]
terra aqui deste bom Brazil, eu comparo, com
minha terra, Alemanha, minha querida Alemanha, dizendo estas palavras seus
olhos encheiro (sic) de lágrimas) eu não tenho esperança de ir em minha terra
estou já bem velho, e já acustumei (sic) com as brazileiras que são muito generozas;
Viva Alemanha:
Esse
dia percorrendo as matas e campos em direção rumo norte até o córrego Capivari,
Como já éra um pouco tarde quatro horas, Voltaram a Casa do amável Alemão; pausando,
recebendo bons tratos, no outro dia Jonas fez questão de dar o almoço a Caravana,
depois da refeição seguiram para fazer a demarcação do patrimônio, seguindo
pela orientação de Jonas, depois de tudo visto e bem esclarecido, andando em volta
de toda a areia [área] que regulava a mesma quantidade de alqueires, ficou para
outro dia por causa do Vigário de Anicuns que devia chegar aquele dia na
fazenda Sucuapara onde tinha algum comesso (sic) de servisso (sic) dos Andrades
a duas e meias leguas de distância que os Andrades tinho mando buscar o Vigário
(naquelas épocas um Padre éra uma grande autoridade, representa hoje, como Juiz
de Direito) chegando o Vigário ao arraial das minas de São Francisco de Assis
de Anicuns, Pe. Azeredo Coutinho precizava novas ordem (sic) das autoridades
ecleziastica para fazer a transferência do Velho patrimônio, e novas
escrituras, na presencia (sic) do Velho Curia [Cura], foi bem discutido as razões
da mudança do Patrimônio, Capitão Joaquim ficou bem sciente da transferência de
tudo em madeira que ezistisse (sic) no antigo patrimônio, tudo por sua conta. Foi
passado a escriture n’um livro, Pertencente
[Página 10]
aos
trabalho (sic) da Igreja de São Sebastião, todos donativos que si (sic) dava ao
santo era escrito naquele livro, a escritura; sai dos pontos principais dela da
maneira seguinte: seguindo rumo norte até um morrinho, deste em rumo norte a esquerda
até, cinco arvores de faveira na beira da estrada Imperial, por esta abaixo até
o pontilião (sic) no Córrigo Capivari, por este assima (sic) até a mais alta cabiceira
em rumo a espigão, dahi seguindo pelo espigão agua vertente com a fazenda Suçuapara, pelo espigão
rodiando (sic) as cabiceiras (sic) do córrego Alemão, daí em diante pelo espigão,
aguas vertente com as terras do Capitão Antonio de Moraes Bueno, até comfrontar
(sic) com a lagoa seca na estrada Imperial, desta em rumo trezentos braças abaixo
da barra do Córrego pontilião (sic) dahi deste marco ao morrinho onde teve seu
princípio, passando a Escritura do patrimônio a São Sebastião, ficando como donatários
os senhores José Esteves de Andrade e Tomé Ignacio de Andrade assinando como
transferente os senhores Joaquim de Paulo Martins Ferreira e Francisco de Paulo
Martin Ferreira. Como tt.as Inocencio Martins de Moraes, Francisco de
Faria Campos e Luciano Hilário dos Santos (dahi é que tem o erro de dizer
algumas pessoas que o Patrimônio foi doado pelos Martins; o qual a realidade é os
Andrades). O Vigário Azeredo Coutinho foi o escrivão de passar a escritura no
dia 20 de maio de 1832.
Foi
marcado pelo o velho Curia [Cura] o dia 14 e 15 de Agosto do mesmo ano, para
convencer todos moradores da Campanha de Santo Antonio (era como se chamava a
areia [área] de terra entre rio dos bois e
[Página 10 verso]
rio
Turvo) que para isso todos que se achava di (sic) presente servia de mensageiro,
que no dia 14 com dia útil marcar onde poderia ser levantado a Igreja, os moradores
de mais perto trazer ferramenta, para todos cavar um pouco de terra, em sinal
de ser um bom cristão e no dia 15 dia santificado dizer a primeira missa no patrimônio,
es algum inocente a receber o batismo, Tomé Ignacio de Andrade e seu irmão José
Esteve de Andrade, combinaram com os capitães Fran.co de Paula Martins
Ferreira e Joaquim de Paula Martins Ferreira, de fazerem um porto por contas
(sic) de ambos, a sair em toda a Campanha de Santo Antônio de morada em morada convidando
todos a vir assistir a marcação da Igreja e trazer todos inocente a receber a água
do batismo, assim foi feito para para isso foi ajustado o Senhor Benedito José
dos Santos, cabra bem conhecido em toda redondeza.
Saindo
o portador indo a fazenda do Galheiro onde tinha diverças (sic) famílias vindo
(sic) de Santa Luzia desta província a 15 léguas de distância, de lá a fazenda
Velha a 16 légua, de propriedade do Alferes Paulo Pereira da Rocha na margem
direita do rio Turvo, e Campo Alegre a 4 léguas dos senhores Gomes Pereira da
Rocha, Gomes Pereira de Resende, estes senhores todos tinha vindo da Cidade de Formigas,
província de Minas. Chamou em nome do Velho Pe. Azeredo Coutinho, a vir assistir
a marcação da Igreja no patrimônio doado pelos senhores Andrade, e levantar ali
a cruz, e rezar a primeira missa, todo que recebiam o avizo vieram sem faltar
uma só pessoa, no dia combinado foram chegando indo serto a casa de Jonas
Alemão, onde é o lugar determinado, com poucas horas chega o Vigário Coutinho,
e em sua companhia o Snr. José Ludovico de Almeida, e o Juiz de Paz do Arraial
das Minas
[Página 11]
de
São Francisco de Assis de Anicuns, Snr. Manoel Pinto Vieira de Castro, Antonio Firmo
de Castro Arante, o Sargento Francisco de Faria Campos, este desta freguesia, e
os dimais (sic) da Freguesia de Anicuns, foi dado ao velho Alemão uma vaca e um
capado, para o sustento do povo, naqueles dois dias.
Logo
foram chegando, o pessoal.
Jeraldo
(sic) Martins e sua esposa Constância Isidra da Costa e escravos do mesmo com
criança. João Ferreira Lôbo e esposa. Joaquim Pereira Varga e sua esposa Maria
de Sousa Moraes, Paula Pereira da Rocha viúvo, este com seus escravos. João
Rodrigues dos Santos e sua mulher Engracia Maria de Paula Neto, Luciano
Rodrigues dos Santos. Luciono Hilário dos Santos e sua mulher Luzia Sardinha do
Costa, Inocencio Martins de Moraes e sua mulher Joaquina de Faria Campos, José
Pedro dos Santos, viúvo, Antônio Gomes Pereira da Rocha, João Gomes Pereira de
Resende e sua mulher e escravos, e Dª Joana Pereira Guimarães e seu primo João
Pereira Braga e muitos escravos. 14 de
Agosto de 1832
As
seis horas desse dia 14 missa, em casa de Jonas e algum poucos batizados.
As
oito horas, todo mundo saíram (sic) em companhia do velho P.e em rumo
onde deveria ser edificado a Igreja de São Sebastião, foi marcado o tamanho da
Igreja, Pelo e P.e Coutinho e o Juiz de Paz de Anicuns, o Sr. Manoel
Pinto Vieira de Castro, logo que marcou o lugar com estacas para ali se feito o
buraco de levantar os esteios, o velho Curia [Cura] pediu a enxada para ele dar
a primeira enchadada (sic), pegando a ferramenta, e com a mão direita n'um
crucifixo e usando uma pequena oração e, e deu a primeira dúzia de enchadada
(sic), assim por diante, mais aparecendo muitas enchadas e
[Página 11 verso]
covadeiras
labancas dentro de poucas horas teve muito servissos (sic) feitos, juntos tinha
da província de minas dois carapinas, e um escravo dos Andrades.
15 de Agosto de 1832
As
cinco horas missa entre as marcas dos esteios da Igreja, e um batizado de uma
criança filha de escrava, e seu pai libertou no batistério, esta criança
recebeu o nome de Luca.
Voltando
a casa do velho Alemão, tomarão a refeição e o P.e deu comesso aos
batizados, e foi selebrado um ou dois Casamentos.
Findo os batizados e casamentos,
Dando
os seus bons concelhos (sic), advertindo-os que empregasse (sic) seus esforços
na construção, de levantar a casa de orações.
Capitão Francisco foi que mais
trabalhou na transferência de todo material, que se achava no velho patrimônio,
para o novo, seu irmão Capitão Joaquim não deu importância, ajudou mas não como
prometera, Capitão Francisco, achando custoso a transferência de 16 esteios que
já se achava levantado de 26 palmos de comprimento, combinaram de mandar lavrar
outros mais perto, os Andrades tinha (sic) um escravo carapina, deu ele aos
Martins, como mestre tirar outros, veio serto número de escravos e alguns camaradas,
dentro de poucos dias teve prontos os esteios, daí por diante nunca fartou pessoal
para o servisso (sic) um vinha para ganhar a pataca por dia, outros voto que
fazia de trabalhar tantos dias a São Sebastião para livrar da peste, fome e
guerra, outros tantos oitava de ouro, e assim por diante, foi levantada a Igreja
a 300 metros da casinha de Jonas Alemão, não tendo
[Página 12]
olaria
em parte alguma, fizerão a cobertura da palha de buriti, dahi en diante vinha o
Vigário de Anicuns, resar a santa missa no dia 20 de Janeiro.
Continuou
esta por 4 ou 5 anos.
Os Irmãos Pedro
Rodrigues dos Santos
Luciano Hilario Santos
Manoel Rodrigues dos Santos
André Rodrigues dos Santos
Benedita Rodrigues
dos Santos viúva e seu cunhado Idelfonço de Almeida Prado este natural de
Corrego Seco estado do Rio de Janeiro.
Foi
encontrado bom barro para a fábrica de telha na fazenda do “Bom Sussesso” de
propriedade de Pedro Rodrigues dos Santos. Levantando olaria dentro de poucos
tempos fizerão telha para suas casas como para a Igreja, retirando 3 milheiros de
telhas e disseram que dava a metade a Igreja, e os Martins tinha que pagar
apenas a outra metade, e mandando chamal-os, vindo Capitão Francisco ficou
muito satisfeito entrando em preço, pagando a razão de 15$000 por mil, pagando
o Snr. Pedro Rodrigues dos Santos o carreto de levar da olaria a Igreja, a
razão de 2$000 por mil telhas, foi levada, e vendo que a Igreja precisava de sertos
(sic) reparos para coberta de telha, caibro e novas ripas, vem Capitão Francisco
com seus escravos e dois aptos carapinas a mandar dizer a todo mundo que
precisava de auxílio para dar a Igreja pronta até dia 20 de Janeiro daquele
ano; veio muitos para o servisso (sic)
[Página 12 verso]
da
Igreja, o povo naqueles bons tempos cuidava mais do dever da religião de que de
seu proveito proprio a religião éra um decreto. Serto que no dia 12 de Outubro
de 1837 a Igreja estava coberta, faltava parede e porta, em março de 1838 indo a
Dona Joana Pereira Guimaraes e seu filho Francisco de Paula Monteiro, por eles
foi ajustado um carpinteiro na cidade de Goiaz, para fazer as portas e janelas
da Igreja com espasso de um ano estava pronto todo servisso (sic) de Carapina. Em
Abril de 1847 por comvite (sic) de Dª Joana e Tomé Ignacio de Andrade fizeram
uma grande reunião do pôvo para barrear as paredes da Igreja foi feito o
servisso, agora restando as galerias e altar, pelos os Andrades ou por intermédio
de seus parentes em São Paulo conseguiram um afamado Carpinteiro, este chegando
deu andamento no servisso, e vindo outro por conta de Dª Joana, estes carapinas
derão os servisso do altar e toda Galeria, no mez de Setembro de 1843, Dª Joana
vendo que os Martins largaram por completo do servisso da Igreja, esta Senhora
tomou a frente em 1842, fez ela encomenda de dois sinos para a Igreja de maneira
que vieram a chegar longo espaço de (2) dois anos (pois vinha do Rio de Janeiro
em Carro de boi ou lombo de burro) mandou ela seu filho a cidade de Uberaba
conduzir os sinos que estava já naquela cidade Mineira levando cinco burros de
carga e outros de resilva (sic) e quatro destros (sic) escravos chegando
Francisco de Paulo Monteiro naquela cidade foi entregue o sino pelo o vigario
que tinha vindo do Rio de Janeiro por seu entermedio pagando as despesas daquele
Vigário
[Página 13]
e
rumaram para traz, em mez de Maio de 1844, chegou os sinos na fazenda Varginha
a dez leguas. de distância do Patrimônio de São Sebastião, de propriedade de Dª
Joana, foi convidar todos seus vizinhos (5 ou 10 legôas) chegaram o povo convidado
por ela e seu filho erguendo os sinos em duas grossas estacas destas de boa madeira,
festa por treis dias, e rezando o santo terço todos os dias as seis horas da
tarde e tocar os sinos, já noticia certa a Igreja está pronta não falta nada; os
sinos chegará por estes dias.
O
Povo que estava reunido disseram vamos levar nas costas, e assim foi feito o
transporte dos sinos de 10 legoas de distância, chegando os sinos já estava muita
jente (sic) esperando: (só não foi visto por ali os Martins) mandaram no
arraial das minas de São Francisco de Assis de Anicuns atraz do Vigário, já éra
falecido P.e Filipe, e P.e Coutinho de viagem veio P.e
José Maria de Azeredo Pitaluga, disse a missa - no dia 11 de Julho de 1844,
ficando a inauguração para dia 20 de janeiro de 1845, por ser o patrimônio e
Igreja de São Sebastião.
Dª Joana tomou a frente de todos os
servissos (sic) referente a Igreja, mandou fazer uma casa para os Padres,
dentro de pouco tempo, teve pronta (até hoje existe, sofrendo várias
modificações, é do Snr. Adjala Jayme) com isto, fez pedido ao Bispo de Goiaz
para dar um vigário para a paróquia de São Sebastião, foi atendido vindo o P.e
José Vicente de Azeredo Pitaluga, primeiro vigário Collado, Falecendo o Capitão
José Esteves de Andrade no ano de 1848, seu irmão ficando disgostosso, vendeu
suas terras a dois irmãos Francisco Pereira Leal e Antonio Pereira Leal.
[Página 13 verso]
naturaes
de Meia Ponte (hoje Pirinopoles) e volta a sua terra natal Estado de São Paulo.
Capitão Joaquim de Paula Martins
Ferreira entregando sua Fazenda a sua mulher e dois escravos, tratando de negócio de comprar
bois e levar para Minas, na "Cidade de "Passos," onde tinha
feiras de compra de gado. Continuando por serto tempo;
Ficando
acreditado comprava parte a prazo, em 1858 fez uma grande compra a prazo, parte
em Goiaz grande parte, em Minas, Já chegando um pouco fora da época da venda os
invernista estava com suas emvernadas (sic) repletas de bois, alem disso deu uma
grande baixa no preço, com muito custo vendeu a boiada por menos do Custo; Entregando
a boiada as comprador, recebendo um pouco de burros entendeu de falhar uns 15
dias para descanso da tropa, reuniu todos os burros e poz na emverrnada de um
senhor; estava grassando a peste garrotilho, deu tão bravo naquela Tropa
matando mais de metade; Vai Capitão Joaquin na emverneda, vê as carreiras dos
melhor (sic) burros de tropa, a noite ficou toda fazendo conta do grande prejuízo:
firmando no proposito de dar cabo a vida; escreve uma carta a sua mulher Dª
Maria Madalena do Carmo contando as rasões de sua morte e outra carta as
autoridades de cidade de "Passos" não comprometer pessoas alguma da
sua comitiva, que era comporte de um filho, um camarada e 14 escravos, as cartas
em sua algebeira de seu paletó a de dentro (sic), o pouco dinheiro dentro de sua
canastra feixado (sic)
[Página 14]
a
chave: as cinco horas da manha chama o conzinheiro (sic) disse passa um bom café
que quero beber por despedida (sic), vem o café, a dose do veneno já estava em
suas mãos, bebendo o café, disse quero outro bebendo deu uns passos em redor e
disse me acode que não posso andar, e não enchergo nada, corre o escravo pega
seu senhô (sic) já caindo grita seus companheiros e o Senhô moço filho do agonizante,
fizeram um barulho medonho vem o povo da rua (estava arranchado no rancho de boiadeiro
na ponta da rua da cidade) vê e boiadeiro morto, julgaram que não passaria de
um açassino (sic) pelos escravos e aqueles dois rapaz branco, dando parte na
cidade daquela tragédia vem delegado, soldado, com a mais terrível brutalidade,
foi todos presos e condosidos (sic) a cadeia de baixo da mais dura judião
[judiação], ficando todos presos emcomonicaveis (sic) e na mais dura judiação,
e fazendo o mais selvagem interrogatório, com agulha espetada por baixo da unha,
ferro em brasa nas mãos dos escravos: Com a tal alarmante noticia chegando aos ouvidos
do Vigario daquela cidade, homem Velho e muito inteligente vai ao Rancho dos
boiadeiros ver como poderia ser aquela morte; chegando, estava um polícia e
meia dúzia de sivil (sic) fazendo guarda, o morto e toda comitiva, conhecendo
que seria veneno; deu uma busca encontrando em seu bolso duas cartas dizendo o motivo
da morte e não curpar (sic) pessoa alguma, e a outra a uma senhora mais feixada
(sic) vai o P.e a cadeia com as cartas e mostra ao delegado e que deu
liberdade aos presos
[Página 14 verso]
O
Padre vê aquela criança branca e disse você o que é do morto? Respondeu é meu
pai. é natural mesmo de Goiaz? Respondeu, eu e meu pai viemos do Estado de São
Paulo para Goiaz, somos da família Andrades e Martins, pai chama Capitão Joaquim
de Pasta Martins Ferreira, trata a muitos anos de negócio de gado.
A
família Andrade é parente do P.e este toma mais cuidado sobre o
rapaz e escravos.
O
P.e não achando a chave das Conastra pede ao rapaz se estava de
posse delas, Respondeu, estão aqui na minha algibeira da Calça, abrindo as
canastra encontra o dinheiro da venda da boiada, viu tudo serto, feito pelas
mãos do falecido, os escravos com as mãos toda queimada e as unhas furada de
agulha, esse dia mesmo deu um comesso em processar o Delegado.
Tratou
esse dia do enterro do Capitão foi enterrado as cinco horas de Tarde, do mez de
Julho de 1859. Com muitos que Pediram o bom cúria [Cura] é que o Delegado não
foi processado, foi dado uma carta das autoridades da cidade de “Passos” ao rapaz
a sua Mai D.ª Maria Madalena. Como tinha um escravo de confiança e um bom camarada,
o P.e emcommendando tudo a eles no outro dia seguiram viagem rumo a província
de Goiaz com expasso de 25 dia chegaram a fazenda do Capitão Francisco de Paula
Martins Ferreira, irmão do Falicido, e o escravo fiel passando de volta a São
Pedro de Uberabinha comprou um ou dois côvado (sic) de fazenda preto para luto
da comitiva, ao chegar na fazenda do Capitão
[Página 15]
pôz
luto em todos chapeu, e nas cabessadas dos burros de cargas, de maneira que de
longe via bem, Capitão Chico, ao ouvir os tinidos dos guisos e cincerro da tropa,
conheceu, disse a sua mulher Dr Maria Barbara de Andrade, me parece que aquela
tropa que lá evem (sic), pelo os tinido dos sincerros é de Joaquim, estou adimirado
(sic) dele já não ter chegado a mais horas, (éra seu costume de uma legua de
distancia deixava a comitiva e chegando umas duas horas, na casa de seu irmão
para beber o café do costume) estava por ali por perto alguns escravos, todos vierão
ver a chegada do pessoal; Quando Chico Martins vê luto no chapeos dos escravos e
de seu sobrinho, e na cabessada do burro de guia reconhecendo no certo que seu
predileto irmão éra morto!! Como? por moléstia natural? afogado na passagem de rio?
por bandido? seria na serra da Mantiqueira foi a bolsa e a vida? perguntando a si
proprio.
Caindo
sem sentido,
D.
Maria Barbara de Andrade pergunta os escravos e seu sobrinho como foi a causa da
morte de seu cunhado? Responderam que foi emvenennado por suas proprias mãos,
dentro das canastras tem carta esplicando (sic) o motivo:
Foi
un barulho medonho; passando aquele momento volta a calma: Descarrega a tropa
desse (sic) as canastras, é carregada à sala de casa, seu filho entrega as chaves
das mesmas; abre e tira a carta escrita por os proprios punhos de seu irmão,
agora dôr nos corações de seus entes queridos, nunca mais vêr aquele que, a mezes
atrás tinha saído daquela fazenda tocando sua boiada todo entusiasmado, tinha
como serto (sic) lucro satisfatório
[Página 15 verso]
o
gado bem selecionado (sic) em era, peso, bem serado, para naquele curto praso
(sic) de 4 ou 5 mezes, chegar a comitiva sem a presencia (sic) de seu dono;
O
escravo encarregado manda a trope para o encontro até que volte em si o
apaixonado tronos de seu Senhô; mais tarde foi se normalizando.
No
outro dia Capitão Chico disse aos escravos e seu sobrinho, que deveria falhar
aquele dia, para cassar um meio mais brando a familia do Martins, que disse si
emcombia (sic), no dia dessa falha Capitão Chico, dirije (sic) a fazenda “Senhora
da Conceição” onde é a residencia de seu irmão, caminhando e fazendo planos, como
deveria dizer as primeiras palavras, fez toda ideia e nada; (tudo pasafuzo sem rosca),
chega a porta do casa a mulher de seu irmão, vem receber com toda alegria, o
Snr. como vai passando Capitão, Respondeu, bem; disse ela estava pensando em
Joaquim quando o Senhor vem chegando, de sertos dias para cá ando muito
incomodada com Joaquim pesso a Deus todos os dias para que cheguem todos em casa
sem novidade, é o que espero que aconteça. O Snr. pelo que me parece vem me dar
boa noticia de meu marido, com as palavras de D.ª Maria, o Capitão, não pode
conter as lágrimas de seus olhos. Com isto de que intender de uma cruel noticia
de seu marido. disse Capitão, não é bôa, seu marido está em minha casa muito
mal, já dei muitos remedios e vim lhe avisar, Dª Maria entra para a casa adentro
num pranto de chouro, abraça suas filhas, e fica fora
[Página 16]
de
si por algum minutos (sic), e volta e diz o Snr. poderá me dizer a verdade meu
marido é morto? Por mais que ele quis negar, foi debalde, D.ª Marias ficou compreendendo
bem a fatalidade, até que ele deu a noticia fatal: Capitão Chico fica até a tardinha
acalmando D.ª Maria, a tardinha volta a sua fazenda no outro dia sêdo (sic)
manda o arrieiro, arriar a tropa e segue a fazenda de seu falecido irmão, chegando,
o escravo fiel entrega tudo o que estava em poder a sua Sinhá, Tristeza pesar saudades.
Assim passando um espasso de oito anos, tudo indo água abaixo resolveram a
vender suas fazendas, Capitão Chico e Dª Maria, ir para Minas onde já tinha
muitos de seus parentes:
No
dia 5 de Julho de 1867
Capitão
Chico Martins, vai a provincia de Minas, arraial de "São José do
Tijuco" onde ali tinha diverços (sic) fazendeiros seus parentes, dizendo a
estes que com a morte de seu irmão rezolveram de vender suas terras em Goiaz, e
por ali compras outras. Falhando dias a noticia correu; Uma grande familia
Franco querendo mudar para Goiaz.
Foi
chamado a familia Franco para fazer permuta das Fasendas, entram em emtidimento
(sic), Capitão Chico foi olhar as dos Francos, agradando marcaram para dá hi (sic)
um os Franco vir a Goiaz ver a fazenda do Capitão Chico e de sua cunhada Dª
Maria, assim ficou combinado nos mez da seca de 1868 chegaram a familia Franco
olhando agradaram e fizeram a permuta sendo os que vieram o Snr. Manoel Domningos
da
[Página 16 verso]
Costa
e outros, que adiante se vê, fizeram a permuta come se fosse animais,
entregando as escrituras, com simples Pertence (tanto que na ocazião da divisão
da “Boa Vista” teve grande embaraço, os títulos em nome dos Martins, os Francos
estavam pagando o imposto desde aquela época isto é com 50 anos).
Capitão Chico Martins
Com
a viagem em Minas, no arraial as São José do Tijuco, demorou, adoecendo teve de
falha com seus parentes, quazi um ano, emfim voltando achando tudo em bôa ordem
muito zelado tanto a lavoura como suas numerosas criações, Dª Maria as como
saber que estaria serto a permuta da fazenda com a familia Franco, que pedin
contes como feito, os filhos ficarão muito satisfeito de Valter para junto dos
seus parentes;
Di
menor uma moça de nome Umbelina, mostrou-si (sic) muito contrariada, com a
mudança, dizendo as duas irmas, voceis (sic) poderá ir, eu não; quero morrer aqui,
e não vou mesmo, riram bastante e acabou-se o assunto.
Meses passando
Dª
Maria, achando Umbelina muito gorda e bôa côr chegando mesmo parecer com uma
rosa, Dª Maria examina a filha achando grávida de 4 a 5 mezes, vem seu pai,
como um tigre raivoso, ao saber a sertesa (sic), castiga a filha na mais selvagem
grosseria, como si fosse animal, querendo enforcar, e disse ele a filha, agora
conti-me a verdade, si
[Página 17]
mentir
ti matarei, a filha mediante tal amiaça, diz a Verdade, a hi é que foi o duro
para o Capitão, Segredo, calado. (disia as pessoas daquele tempo, que a
gravidez éra de seu proprio irmão? outro que era de um escravo, será de seu irmão
mesmo? ou do escravo Renovato? não se pode negar, mais tambem não se pode
afirmar). Com o castigo selvagem Umbelina deu a luz a criança nassendo morta,
com espasso de dois dias Umbelina entrega sua alma ao criador, a imfeliz da criança
foi enterrada dentro do quintal sem receber a água do batismo: Não; Não; naquele
tempo se não podia dizer que a filha do Capitão ou do Coronel, se perdeu, não;
erão muitos soberbos, acontecia (sic) os mais orrendo crime naquelas familias
praticava o crime para não dizer que a filha do Coronel estava com a criança ao
braço, os Coroneis mais generoso mandava escravo levar seu neto alta noite a leguas
de distancia engeita na porta as vezes de um casal umilde, escravo sospeito (sic)
e de confiança Renovato, foi castigado brutalmente por seu Sinhô, após a surra
foi mandado a tirar madeira no mato nos a redor do propriedade; saindo sêdo ate
a tarde não voltando, a noite nada, os escravos saindo as oculta em procura de
seu colega, achando morto com uma machadada entre as pernas partindo o ouço
[osso] do pente, no meio daquela grande poça de sangue: Seria dizastre? Suicidio?
ou seu senhô mandou tirar avida por cauza de Umbelina? Como você julgará essa causa?
Morte de Umbelina.
Morte do Escravo
[Página 17 verso]
Olhos
de Deus, olhos de pessôas de bom corações (sic) sabendo das noticias sai da cozinha
da casa do Capitão. pessoa caridosa deu parte ao subdelegado da Campanha de Santo
Antônio que naquele tempo estava em exercio (sic) o Sargento das garda (sic)
nacional, o Snr. Francisco de Faria Campos, indo este em sua fazenda para saber
do serto, como foi as [o]correncias; Como se tratava de dois grandes amigos, não
deu nada. pessoas que sabia quasi certesa falava, Capitão Chico matou a filha e
o neto, matou o coitado do escravo, e será que isto fique assim impune? por ser
amigo do subdelegado ficará sem ir para a cadeia por ser Capitão e homem de dinheiro,
mata e fica assim mesmo? um homem como este precisa ir para forca. Entrando
muita gente para acalmar o furor do povo, até que tudo silenciou.
Abril de 1869
Chega
a grande bagagem das Mudança da família Franco, composta dos senhores
-Manoel Domingos da
Costa e Dª
Mariana da Costa
João Teodorio de Goveia
Franco e Dª
Alda Brandina Franco.
João Moyses Franco e Dª
Rita Franco da Costa
Moyses Apolinario
Franco (Zicogue) e Dª
Francisca Emerenciana
Franco
José Francisco de Goveia
e Dª
Francisca Franco da Costa
Antonio Franco da Costa
e Dª
Iria Clara Franco.
[Página 18]
Jeronymo Franco da Costa
e Dª
Candida Ubaldina
Franco
Candida Artencio Franco,
viuva
Ubaldina Franco, viuva
João Teodoro Franco,
e Dª
Emerenciana de Alda
Blandina
José Franco de Goveia,
e Dª
Francisca de Goveia Franco
José Costa e Oliveira
e Dª
Barbara de Goveia
Franco
José Joaquim de Goveia
Franco Dª
Maria do Carmo Franco
Antonio
Tomas de Aquino,
Rita Eufrasia Franco
José Antonio da Silva
e Dª
Ana Barbara Franco
Francisco Jeronymo
Franco solteiro
Antonio Domingos
Franco solteiro
Serafim de Goveia
Franco solteiro
A bagagem
Composta de grande nº de Camaradas,
alguns com sua familia, seiz (sic) ou sete dezenas de escravos de sexo masculino
e feminino, 15 carros de bois, diverços burros com cargas, sento e muitos
animais cavallar grande de besta para arreio, 400 suinos 1500 reses de bom gado
raça china.
O município de São Sebastião do
Alemão muito deve a familia Franco, aumentou consideravelmente a população.
Casando-se e fazendo suas moradas por diverços (sic) lugar, com a chegada daquela
familia vinha outros de outras paragem de mudança, naquela ocasião é que mudou o
nome
[Página 18 verso]
de
São Luiz; para de Boa Vista por causa de um morro muito alto com 870 m. nas
divisas da fazendo Boa-Vista e São Bento, aguas vertente do Córrigo (agua azul)
hoje Bitoco fica na margem da estrada de rodagem de Goiania-Rio Verde, estas
familia conservão até hoje neste municipio desde as velhos até os prezentes dado
muito boas provas de honestidade (sic). São homem (sic) de valor, amigos
sinceros
1879
Ficando as duas filhas do Capitão
Joaquim de Paula Martina Ferreira de nomes Ubaldina, e Ana Martins Ferreira por
ter seu tio Candido Pereira da Rocha assinado a tutela das duas menores, e foi
entregue 620 reses, animais de custeio, terras e dinheiro em ouro ou barra de
ouro, por esse motivo sua Mãi não pôde levar as orfãs para Minas, onde passou sua
residencia; mais tarde seu tutor faz Ubaldina casar com o Coronel Felipe de
Oliveira e Silva vivendo poucos anos morrendo Ubaldina, Coronel Felipe já tinha
feito bom sitio nas terras de sua mulher; Ana vivendo em companhia de sua irmã,
com a morte dela ficou uma privada para Ana; Coronel pede casamento sua cunhado,
foi asseito (sic) entre as duas irmãs quando seu tio e tutor entregou o gado tinha
mais de 1500 reses de criar; deu o nome de “Mateiro” a fazenda do Coronel
Felipe, o segundo casamento do Coronel Filipe e Ana foi em 1882.
[Página 19]
Coronel
Filipe homem que éra chamado para arumar (sic) tudo, de bom ao povo, ninguem
fazia nada sem a sua presencia (sic), homem trabalhou muito para o pogresso
(sic) deste municipio; sofrendo do coração veio a falecer, no dia 15 de Julho
1897, Dª Ana conservou na fazenda muitos anos, vendendo passou para a cidade do
Alemão.
E
passando Doação de sua casa a Igreja de São Sebastião; casa esta que hoje é o
prédio da escola normal, Pe Alexandre fez permita por outra com o Coronel
Antonio Symplicio, é conhecida por casa dos Padres; No ano de 1916, o Coronel Joaquim
Martins da Rocha e outros, requer a Divisão da fazenda das Palmeiras, Como éra
bem do conhecimento de muitos que o Patrimonio de São Sebastião fazia divisas
com aquela fazenda de maneira, que tinha parte do patrimonio feixado (sic) de
arame, pasto da fazenda do então chefe politico de muito prestígio, grande
amigo do Senador Ramos Caiado,e como chefe executivo da cidade do Alemão Otaviano
de Moraes, este amicissimo do Coronel Eugênio Jardim, e compadre intimo do dono
do pasto dentro das terras de São Sebastião.
A Escritura passada no livro da
Egreja (sic), poucas pessoa (sic) tinha conhecimento dela. Quando vem o Engenheiro
fazendo as linhas do perimetro, pede a Escritura de São Sebastião para saber onde
seria a divisa do patrimonio; Vai os compadres a Igreja, da-lhe a busca
encontra a Escritura no livro número 1, um, vê que as divisas do Patrimonio prejudicava
muito o compadre Symplicio, Ninguem mais vio o livro nº 1, entre os dous chefão
levando o agrimensor deu as divizas por aquele
[Página 19 verso]
lado
como bem quiz e entendeu; mais tarde foi se dividindo as fazendas que fazia
estremo com o patrimonio, sendo sempre respeitado. Os chefes e compadre todo
entosiasmado (sic) disendo eu e compadre demos o patrimonio de São Sebastião falamos
com todos os condominos da fazenda, até que todos concordarão (sic), de maneira
que está tudo arrumado;
Quem escreve estas linha tem
conhecimento da escritura, não só coronel Otaviano como Coronel Symplicio érão
meus amigos, eu conhecendo que tinha vantagem aquela escritura dezaparecer éra
o Coronel Symplicio;
Pencei (sic) em dar um bruto alarme
a respeito do desaparecimento da escritura, Sabendo eu, que, causaria no serto
um grande prejuízo ao Coronel Symplicio aquelas terras estava sercado de arame
e bem cultivadas, pastagem de seu rebanhos; Este Senhor para arrancar ou mandar
tirar as orêlhas de qualquer que si (sic) julgava seu inimigo não mudava a camisa,
éra cousa de menor importancia. Eu sendo pobre e umilde, consurtei commigo mesmo,
achei prudente ficar quieto; e assim foi o patrimonio de São Sebastião, Almiro
Duarte Figueiredo prefeito desta cidade achando a escada dos corones Otaviano e
Symplicio, toca uma demanda com a Igreja arranjando testemunhas que de nada
sabia, para provar como o patrimonio de São Sebastião nunca tinha pertencido a Igreja,
estas testemunhas foram enduzida por ele que não tinho responsabilidade alguma,
aproveitando para isso, um seu grande amigo, Antonio Pereirinha, protestante e
inimigo dos Padres, este
[Página 20]
fez
uma forsa danada, dizendo precizamos tirar estes coroado, que são mais perigoso
de que as formigas cabiçudas, o patrimonio ficando em poder da prefeitura uma
data para fazer uma casa fica mais barato, e recebe titulo legal, tudo corre
pelas mil maravilhas, até que deve se afinal sentença, dando ganho de causa a
prefeitura, eu vendo a grande injustiça dos homens estorquiar o Santo.
O qué é de faser, não tenho serto
valor na politica, não tenho dinr.o, coragem, destimido, pencei
(sic) em ficar manço, humilde, É vivo Coronel Symplicio, Almiro, duas feras,
este de muito mau procedimento, ajagunçado; eu poderia ter a coragem como um
Lampião, para dizer; isto tudo que vocês estão fazendo é errado, cometendo um crime;
O que poderá resultar, com Santo não se brinca: Almiro comiteu grande crime de roubar
dinr.o do povo, como tabelião do registro de terras e não fasendo, e
dava nos titulos o falso recibo da maneira seguinte, Nº 254
Pág. 31 Protocolo –
Apresentado às 14 horas, no dia 19/5/1935
A.D. Figueiredo
Registrado no Livro nº 3 as fls 103
sob nº 250. Palmeiras, 19/7/935 o oficial, Almiro Duarte Figueiredo 62$4000 A.D.
Figueiredo
Fasia só na escrituras e nos livros
competentes, tudo em branco comprava terras das viuvas, de herdeiros, seção de
herança e vendia dando o formal de partilha, sem nunca ter feito o inventário,
e passava a escritura falsa nos livros de notas de Nº 43 e 44, vindo um bom Juiz
de Direito para esta comarca vendo o que se passava no Cartório de registros de
imóvel, indo em Goiânia
[Página 20 verso]
troxe
o Juiz carregador, quando estava perto deste chegar, Almiro vai ao fórum a noite
roba (sic) os dois mencionados livros de notes, onde éra passado por ele as
criminosas escritura, (Almiro como prefeito poz no cartorio em seu lugar seu sobrinho
José Otacilio de Figueiredo Velasco (buju, (?) querendo que os livros seria seu
sobrinho o autor do roubo), Vem de Goiânia Delegado especial T.e
Bleno Leite abriu rigoroso imquerito foi todos empregado do Forum intimado para
prestar declarações enterrogando já boa parte dos empregado (sic) Publicos, um
investigador muito abil (sic), veio a declarar um pobre coitado seu amigo, e porteiro
do forum que forneceu as chaves para fazer o roubo que Almiro disse a ele que lhe
daria 2.500$00 mais que afinal não deu nada, Almiro na parte de seu grande estabelicimento
(sic) comercial, pondo sentido no que se passava na cadeia onde éra os
emterrogatorio, T.e Bleno solta o porteiro, este vem e disse de juelho
(sic) no chão Almiro estamos perdido eu contei tudo. Almiro ao saber do discobrimento,
saindo pelos fundos da casa procurou a Caatinga, pronto sumiu o valentão e os seus
jagunços, processo feito. Vendeu seu negócio, e tudo o que tinha, com grandes
prejuizos, e foi residir no Estado de São Paulo, mais tarde passando para Mato Grosso.
As testemunhas que prestaram seu juramento, na ação movida por ele contra São Sebastião;
tiverão suas recompenças (sic); foram bem aquinhoado, no tanto que que tocou a
cada um. José Vieira de Moraes, perdeu as faculdades mentais, Antonio Pereirinha,
quebrou uma perna.
José
Gomes Barbosa, quebrou uma perna
[Página 21]
José
Fernandes de Morais desde aquela época se entregou ao vicio da embriaguez anda caído
pelas rua (sic) da cidade até esta data só é falicido (sic) José Vieira de
Moraes, os mais são vivos para todo mundo ver, a justicia divina é reta, a dos
homens falha.
Olho de Deus?
Capitão Joaquim de Paula Martins
Ferreira que mudou o patrimonio, dando muito prejuizo ao Santo e ao povo,
(podia nóz ter luz idraulica a queda dagua no rio dos Bois, a pouco mais de 2
kilometros a distancia), um lugar magnifico, está lá para quem quizer ver,
entre dois corrego de muito bôa agua, (onde si vê ainda vestijos (sic) dos
servissos abandonado por um seculo, e é conhecido por “os esteios”), Capitão Francisco
de Paula Martins Ferreira, sua filha Umbelina, ficar grávida do irmão ou do?___
Cousas repugnantes para nossos custume, com a morte de Renovato seu fiel escravo,
se não fosse a grande intervenção de homens de valor na justiça, tinha Capitão Chico
cabar (sic) seus dias na cadeia, Capitão Joaquim bebendo Veneno, em outra
provincia, morte orrivel. os seus escravos e filhos sofre castigo peor que
animais. O povo de Palmeiras vendo a Igreja em completa ruína: estão fazendo outra,
prefeitura vendeu todo o terreno do patrimonio, embolsando em muitos mil
cruzeiro, e para Igreja não deu nem um centavo; Nada aqui neste patrimonio de São
Sebastião vai adiante, teve progresso quando esteve no nome de São Sebastião do
Alemão.
[Página 21 verso]
o
Simiterio que hoje se acha feichado; foi construido pela familia Rodrigues, como
socio do servisso
João Rodrigues dos
Santos
Pedro Rodrigues dos
Santos
Manoel Rodrigues dos
Santos
Luciano Hilario dos
Santos
André Rodrigues dos
Santos
Benedito Rodrigues dos
Santos viuva
Como todas pessoas sabem que no
tempo do Imperio do Brasil, enterrava os cadaver dentro da Igreja, com a
entrada da Republica não mais foi permitido, com aquela severa ordem foram fazendo
enterro do lado de fora da Igreja, da porta principal até o cruzeiro éra onde
se enterrava os cadaver, em 1890 morre Germano rapaz de 17 anos de idade filho
de Pedro Rodrigues dos Santos, Pedro Rodrigues achava que para ele conseguiria a
sepultura de seu filho dentro da Igreja. Comversando com o tizoureiro, este
negando, a ordem, que não podia de forma alguma: como o cadaver de seu filho já
se achava dentro da Igreja, Pedro disse ao tizoureiro, não precizo de Ordem sua:
meu filho vai enterrado é dentro desta Igreja, eu e ele muito trabalhamos para
fazer ela, nossos suôr derramou, e mandou seu povo que abrisse a sepultura marcando
o logar; Eu estou aqui por que der, ou vier; dito e feito, fez-se o enterro
dentro da Igreja, mandou arrumar tudo como estava.
Com isto Consultaram entre a familia
de fazer um simiterio, nós somos mortal, na ocasião da festa de são Sebastião,
reunindo todos irmãos
[Página 22]
e
Pediram o Vigario que marcasse um lugar para fazer o campo Santo, que aquela
irmandade faria por conta propria. O Padre achando que seria uma boa medida,
escolhendo o logar, marcando o tamanho, disse quando der fim a obra, mande chamar
um sacerdote para benzer;
mãos
a obra, dentro de pouco tempo teve pronto. Em Janeiro de 1890 foi bento, e
levantou a cruz no dia 22 de maio do mesmo ano; Foi sepultado uma sua sobrinha
de nome Francisca Rodrigues dos Santos de 14 anos de idade. No mesmo dia foi
sepultado Jacob Rodrigues das Neves (Negrão).
Ficou o semiterio sendo da familia.
Para si fazer um enterro, pagaria 1$200,
dinr.o este que servia para comprar ferramenta e zelar do campo.
A familia morando distante;
entregando a um amigo da familia, este senhor de nome José Leite e sãocristão
(sic) [sacristão] este continuou por certo tempo, Morrendo Pedro Rodrigues dos
Santos, este é que morava mais perto do arraial de São Sebastião do Alemão, o
semiterio passando para seu filho José Rodrigues dos Santos, Residente na
Fazenda “Bom Sucesso”, em 1898 morre João Rodrigues dos Santos, e assim dentro
de poucos tempos todos morrerão (sic).
Em
Abril de 1904 José Rodrigues dos Santos com todos seus irmãos foram de mudança
para o Estado de “Mato Grosso” ficando o semiterio abandonado, passando p.a
municipalidade
Os
Padres que tomarão conta da Paróquia de São Sebastião do Alemão,
P.e José
Maria de Azeredo Pitaluga
Vigario Collado
P.e Angelo
Tardio Brom italiano
Vigario Collado
[Página 22 verso]
P.e
Nicolau de Almeida Pinto Vieira
Vigario Collado
brasileiro
P.e João
de origem espanhola, não colados
P.e
Baltazar Rodrigues de origem espanhola
P.e Florentino
Rodrigues Bermejo espanhola
P.e Alexande
Pereira brasileiro.
P.e José de
Paula Rosa brasileiro
Jonas Alemão
José
Pedro Rodrigues dos Santos Peró natural de Corrigo "seco", hoje
Petropolis onde ali, seu pai éra grande latifundiario, Com as noticias das grandes
minas de ouro do provincia de Goiaz, deixando seu pai, vem em procura do
precioso metal, trazendo serto nº de escravos, vindo a fazer paradeiro em “Meia
Ponte” tendo afluido grandes lucros, José Pedro, tinha deixado em Corrigo de “seco”
seu irmão gemio Pedro José Rodrigues dos Santos que seu irmão também viesse para
Goiaz, este esteve um tempo em “Meia Ponte” não achando bom o servisso de garimpo
passando sua residencia, para o arraial das Antas, José Pedro ficando viuvo, deixando
“Meia-Ponte” vem para Campanha de Santo Antonio, fixou sua residencia no lugar,
Corrigo de Santo Antonio, mais tarde deu e nome de sua propriedade “Ponte Nova!”
(distante desta cidade 3 leguas).
Em sua companhia seus filhos
João Rodrigues dos Santos
Pedro Rodrigues dos Santos
Manoel Rodrigues dos
Santos
[Página 23]
Luciano Hilario dos Santos
Andre Rodrigues dos Santos
e
Benedita Rodrigues dos
Santos,
Em 1820
A sinco léguas de sua residencia morava
um garimpeiro de ouro, de nacionalidade Alemã, chama Jonas, que embora
estivesse gosando as reliquias da naturesa como um animal Silvestre inimigo de
homem foragido das mais terrivel disgraça da sua patria. Sentiu-se feliz em
avistar a primeira vez com José Pedro Rodrigues dos Santos, chegando a ficar
grandes amigos.
José Pedro passou a fornecer Jonas
de tudo que precisava generos alimenticios, roupas, ferramentas. Jonas parecia
que tinha recebido boa iducação (sic), mais (porem muito degenerado) em contato
quaze só com sua companheira e um filho de nome Antonio, a mulher parecia ser
india ou negra filha de Portugues, mulher bruta chegando mesmo a ser selvagem,
éra o melhor camarada de Jonas para trabalhar com labanca e picareta a não ser
estes seria os indios que sempre visitava aquela Campanha, a não ser bater
feras, vivia izoladamenti;
Quando José Pedro recebe noticia serta
do falicimento de seu Velho pai em “Corrigo Seco” tratando de ir receber a sua parte
no inventário mais como o tempo não permitia por ser mezes chuvouso (sic) deixando
para o outro ano, em Abril de 1840: Jonas sendo seu predileto amigo, chamando a
particular, e disse quero que Senhor me faça um favor, de levar meu ouro vender
lá na corte para mim, disse José Pedro com muito gosto
[Página 23 verso]
levarei;
o velho falicido Manoel Rodrigues dos Santos Peró, seus filhos érão amicissimo
do Imperador Dom Pedro I; Dom Pedro todos anos vinha aquele fazenda, dar suas
cassada, matava Veado ou porco do mato, trazia ao abarracamento para comer a
carne, trazia muitas mulher de menos a rainha; esta familia tinha grande amizade
com o Imperador, o qual Jones sabia,
José Pedro marcou viagem,
Para, sair no mez de Abril ou Maio
de 1840, adoecendo gravemente não poderia ir naquela marca, Jonas vem a casa de
José Pedro após o seu restabelecimentos e chama que esperario de ene seo caso
tal dia, me marco José Pedro vai Jonas mostra a seu amigo 11, onze garrafas
cheia de ouro, e dizendo não é sé este, tenho mais, José Pedro, vendo aquela
grande riqueza, disse eu pencei (sic) que seu ouro não atingia uma quantidade
desta mediante isso quero que voce vá tambem em minha companhia, pois a soma
será muito alta;
Acho prudente você ir por duas maneiras
asistir a venda do ouro, e temos perigo a enfrentar no a “Caminho da serra da Mantiqueira”
onde tem grandes quadrilha de ladrões. Ficou tratado certo de fazer aquela viagem
na seca do ano seguinte aquelas garrafa o cofre de gardar (sic) elas éra a
entranha da terra, e vez em quando mudando de lugar; Jonas, trabalhando n’uma riquicima
mina no Corrego “Santo Antonio do Morro azul”, dando quantia avultadissima, ora
trabalhando no rigor do sol e da chuva, dá-lhe uma forte peneumunia (sic), vem
para sua casinha no arraial de São Sebastião, chegando caindo prostadamente;
[Página 24]
no
arraial tinha um dois ou treis moradores sendo todos velhos, que de nada valia
n’um ponto daquele. Com espaço de treis (sic) dias, sua mulher alembra do amigo
José Pedro, deixando seu filho e um casal de velhos olhando seu companheiro, e segue
rumo a residencia de José Pedro “Ponte Nova”;
Caminho abitado por feras, (ela
indo a pé) chegando Conta o estado de seu companheiro, José Pedro sem delongas
manda o escravo pegar 5 animais de sela. Monta a velha no cavallo, ele 3
escravos, deixa recado que logo que seus filhos cheguem do servisso que venha 2
ou 3, como sem falta, Voltando a galope a casa de Jonas, encontra estremamente
mal, trazendo algum remedio deu nada de melhora; a noite José Pedro lembra do
ouro, e disse a velha quedê (sic) o ouro? A velha disse pergunta Jonas,
perguntando: Jonas ondi (sic) está as garrafas de ouro? com muito custo Respondeu
está lá no morrinho, disse a velha não; voce mi disse que tirou ele de lá; ele
disse está no capão, ela disse não; voce me disse que tirou ele de lá; Respondeu
está na minha Roça; ela não; Responde ele pela ultima vez está do outro lado do
corrego na divisa do Campo com o mato de baixo de uma arvore; Jose Pedro vendo
a grande dificuldade dele falar, não quiz mais falar com ele e proibindo todos,
a não falar com ele, mais tarde ele andou falando no ouro, mais completamente na
variedade (sic); as 5 hores do manhã, entregou a sua alma ao criador.
mez de Outubro de 1841.
As 8 horas da manhã. Chega os
filhos de José Pedro Rodrigues dos Santos João Rodrigues dos Santos
[Página 24 verso]
Pedro
Rodrigues dos Santos, Manoel Rodrigues dos Santos Luciano Hilario Rodrigues dos
Santos, Benedita Rodrigues dos Santos viuva, e Atanasio Fagundes Vieira.
e
treis ou quatro escravos, encontrando Jonas morto, na salazinha de sua casa n’um
jirau de taboca espécie de cama, como forro naquelas vara de taboca um lençol
de algodão, já manchado em muitos lugar de poeira, um trabeceiro sem fronha tambem
no mesmo estado, do lençol; vestido em uma velha calsa (sic) de fazenda de lã,
camisa branca de tafetal, colête e paletó tambem de lã, peis (sic) calsado com
um par de coturno velho, barba e cabelos crissidos. João Rodrigues dos Santos,
tinha Jonas como o melhor amigo, Conciderava como irmão: Entra na sala, ondi antes
éra recebido com amavel alegria; agora seu amigo ali quieto para mais nunca,
aquele homem de cabelos ruivos e undulados (sic), de terras tão longicuas (sic),
ali tristemente, em complete abandono, talvez na sua terra seu pai, ou mãi, Irmãos
em luxuoso palacete onde tem todo conforto, dinheiro, os melhores médicos de
fama mundiais onde a terapeutica esta mais abalizada; Este mundo; tudo é engano,
e no ingano vivemos até a morte. Ajoelhando resando uma Ave Maria a alma de seu
grande amigo e se levanto discobri e rosto de Jonas pega em sua mão direita,
Adeus ate breve, o que de um aum devagar vamos todos.
Sepultamento
Jonas foi enterrado a seu pedido,
de par com o artar (sic)
[Página 25]
de
São Sebastião, éra Catolico fervoroso, foi o primeiro sãocristão (sic), éra
amicissimo do Vigario Coutinho de Anicuns, ao saber de seu falicimento veio dizer
a missa de setimo dia, no artar (sic) onde seu corpo estava enterrado. (para
hoje tão diferente) Casinha de Jonas é hoje os lugar da casa de negocio dos
Senhores Humberto Mendonca & Comp.a nesta cidade. Jonas deixou
um filho Antonio, a mulher com quem ele convivia não me recordo o nome, “mais
por uma Senhora de idade bem avançada me disse que Antonio Alemão como todo
mundo conhecia disse a ela que sua mãi chamava-se Rosa e que éra natural do
Estado de Minas, e que não eram casados; um outra (sic) pessoa me afirma que Jonas
éra casado, e sua mulher éra cativa filha de Sinhô, e que Jonas comprando-a deu
a carta de liberdade, e casando por concelho (sic) de um Bispo, de nada posso
afirmar, mais tambem não posso negar.
A procura do Tizouro
Como José Pedro Rodrigues dos Santos
Peró Tinha a grande serteza da grande quantidades de garrafas cheias de ouro,
por Jonas ter lhe mostrado, chegando em casa reunindo seus filhos e escravos, e
disse vamos procurar a riqueza do Alemão, que a alma dele mesmo nos indicará é
sertesa que achamos, chegando em casa da companheira do Alemão e disse José
Pedro aquela senhora eu vim trazendo meus filhos e escravos, para ver si encontramos
a grande furtuna, o que a senhora me diz? É bom Capitão acha e mi dá uma parte que
dê para o sustento do resto de minha Vida, e quero ficar em sua companhia
[Página 25 verso]
Capitão,
eu trabalhei muitos anos, nos ajustamos companheiros de poucos tempo, eu trabalhava
com a picareta, enchada, até que Jonas me encinou (sic) a lavar ouro,
aprendendo, Viemos de Minas Geraes para aqui a primeira bateiada que eu lavei
em um rio aqui nesta provincia, tirei uma pedra de diamante de 200 quilates,
este ribeirão fica daqui a 16 legues por aquela banda, apontando com o dedo, Jonas
não gostava de garimpo de diamante; me disse ele que aquela pedra em sua terra
deveria valer oitenta contos de reis, essa pedra teve gardada (sic) muitos
anos, em meu pescôço quem via achava que seria uma oração. Vou pidir a alma de
Jonas para ti levar perto onde está o enterro, disse José Pedro ache ou não
ache a Senhora querendo ir com seu filho para meu sitio será de meu gosto, acho
que nada ti faltará; Rumaram em direção ao morrinho, chegando-o procuraram,
achando um Vestijo (sic) já velho, e nada seguiram, ao capão, cassando até a noite
nada e no outro dia voltaram; a distancia dentro do mato é grande 20 alqueires
mais ou menos, a tardinha achando um vestijo, todos ficaram satisfeito, noutro
dia voltaram, e cavaram o lugar, nada; tinha sido retirado encontrando sinal
bem visível dos fundos de 12 ou 15 garrafas, que já tinha sido retiradas a mais
2 anos (sic), agora é na roça, cassando, ahi sim nem um simplis sinais (sic) poderam
encontrar, no campo do outro lado nas devizes deste com o mato, debaixo de todas
arvores foi bem pesquizado, nada, nada. 3 ou 4 dias perdidos.
Na seca de 1842.
[Página 26]
mez
de agosto fogo no campo, fogo nos matos; agora é no serto, temos que discubrir
o tizouro, cassando em todos os logar, onde já tinha cassado, nada, isto
continuou por alguns anos, por ultimo, ficou cassando os filhos de José Pedro;
João Rodrigues dos Santos, ambicioso come ele não tinha nenhum dos irmãos,
dizia ele a ora (sic) que achar este tesouro, iremos a nossa terra deixaremos
este Sertão, por uma vez, até que deixaram por completo.
Morrendo José Pedro Rodrigues dos Santos,
a companheira de Jonas em sua companhia, com espasso de 5 anos morre Rosa, ficando
Antônio Alemão seu unico filho, nunca deixou da companhia de João Rodrigues dos
Santos, este fez Antonio casar com uma mulher, dizia ela ser natural de Minas Geraes,
seus pais moradores na margem do rio grande de São Paulo, é da familia de
Toledo, de nome Ana de Toledo: Antonio Alemão nunca deixou de cassar o tizouro
de seu pai, até que este deixou por uma vez. O tizouro de Jonas concerva calmamente
na entranha da terra. O qual será o filisardo? um dia pode tirá-lo dela pelo o
acauso? Estas pessoas que, muito procuraram nem uma pessoa se retirou d’aqui, e
todos foram sepultado aqui, e pobres, e todos parentes de quem estas linhas escreve,
de maneira que é uma serteza que ninguém o encontrou e está ela na entranha da
terra calmamente.
Não é
contos de mil e uma noite.
Não é lenda,
cousa immaginaria.
É serteza
o grande Tisouro de Jonas.
É as minas
de Sabá? não; é de Salomão,
não; é de
Jonas, Sim.
[Página 26 verso]
Data:
Arraial
de São Sebastião de Alemão
Foi
elevado a freguesia esta resolução Nº 8, de 9 de Novembro de 1857.
A
Vila pela lei Nº 814, de 19 de desembro de 1892.
Foi
elevado a cidade pela lei Nº 260, de 6 de Julho de 1905.
É
Sede de Comarca de 1ª entrancia criada pelo decreto-Lei n. 3.174, de 3 de maio
de 1940.
O
primeiro Juiz de Direito Guilherme Ferreira Coelho.
Promotor
Dr. José Joaquim de Souza, naturaes da capital de Goyaz, ex Capital.
dois distritos
1º
Alegrete (antigo Santo Antonio do Alegrete) tomou a atual denominação pelo decreto
lei Nº 1.233 de 31 de outubro de 1938.
2º
Agua Limpa creada pelo decreto Nº 113 de 4 de Janeiro de 1935
Elevado
2ª entrância, decreto Nº 121 de 22 de Julho de 1946.
Elevado
3ª entrancia por ato das disposições constitucion transitória as 9, promulgada
com a Constituição do Estado de Goiaz, em Goiânia, em 20 de Julho de 1947.
Juiz
de Direito Dr. Amilton de Barro Velasco, um dos mais cultos de todos Juizes do
Estado.
1º
promotor Dr José Joaquin de Sousa muito correto
2º
....................Ely
3º.....................
4º.....................
Antonio Miguel Fleury Curado
[Página 27]
As
primeiras autoridades de São Sebastião do Alemão
1º
Juiz de Paz, Manoel Lourenço Pereira.
1º
Escrivão de Paz de 1857 a 1897 - Tristão Damasio de Faria
de 1892 a 1905
2º
Juiz de Paz Joaquim Pedro Ribeiro da Silva.
Escrivão
Simão Rodrigues Araújo.
Coletor
Estadoal (sic) Emiliano Cardoso de Moraes.
1º
telegrafista Affonço Coelho, em Julho de 1892 r no mesmo, foi foi criada
agencia do correio sendo seu primeiro agente Dª Ana Cintra.
Chegou
aqui em Palmeiras, a primeira machina Ford de propriestade de Snr. José Brom,
natural da cidade de Goiaz, Capital deste Estado.
No
dia 30 de setembro de 1912, por estrada de carro de boi.
O
primeiro avião que aterriçou (sic) no campo de Palmeiras, 1º de Maio de 1939.
Trasendo
como passageiro o Engenheiro Jeronymo Coimbra Bueno.
Foi inaugorada (sic) a luz elétrica
no dia 28 de Janeiro de 1940
pelo
prefeito Almiro Duarte Figueiredo
Foi
inagorada (sic) a machina de beneficiar arroz no dia 25 de Julho de 1943 pelos
Irmãos Mendonça & Comp.ª
A
velha Cadêia destruida, em Julho de 1946 por ordem do prefeito Benedito Moreira
da Cruz, foi um dos passos do prefeito para aumentar crimes. Foi construída
pelo Snr. Martiniano Tobias de Moura, inagurada, 21 de maio de 1892.
[Página 27 verso]
Cópia
do Ofício do Governo ao 1º Juiz de Paz esclarecendo como Selebra (sic) casamento
civil
Nº
196. Governo do Estado de Goyaz, 6 de Setembro de 1890 –
Em solução a consulta constante de
Vossos officios de 2 e 26 de Agosto próximo findo, vos envio a inclusa copia de
uma declaração publicada no "Diario official" nº 37 de 7 de Fevereiro
do corrente anno, relativa ao gráo de parentesco, em que é prohibido casamento
pelo Decreto n.º 181 de 24 de Janeiro último; bem assima Avizo também incluso
por copia do Ministerio de Justiça de 9 de Junho proximo passado, declarando
que os termos de casamentos podem ser lançados nos livro anteriormente
fornecidos para o registro, em virtude do artigo 4º do Decreto Nº 9.886 de 7 de
Março de 1888
Saude e fraternidade
[Página 28]
(a)
Rodolpho Gustavo da Paixão
Ao
Cidadão Manoel Lourenço Pereira, Juiz de Paz do Distrito do Alemão –
-
Este ofício está em poder de uma de suas netas, não quis me dar ou vender;
relíquia de família. Copiei entregando-o (sic) original.
[Página 28 verso em branco]
[Página 29]
Incentivo
Estatal a Escravatura em pleno Século XIX. No Estado de Goiaz.
Deixo algumas trancrição de documento
que tenho em meu poder: O leitor que ao vêr, deverá pençar que não tem pussibilidade,
de o Governo de um Estado concentir tais absurdo, deixo a fé da verdade.
Forão atroicidado (sic) muitos pais
de familia que por desgraça caia nos garras do Coronel, Major, fazendeiros estes
érão os mais terrivel [como o Coronel Joaquim Basta matar um menor que éra seu camarada
por suas proprias mãos os que ... matava e fazia do corpo do disgraçado lenha
para apurar garapa, e muitos outros fazendeiros do Municipio de Vila Boa.
O
camarada trabalhava dia noite, anos a fim, sua conta crecia (sic) vertiginosamente,
a contos de reis, si fugia de duro cativeiro Soldado Jagunço no incarço, as ordem
éra severa, mi traga a orelha estou recebido. Tudo isto com grande apoio dos governos
do Estado. Veio a dar fim o tal disatino com a revolução de 1930: Domingos Neto
de Velasco, é quem deu fim ao Cativero branco de Goyaz, deve ser muito lembrado
pelo povo goiano. Foi chamado, por ele todos coroneis a trazer os camarada a
presencia do novo governo tinha camarada com 10, 15 anos de servisso quasi que vestido
com a roupa de Adão, e sua mulher a folha de Eva, o sustento não passava de milho,
a tal
[Página 29 verso]
cangequinha
e algum caroço de feijão dentro da gamela de quarto, precisava ser bom
mergulhador para o encontrar. Carne: esta sim Carne.
As
reses de frieira, que nem urubu queria esta era a dos Camarada pagando 30
40$000 por cada quarto, é o bom trato do camarada.
O
câmarada que devia pouco 5, 6$000, sempre dizia o fazendeiro eu tenho na mão
desta praga sem contos de reis, trabalhava a razão de 8, a 20$000 por mez, mez
contado, como dizia os coronéis, o coitado trabalhava, domingos e dias Santos,
estes não, o camarada perdia.
Dr. Carlos Pinheiro Chagas,
presidente provisório de 27 a 29 de outubre de 1930.
Ao ser sabedôr da vidas (sic) dos
empregados disse, nunca em minha vida averia (sic) de pensar que neste estado,
o cativeiro ainda existia, fazia todos rir (vir?) com os acertos de pat[r]ões e
camadas. Cousa nunca visto; este governo é o da liberdade;
Copia de uma confissão de dívida de
um camarada casado pussuindo (sic) oito filhos, indo para a fazenda de um
protegido do governo, jagunção de cortar orelha de uma criatura humana como corta
uma taiada de Marmelada.
Este
camarada estava na fazenda dos “Guedes”, vendendo ele como vende um cavalo;
Na íntrega
[Página 30]
Primeiro traslado de L. de Notas nº
68 fls. 68 a 69
Escriptura
de confissão de dívida
Que em
favor do Snr.
Aurides
Elias Corrêa Vianna
Assigna o
Senr José Ribeiro da
Silva, na
forma seguinte:
Saibam quantos esta pública
escriptura de débito e confissão de dívida virem que no anno do Nassimento de Nsso
Senhor Jesus Christo de mil novecentos e vinte aos quatro dias do mez de
Novembro do dito anno, nesta cidade de Goyaz, Capital do Estado do mesmo nome, em
meu cartório, compareceu presente como outorgante o Snr. José Ribeiro da Silva,
lavrador residente no distrito da “Barra” deste Termo, conhecido das testemunhas
adiante nomeados e no fim assignados e estas de mim Tabelião, do que dou fé,
perante os quais por ele me foi dito que pela presente escriptura e na melhor forma
de direito confessa e se constitui devedor ao Senr. Aurides Elias Corrêa
Vianna, fasendeiro, residente no mesmo distrito, da quantia de setecentos e dez
mil reis (710$000) proveniente de varias contas pelo mesmo pagas a diverços
credores e outras despesas e dinheiro por adiantamento conforme o ajuste de
contas a que procederam, cuja quantia de 710$000 reis se obriga a pagar ao
referido Senhor ou a sua ordem dentro do prazo oito meses a contar desta data e
mais si obrigo ao pagamento dos juros de dois por cento ao ao mez no fim do referido
praso, ou seja, 128$000 que acressidos ao capital prefaz (sic) a quantia de 838$000
para lhe ser pago no dia 4 de Julho do ano proximo futuro, ficando salvo ao
credor direito de recuzar o pagamento parceladamente. Disse mais que no caso de
falta ao pontual pagamento obriga-si a entrar para o serviço do seu credor como
seu camarada, vencendo o jornal de
[Página 30 verso]
30$000
mensaes, sendo 20$000 para abater na conta e 10$000 para suas despesas durante
o praso que for necessario para a liquidação deste compromisso, inclusive os de
honorario de advogado e despesas de viagens e custes;
Assim
o disse do que dou fé e me pediu esta escriptura que lhe sendo lida acceitou e
por declarar não saber ler nem escrever assigna a ser rogo o Dr. Manoel de Macêdo
com as as testemunhas presente Major Ignacio Luiz da Silva Brandão, Pio
Rodrigues de Siqueira, do meu conhecimento perante mim Heitor Moraes Fleury,
segundo Tabelião que a escrevi e assigno. Goiaz, 4 de Novembro de 1920, O 2° Tabelião
Heitor Moraes Fleury – A rogo de José Ribeiro da Silva, Manoel de Macêdo - Major
Ignacio Luiz da Silva Brandão, Pio Rodrigues de Siqueira. Selada, uma estampilha
federal de 2$800.
Os maos tratos, no pessoal do Campo
em “Vila Bôa” que um viajante das Casas de São Paulo, Comprou um camarada para
dar a ele a vida, que seu patrão iria espingardiar, no patio de seu engenho de
cana para exemplo dos seus colegas de tarefa, trabalha ou morre, é a ordem do fazendeiro,
este disgraçado fugindo e saindo na comitiva do viajante e diz; O Snr. me acode
que irei morrer hoje, não deixe eu morrer, que trabalharei para o Snr. O resto
de minha vida, tenho 5 filhos e mulher, devo onze contos de reis, ao meu
patrão, ele não achando
[Página 31]
ninguem
que quera (sic) me comprar, eu estou muito doente não posso trabalhar, como uma
pessoa são, é este o motivo de fim da minha vida, deixo de mencionar o nome do
tal fazendeiro por ter um da familia que é hoje pessôa distintissima: o
Viajante comprou-o por 1:000$000 e disse a ele você vá para onde quiser, foi para
te libertar.
O terror do caiadismo
O representante do
jornal Voz do Povo, de Goyaz, recebeu os seguintes telegrammas:
“GOYAZ, 9 Meu
sobrinho Benedicto Angelini, por motivo de manifestação ao marechal Socrates,
foi preso illegalmente. Meu irmão Orestes, perseguido pela polícia, por
identico motivo, occultou-se em minha casa. Pilade Baiocchi.”
“GOYAZ, 10 - Continuam
as violencias e falta de garantias. Telegraphamos ao presidente da Republica.
Claro Godoy.”
Em 1927.
De novo o caiadismo as grandes chaxinas,
de seu jagunços, já notando mesmo dentro da Capital Goiânia. Eu achava que com
o governo forte de 15 anos, o deixaria de tirar a vida de qualquer pacato homem
do trabalho, agora sim seus jagunços mata para roubar.
Uma série de crimes em Goiaz
Vem a imprensa do Estado
publicando, ultimamente, várias notícias de crimes em Goiaz, crimes esses que
estão o aumentando em número, de mês para mês, sendo alguns deles praticados
com todos os requintes de perversidade. O caso, pela sua gravidade, está, pois
a pedir a atenção das autoridades policiais, não só no sentido de uma rigorosa
ação preventiva e repressiva contra tais abusos, como ainda uma campanha junto
aos jurados de todas as comarcas do Estado, afim de que sejam punidos
severamente todos quantos vêm inflingindo a lei, neste particular.
O índice de assassinatos bárbaros,
em Goiânia, por exemplo, é alarmante. Ainda agora o sr. Adolfo Machado de
Vasconcelos, com 22 anos de idade, natural de Uberlândia, Estado de Minas, e
residente nesta Capital, em companhia de sua genitora. da. Eulália Ribeiro
Vasconcelos, acaba de ser encontrado morto, misteriosamente, na estrada que vai
para Anápolis.
O cadáver apresentava-se varado de
balas e facadas, com o crâneo esfacelado e uma das orelhas decepada, havendo
suposição de que o inditoso moço tenha sido assassinado nesta Capi- tal por um
ou indivíduos, sendo o corpo para alí conduzido pelos criminosos.
Esse crime, sobretudo pelas
circunstâncias verdadeiramente horripilantes com que foi perpetrado, revoltou
nossa sociedade, que aguarda as providências imediatas e enérgicas por parte
das autoridades competentes.
[Página 31 verso em branco]
[Página 32 em branco]
[Página 32 verso]
Jeronymo
Rodrigues de Abreu
Nassi
(sic) em 24 de Julho de 1882 Fazenda Ponte Nova neste município.
Meu
pai José Rodrigues de Paula nasceu em Meia Ponte hoje Pirenopoles Estado de Goiaz,
9 de Junho de 1829.
Minha
mãi (sic) Messias Moreira de Abreu nasceu em Anicuns deste Estado, em 1º Fevereiro
de 1836.
Meu
avô paterno João Rodrigues dos Santos, Pirinópolis deste Estado em 12 de Abril
de 1781, falecido em 1898 Fazenda Ponte Nova.
Minha
avó o paterna Engracia de Paula Neto nasceu em Anicuns deste Estado em 2 de
setembro de 1790, falicida (sic) em 1900 nesta cidade.
Meu
avô materno João Moreira da Cruz, nasceu em Conquista Estado de Minas em 5 de março
de 1795, falecido em 1905, Municipio Anicuns.
Minho
avó materna Laudina Dias de Abreu nasceu em Anicuns deste Estado, 2 de Outubro
de 1801 falicida (sic) em 24 de Abril de 1924 Anicuns.
Meu
bisavô paterno José Pedro Rodrigues dos Santos Péro, naceu (sic) em Corrigo Seco
Distrito Federal inorado (sic) o dia, mez e ano, de seu nascimento.
Filho
de Manoel Rodrigues dos Santos Pero e de Dª....... inorado (sic) seu nome, fazendeiro
residente em Corrigo Seco distrito Federal.
Meu
bisavô materno José Dias de Abreu nasceu em Conquista....... inorado (sic) o
ano.
Filho de José Pires de Abreu e Dª Maria do Ó, naturaes
de Córrigo Seco, este filho de Antonio Pires de Abreu, ignorada sua idade.
Meus
trisavôs maternos, João Basílio Moreira da Cruz inorada (sic) sua naturalidade
[Página 33 em branco]
[Página 33 verso em branco]
[Ausência das Páginas 34 à 43 verso]
[Página 44 em branco]
[Página 44 verso em branco]
[Página 45]
Deixo aqui duas contas Correntes,
uma no verso desta folha e a outra na folha 46. Naquele tempo a (sic) ainda não
uzava o metro, e Kilo, o metro daquele tempo correspondia duas medidas, côvado,
vara, tantos covado de chita; tantas vara de morim;
O
Kilo, tantas libras de salamargo.
Não
si escrivia libra, sim livra.
Veja
Lvs livra de chumbo.
.......
Cs breviado (sic), covado de zuarte (sic).
........
Vs ..................... vara.
2
½ vs de Cassineta mineira
Naqueles tempos não si uzava a pena
de aço para se escrever, escrevia com pena de pato éra a melhor de todas, fazia
a pena com uma ferramenta de bom corte, ao ver dava a aparencia do de aço. As tintas
de escrever, côr de ferrugem (sic), é de fumo para sigarro (sic).
[Página 45 verso]

3 Pares de ferradura
p.a cav.lo 3$840
1 II II besta 1$000
100 cravos de ferrar 1$500
2 [abreviatura] de lã
12$000
2 cortes de calças 9$000
2 Chapeo 12$000
1 Faca 1$000
1 par de óculos 2$000
3 Machados 17$000
3 peças de alg.m
1/5$ 1/4$ 14$000
2 Enchadas 7$000
1 [abreviatura] de
aço $800
Somma
85$140
2 [abreviatura] de
chumbo 1$600
2 II pólvora 1$200
5 C.s II
chita 1$600
1op de Roibarbo $640
Agulhas $320
1/4 [abreviatura] de
linha Alexandre 1$000
2 Caixa de espoleta $640
Somma 92$140
1/2 [abreviatura] de
Salamargo $800
12 Pares de colheres
e garfos 2$400
2 lenços
chitados $640 1$280
3 lenços
chitados $500 1$500
Somma 98$120
Recebemos a conta
supra
Goyaz 30 de Março de
1882
[Página
46]
1852 A Snr.a
D. Maria José e Anna Joaquina de Artiaga D.e [Deve]
M.ço 20
1 chale de cassa/
costa (?) 1$600
1 par de sapatos de
petina 1$560
1 ½ V.s de
au.o ch. $960
2 V.s de
morim (?) e 1 nov $680
Resto da conta ant.or $840
Mayo 14
10 C.s de
chita 3$600
5 C.s de
Zuarte 2$000
3 ½ V.s de
morim 1$120
1 C.s de Zuarte
e 3 nos.as $520
1 C.s de
chita
$360
1 nov e 8 p.s
de colchetes $080
6 V.s de
morin 2$400
Agosto 6
5 C.s de
chita francesa larga 2$400
3 V.s de
am $720
1 II de
morim, e 1 nov. $280
1 C.s de
chita francesa larga $480
20$600
Rb
1$960
18$640
8bro 20
8 C.s de
chita azul 2$560
2 V.s de
am $560
1854
M.ço 12
4 II II [V.s de
am] 1$120
7 ½ C.s de
chita azul 2$250
7bro 2
2 ½ V.s de
casserita (?) mineira 1$000
2 ½ V.s de II II 1$000
1855
Junho 3
8 C.s de
chita azul 2$240
7bro 6
1 lenço ....(?)
francez $500
Abril 11
6 C.s de
chita azul p.a sua neta
1$440
9bro 9
2 V.s de
com.a p.lo des neta $64
31$950
Goyaz
14 de Abril de 1857
[Página 46 verso]
R$
347#000.
Devo
que pagarei ao Snr. Virginio Dias de Souza a qt.a de trezentos i quarenta
e sete mil reis proveniente (sic) de outra igual quantia que o mesmo Snr. me
...........e me feiz o favor de me dar o prazo até Setembro de 1899. I por ser
verdade, paso (sic) esi (sic) i firmo os meus bens devido i futuro i no mais
firmamos. Fazenda da Água limpa
20
de Março de 1899
Tiburcio Lourenço
Junqueira
Tt.a
Francisco Theodorio Soares
Tiburcio Lourenço
Junqueira
Irmão do industrial “Uzina
Junqueira”
Conhecida dentro do
territorio Nacional
Este senhor vindo
aqui em 1898 Comprou
uma boiada de 500
bois, sendo que seu
dnr.o só
deu para pagar 200 ficando devendo
o resto para pagar no
ano seguinte,
e Virgínio Dias de Sousa,
foi um dos camarada
que o ajudou a fazer
a condução destes
gado do Estado de Goiaz
ao Estado de São Paulo
onde éra residente Tiburcio,
Fazenda Água
Limpa municipio de
Franca,
Não voltando neste
Municipio de Alemão.
não pagou ninguem deu
um prejuizo
de contos de reis, nem
este camarada.
[Página 47 em branco]
[Página 47 verso]
Colagem
de jornal com a matéria “A cara de dona necessidade”
[Página 48]
Colagem
de pagamento de impostos feitos por José Rodrigues dos Santos e outro por José
Rodrigues de Paula.
Nº
54
Fica
carregado ao Procurador da Intendência Municipal do Curralinho e o Allemão a
quantia de um mil réis.
Rs.
1$000
Que
pagou o Sr. José Rodrigues dos Santos, taxa de oito bezerros e dois poldros que
colher.... exercícios de 900 90 (?)
Allemão,
12 de abril de 189....
O
Procurador
Dionísio......
Intendência
Municipal do Allemão
Nº
125
O
Sr. José Rodrigues de Paula
Pagou
n’esta data a quantia de oitocentos reis
800
proveniente de quatro bizerros (sic) em sua fazenda.
Allemão,
4 de Dezembro de 1894
[Página 48 verso]
Recorte
de jornal com texto da II Guerra Mundial, comparando com as profecias do livro
do Apocalipse de São João.
[Página avulsa do fim do livro]
Recorte
de jornal sobre os mais velhos irmãos gêmeos do mundo nascidos em Alfenas-MG,
Presciliano e João, com 81 anos de idade.
[Página avulsa do fim do livro]
Intendência
Municipal da Villa do Allemão
Nº
68 R. 2$000
Pagou
o Sr. Virgílio Rodrigues de Paula a quantia de dous mil reis
Pelo
imposto de uma sepultura ao Cadáver de José Rodrigues dos Santos no Cemitério
público desta Cidade.
Procuradoria
da Intendência Municipal da Villa do Allemão, 13 de junho de 1906.
O
Collector
J.
B. Capistrano
José
Rodrigues de Paula (e não dos Santos)
Nasseu
(sic) no dia 9 de junho de 1829
No
município de Mêia-Ponte (Pirenópolis)
deste
Estado. E falecido na Fazenda Vargem
Vermelha
deste município, 12 de Junho de
1906,
e sepultura no dia 13 no Semitério
da
Vila do Alemão
Jeronymo
Rodrigues de Abreu.
Filho
de José Rodrigues de Paula.
Em
21-5-1947
[Costas interna da capa do livro]
Colagem
de Bilhete da Loteria do Estado de Goyaz com o maior prêmio de 20 contos.
